segunda-feira, 28 de agosto de 2017

As Revelações de João IX








As Revelações de João

E um dos sete anjos que haviam derramado uma das taças da ira divina, chegou para mim e me falou:
“Vem, eu quero mostrar-te o Juízo sobre a mulher, que erigiu o seu reino sobre todos os países. Todos os reis da Terra estavam submissos a ela e beberam de sua fonte até estarem embriagados e não poderem mais distinguir nada.”
E em espírito guiou-me ao deserto. Ali estava sentada uma mulher voluptuosa, vaidosa e pretensiosa, sobre um animal vermelho escarlate, que tinha sete cabeças e dez chifres e em suas testas estavam escritos os nomes da blasfêmia.
A mulher, porém, estava vestida de forma bem suntuosa, coberta de púrpura como se fosse uma rainha. Mas ela mesma se tinha feito senhora da Terra com ajuda do animal. Ouro, pedras preciosas e pérolas ela estava usando, para que ninguém pudesse ver o quanto estava nua.
O copo dourado em sua mão estava cheio até as bordas com maldade, mentira e ignomínia. Bem largo sobre sua testa estendia-se um nome: “Babilônia, a mãe de todas as imundícies e de todos os horrores sobre a Terra.”
Ela, porém, estava embriagada de todo o sangue que havia mandado derramar sobre a Terra, o sangue de todas as testemunhas de Jesus.
Assustei-me muito quando vi a mulher e não conseguia compreender quem era ela.
Então o anjo me falou consolando:
“Por que tu temes? Eu quero esclarecer o mistério que tu acreditas que existe em torno da mulher e em torno do animal que a carrega e que tem sete cabeças e dez chifres.
O animal era, agora não é mais, mas retornará do abismo. Mas então terá que cair na condenação. Mas quando isso acontecer a ele, todos aqueles, cujos nomes não estão escritos no Livro da Vida, irão ficar espantados e estarrecidos. Irão tremer quando perceberem que o animal, ao qual estavam ligados, será lançado à decomposição eterna.

Compreendes agora o que vês? O animal que tu já viste lutar contra os exércitos de Michael, é o príncipe do raciocínio, Lúcifer. Mas a mulher carregada por ele,é a sabedoria terrena, vendeu-se a ele para que a iluminasse com toda sorte de saber e a ajudasse a dominar o reino na Terra.
As cabeças e os chifres são os grandes da Terra, que fazem uso de seu poder para lutar contra Jesus e contra Deus, o Altíssimo. Nisso eles se entendem, mesmo que do contrário desejem se dilacerar. Rebelar-se-ão contra o Deus triplo, e Deus deixará que façam durante certo tempo como queiram.
Mas depois disso, erguer-se-á Aquele que se chama a Vontade de Deus (Imanuel) e chamará a si os seus convocados e escolhidos. Ele irá derrubar a mulher do animal, de modo que todos os que quiserem lutar contra Deus terão que pisoteá-la.
Toda a sua pompa se tornará farrapos e seu grande pretendido saber, sua aparente esperteza será arrancada dela, de modo que ela ficará pisoteada ao solo em sua nudez diante de todos os olhos humanos. Mas o animal, este ele irá amarrar.”
E outro anjo veio do alto e Luz irradiava dele, de modo que a Terra ficou clara. Ele clamou com alta voz:

“Vede a grande Babilônia, o reino do raciocínio e do saber humano sobre a Terra, ela caiu! Ela era um receptáculo de todos os pensamentos impuros, de todo exibicionismo e o pavonear-se, de toda presunção e querer próprio, de saber próprio e de mentira.
Ela envolveu toda a humanidade, tanto os grandes como os pequenos. Os reis ela embebedou, para que acreditassem em seu próprio saber e se imaginassem iguais a Deus, e os comerciantes ela tornou calculistas e ardilosos, de modo que a fidelidade e a justiça fugiam deles. Ela se apropriou de todos os povos, menos o pequeno grupo que agora circunda o Filho do Homem!”

E outra voz poderosa soou do alto:

“Afastai-vos dela, meu povo, meu pequeno grupo de fiéis! Não tenhais nada a ver com ela, para que não vos torneis impuros por qualquer contato. Seu pecados são conhecidos em todos os céus e Deus lembra de seus crimes. Afastai-vos dela, pois quem, no Juízo, for encontrado ao lado dos malévolos, terá que sucumbir com eles!”
E novamente a voz falou aos exércitos:

“Pegai-a e fazei com ela o mesmo que ela fez! Deixai que ela reconheça que os frutos assemelham-se à semeadura. Onde, porém, foi colocada uma semente, aí nascem mais frutos. Portanto, também ela terá que receber multiplicadamente o que semeou. Deixai que sinta o tormento e a dor, pois ela trouxe tormento e dor àqueles que nela pendiam.
Ela se tornou o reflexo da pecaminosa Terra que agora terá que ser aniquilada no Juízo. Ela ainda está orgulhosa, sente-se uma rainha e não percebe o quanto se tornou miserável e nua. Mas suas pragas irão se abater em um dia: fome, sofrimento e morte irão atingi-la ao mesmo tempo, pois Deus, o Senhor, é forte e um Juiz justo!
Mas aqueles que nela pendiam, os reis e os grandes, os comerciantes e todas as almas humanas desviadas, irão ver cheios de horror como a mulher, a sabedoria humana, será julgada. E irão chorar e uivar, pois reconhecerão que tudo o que receberam da mulher, não é absolutamente nada. Sim, menos que nada, pois irá jogar as suas almas à decomposição.
Mas ainda não irão ver que serão puxados para dentro do mesmo Juízo, porque abandonaram a Deus e blasfemaram contra Ele, e pendiam na mulher.”
E um luminoso anjo ergueu uma grande pedra e a arremessou para dentro do mar, de forma que este respingou bem alto. Depois a pedra submergiu e não foi mais vista. Então o anjo bradou:

“Vê, assim será o fim de Babilônia, o inflado saber humano! Com um golpe, ela será lançada fora e não será mais. Emudecido ficará o barulhento caos que a preenchia, o sonido vaidoso que dela partia. A falsa luz de que dela emanava será apagada. E com ela perecerão todos os que se ligaram a ela!”
Mas de cima soavam as vozes de grandes multidões: “Aleluia! Glória e louvor, honra e adoração seja a Deus, nosso Senhor!”
Justos e verdadeiros são os seus juízos. Ele aniquilou o mundo corrompido pelo falso saber humano, mandou castigá-lo com aquilo com que ele pecou!”
E como de um segundo coro, chegou a resposta:

“Aleluia! A adoração dos Seus irá elevar-se a Deus como a fumaça da oferenda de agora até a eternidade!”
Então vi como os vinte e quatro anciãos, juntamente com os quatro animais se prostravam diante do trono e adoravam a Vontade de Deus, que estava sentado nele. Bem-aventurados, entoavam:

”Amém! Aleluia!”
Então aquele que estava sentado no trono falou:
“Louvai a Deus, o Senhor, vós, Seus servos e todos os que O temem, pequenos e grandes!”
E então os servos escolhidos de Deus responderam e suas vozes soavam como água bramando e trovões retumbantes:
“Aleluia! A Vontade de Deus, o Todo-Poderoso, tomou posse de Seu reino! Nosso Senhor é Rei de todas as Criações, o Senhor de todos os mundos!
Felizes somos nós e bem-aventurados, pois nos é permitido servi-Lo! A Ele queremos dar a honra, o Seu tempo festivo chegou, o novo reino sobre a Terra será erguido. Será maravilhosamente preparado. Verdadeiros e justos devem ser todos os que ajudarão a construir. E então partirá um brilho dele que irradiará até os céus!”

Extraído do livro: Chamados da Criação Primordial (Rufe aus der Urschopfung - 1935):








terça-feira, 22 de agosto de 2017

As Revelações de João VIII






As Revelações de João

Depois disso, foi me mostrada uma imagem sobremaneira maravilhosa:
Sete anjos estavam em pé e seguravam as últimas sete pragas em suas mãos, com as quais o Juízo de Deus devia ser concluído.
E novamente vi a Criação distendida como um mar de vidro transparente, debaixo do qual ardiam as chamas da destruição. Mas, na beira da Criação, na beira do mar de vidro, estavam aqueles que permaneceram vitoriosos sobre o anticristo e sobre sua imagem e seu sinal, e seu número.
Vestidos com vestes brancas, eles seguravam harpas em suas mãos e cantavam em louvor a Deus. Cantavam o salmo de Moisés, o homem de Deus, e o hino de louvor para honra de Deus:
“Senhor, Tu, Deus onipotente! Tuas obras permanecem em Verdade e Justiça. Todo o Universo Te teme e louva o Teu Nome santíssimo! Só Tu és santo, só Tu és o Senhor, Tu, Deus triplo. De todos os cantos do mundo virão e Te adorarão, pois Teus caminhos estão revelados diante dos olhos de todos os homens. Agora eles vêem como a Tua bondade e misericórdia os guiou até o fim.”
E sob este hino de louvor, o supremo templo lá no Alto, na Luz, foi novamente aberto e dele saíram os anjos que tinham as sete pragas. Cintos dourados cingiam suas vestes brancas e diademas dourados prendiam seus cabelos.

