Leitura do trecho anterior
IS-MA-EL
E
novamente o espírito de Is-ma-el flutuou através da Criação na materialidade e
aproximou-se da parte do Universo, a qual ele podia presentear com a sua
missão.
No
entanto, para início de Ismael um período de tempo no circular passou antes que
ele descesse, pois cada vez era diferente a espécie do desenvolvimento das
partes do Universo e, adaptado a ele, estava também ajustado. Por vontade de
Deus foi colocada a venda do esquecimento sobre os olhos do espírito iniciado.
Com isso também ficou estreitado o horizonte de seu reconhecimento.
Seu
novo invólucro do espírito “Elmisanto” conduziu-o para a materialidade.
Lá, ao vencer as provas pesadas, ele deveria lutar até vencer na luta, no
servir à vontade de Deus, para permanecer livre de carma,
para proteção da próxima peregrinação pela Criação. Ele deveria carregar o
mesmo destino, que estava determinado por Deus para a parte do Universo Filadélfia e
assim dizia:
“Segure
o que tu tens, para que ninguém tire a tua coroa!”
Quanto mais
ele se aproximava da Criação posterior, da materialidade, tanto menor lhe
pareceu seu horizonte, e tanto mais difícil ficou para ele em dominar com a
vista a multiplicidade nesse espaço pequeno, onde cada insignificância trazia
algo de muito importante em si, e tendo então de ser primeiro vivenciado séria
e profundamente.
Filadélfia
era maravilhosa. Bem abertos na oração são os espíritos, e alegre canção de
suas vozes unem-se aos sons de flautas. Nas ondas desses sons Elmisanto
aproximou-se de uma mulher, cujo invólucro enteal e fino-material está bem
preparado para receber o puro. Um espírito de irradiação pura lhe preparou o
lugar: Adieta, a filha da Chama branca!
Todos
os homens de Filadélfia traziam nomes espirituais, os quais seus sacerdotes
lhes davam. Eles eram dados do alto e constituíam a pré-determinação de sua
vida futura.
Elmisanto
compreendeu que ele teve de despertar em um corpo de criança para novo
vivenciar.
Após
ele ter visto a luz do mundo, principiou ele a sua vida como criança pastora em
pura ligação com a natureza, a qual lhe abriu caminho para as entealidades, os
quais desde sempre o amaram, e os espíritos das águas e dos prados, e
os silfos aproximavam-se dele no conversar das ondas, no
murmurar da chuva e no sussurrar do vento, e davam-lhe notícias do tecer e
acontecer no espaço terrestre e celeste. Mas certo dia eles desapareceram, e
Elmisanto, silenciando, sofreu com isso grande aflição. Seu espírito deveria
despertar, na saudade pelo puro perdido, amadurecer como alta chama para
determinação mais elevada.
...Após
o terrível furacão ouviu ele uma voz: “O Senhor enviou-te o Seu chamado. Tu
serás o preparador do caminho Dele em Filadélfia. Logo tu também poderás me
ver, tuas ferramentas para isso estão preparadas!”
...Com
os olhos bem abertos ele olhou para a magnificência da mesa de seu rico
anfitrião, a qual estava coberta com toalha de seda, enfeitada com flores e
arranjada com coisas preciosas, maravilhosas frutas suculentas com aroma de
flores de laranjeiras, colocadas em conchas rosa - reluzentes e em cestos de
prata-luminosa. Luzes estavam sobre a mesa, as quais chamejavam serenamente.
Aproximaram-se
dele seres da natureza, como delicadas nuvens acariciaram o rosto e cabelo dele
e sussurraram para ele notícias, as quais ele chegou a compreender somente com
o decorrer do tempo: “Luz e amor nos fez nascer e nos preparou, e nós tecemos
em nossa esfera os fios luminosos, os quais ligam a sagrada Luz com a matéria.
Todos os fios, os quais os seres humanos tecem uns com os outros, nós
observamos com nossos olhos vigilantes. Nós apenas deixamos entrar da corrente
de força da vida, onde exista um vibrar puro que produz irradiação não turvada.
Do contrário nós puxamos a irradiação de volta”.
Eles
denominavam as três forças de Deus: pureza, amor e justiça, “a soma da força
viva” ou “a Lei”. Em sua simplicidade eles absorviam a pureza em si, e no seu
esforço de mostrarem-se dignos dela, eles deram o solo para a atuação contínua
da força. Eles também tinham recebido um sinal luminoso para a soma da força
proveniente de Deus. Um trígono luminoso. A ponta indicava
para baixo e formava a ponte e auxílio para reconhecimento ainda mais elevado.
As leis
foram registradas em escritos, os “segredos”. Ele trazia apenas o desejo por
pessoas que, movidas pelo anseio por reconhecimento da sabedoria, a ele se
aproximavam.
Se ele
permanecia em silêncio, aproximavam-se dele pensamentos e imagens que do
contrário nunca poderiam se tornar vivas no movimento de suas atividades
diárias.
Sua
condutora era ao mesmo tempo mãe e irmã, e a ele parecia muitas vezes como uma
parte do núcleo de sua essência.
Foi-lhe
dado para ver o que foi tecido anteriormente, o qual os auxiliadores luminosos
formam na Lei da Criação.
Enquanto
Elmisanto estava sendo preparado para anunciar Deus e Suas sagradas leis na
matéria, foi ele ao mesmo tempo colocado nas fortes correntes provenientes de
Lúcifer, para que ele sofresse e, no sofrimento, amadurecesse mais rapidamente!
Também seu corpo foi prejudicado com isso.
Elmisanto
sabia agora porque a Luz deixava os seres humanos formarem coisas tão lindas:
unicamente para a honra de Deus.
Eli, o
sacerdote, trouxe 7 livros sagrados: o 1° tratava do saber sobre a Criação, o
2° sobre a sabedoria das estrelas, o 3° sobre as plantas da Terra e sua força e
efeito sobre os seres humanos, o 4° sobre as leis da natureza, o 5° sobre a
conexão das cores com os sons, o 6° era dedicado à sabedoria sobre o número, o
7° dizia: Eu sou a lei viva, a Pedra Branca, o nome Imanuel!
Ele era o Pão da vida e veio da vontade de Deus.
“A
floresta dos despertantes” era denominada a floresta dos mortos em Filadélfia.
“Na pedra branca está contida a força da matéria.” E Is-ma-el, o escolhido por Deus,
se encontrava novamente na Luz e outra vez ele viu o semblante do Filho do
Homem.
“Apressa-te
Is-ma-el, pois o tempo urge!
Como
foi diferente desta vez a sua saída da Luz, – aparelhado para a luta em
Laodicea, como Elmisa.
Uma
força de atração tomou conta de sua chama espiritual e o envolveu num invólucro
de Luz, na forma de um homem guerreiro, a qual veio de baixo ao seu encontro.
Esse invólucro do espírito desceu novamente, seguindo a poderosa corrente de
força de atração, de volta ao campo de batalha, do qual mulheres maravilhosas
carregavam, para cima, figuras de heróis de um plano exalando sangue. Parecia a
Is-ma-el, como se ele estivesse atado a uma fita de vida, que elevou o seu
espírito para cima, mas que novamente o puxou de volta para um corpo mais
denso.
Era a
primeira guerra na matéria de Laodicea, o primeiro efeito da influência
luciferiana causado pela abundância, a qual outrora estava na vontade de Deus.
Nesse local mais escuro, na hora mais escura foi encarnado o espírito mais
luminoso no invólucro terreno do herói Elmisa. Esse invólucro jazia lá, no
campo sangrento, branco como neve e vazio, em reluzente veste de cavaleiro, uma
ferida aberta na cabeça. Ele parecia morto, e apesar disso, existia um fio
luminoso que terminava nele, e então veio o fenômeno da Luz! Na corrente branca
ligou-se Is-ma-el com aquele espírito herói, que pelo querer do Altíssimo foi
enviado de volta em Elmisa! Uma chama ardeu clara e chamejante e desceu sobre a
fita luminosa para dentro do corpo humano. Então começou, em novo vivificar, a
incandescer devagar outra vez a irradiação em volta do já gravemente ferido, que
parecia morto, e pelo movimento do sangue a ferida sangrou de novo.
Assim Is-ma-el despertou como ser humano numa
nova parte do Universo. Colocado no meio de uma nova existência, todavia
estranho e novo.
Trecho extraído da obra IS-MA-EL (em manuscrito):