E o Leão, que está sentado diante do trono da suprema Vontade de Deus, ergueu-se e deu aos sete anjos sete taças douradas e essas estavam cheias até a borda com a ira de Deus.
E tão intensa era a força que saía dessas taças, que todo o templo ficou preenchido disso. Parecia como se estivesse envolvido por fumaça. A ninguém era permitido entrar no templo antes que as taças de ira tivessem sido esvaziadas.
Mas uma voz poderosa saiu do templo e clamou:
“Vós, servos de Deus, o tempo é chegado, em que deveis derramar as taças da ira de Deus. Ide, pois, e agi!”
Então o primeiro anjo foi até a beira do mar de vidro, inclinou-se e derramou a sua taça sobre a Terra.
E em todos os seres humanos que tinham o sinal do anticristo, o seu sangue se transformou, todas as suas más ações se manifestaram neles e em seus corpos se formavam feridas feias e cheias de pus, transformando-se em tormentos.
A seguir, o segundo anjo chegou para frente e derramou sua taça no mar. E então o mar se tornou bravio e agitado e ficou vermelho como sangue e toda a vida morreu no mar.
Mas quando o terceiro anjo derramou sua taça nos rios e nas fontes, então também essas águas se tornaram sangue. E o guardião enteal de todas as águas clamou alto e disse:
“Senhor, Deus, Tu Eterno, quão justo és Tu! Santo és Tu de eternidade em eternidade. Tuas leis se cumprem. Sangue os homens derramaram, sangue Tu deixas fluir agora! O sangue dos santos e dos profetas eles derramaram, sangue agora deverão beber! Não mereceram coisa melhor!”
Mas um anjo clamou do altar de Deus:
“Sim, Senhor, Teu Juízo é verdadeiro e justo!”
Então o quarto anjo esvaziou sua taça no meio do sol, que ardeu como fogo sobre a Terra, fazendo com que os seres humanos quase sufocassem pelo calor.
Mas quando acreditavam que iam perecer sob o calor abrasador, blasfemaram contra Deus. Bem sabiam que Ele tinha poder sobre todas essas pragas, mas não reconheciam isso, nem chamavam por Ele. Amaldiçoaram-No e não se arrependeram.

Então também o quinto anjo esvaziou sua taça exatamente em cima do trono do anticristo, sobre o qual este estava sentado com grande pompa. E então toda a luz se apagou sobre a Terra e fez-se incrível escuridão. Medo e pavor tomaram conta dos seres humanos, que sofriam sob dores indizíveis em suas feridas e por causa do calor abrasador. Contorciam-se e rangiam os dentes e, no meio disso, blasfemavam contra Deus. Mas, o caminho para o arrependimento, este ainda não haviam encontrado.
Assim o sexto anjo derramou sua taça. Então secaram os grandes rios.
A besta e o anticristo e o terceiro animal, o pecado, conferenciavam entre si. Mas o hálito de sua respiração se condensou, formando configurações que pareciam sapos. Eram espíritos impuros que partiam para novamente seduzir os seres humanos e chamar os grandes e os reis para o dia da prestação de contas. Eles, porém, acreditaram que podiam então lutar contra Deus.
Mas o dia de Deus chega como o ladrão na noite, quando menos se espera. Bendito aquele que vigia e que está à espera do Senhor e que, portanto, vestido, pode ir ao encontro Dele.
Agora também o sétimo anjo adiantou-se e derramou o conteúdo de sua taça nos ares. E uma voz do alto clamou: “Está consumado”!
E então os pensamentos do Deus triplo atravessaram as Criações como altas vozes, de modo que, por causa de seu bramir, quase não se podia mais ouvir o rolar dos poderosos trovões. Relâmpagos ziguezagueavam sem parar e a Terra tremia como nunca antes havia acontecido. Cidades foram destruídas, ilhas submergiam no mar e montanhas desapareciam. 

Do céu, porém, caía granizo sobre os seres humanos que gemiam e o granizo abatia a quem ele atingia. Eles blasfemavam contra Deus também na sétima praga e não se arrependeram.

Extraído do livro: Chamados da Criação Primordial (Rufe aus der Urschopfung - 1935):





segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Com a Voz do Pensador Simples e Sóbrio







Com a voz do Pensador Simples e Sóbrio

por August Manz

Tu procuras a Verdade e estás no melhor caminho para encontrá-la. Muita coisa se precipitou agora sobre ti e tu necessitas de um tempo, para poder digerir tudo. Mas estivestes agora com aquele que fora enviado para anunciar a Verdade e para auxiliá-lo a obter a vitória para salvação da humanidade e do acontecimento mundial inteiro. Haverá ainda certas coisas que, talvez, ainda te pareçam incompreensíveis. Sobretudo, te incomoda isso eu sei bem, o desenvolvimento e a direção do lado puramente terreno e grosso-material. Mas deveis refletir que o que é de matéria grosseira também só pode ser resolvido e vivenciado de forma grosso-material. E exatamente essa vivência é necessária para o desenvolvimento e amadurecimento de cada um. Isto eu já te comuniquei. E quando Abdrushin vos diz que o desenvolvimento prossegue no Além, mesmo que sob circunstâncias mais difíceis para o indivíduo, o qual se encontra lá totalmente por si só e não encontra mais auxílio de fora e por meio da convivência com as pessoas, então a pressuposição para o desenvolvimento progressivo no Além é o vivenciar do Aquém e a superação de todas as provas que, aliás, em parte, só são possíveis na matéria grosseira. Se a Terra sucumbisse agora com todos os seres humanos que se encontram sobre ela, e o Universo inteiro que vedes, junto com ela, então não seria alcançado o cumprimento desejado pelo Altíssimo. A Luz criou o mundo segundo o modelo do mundo espiritual, cuja criação o precedeu. Tudo deve retornar novamente a ele, mas só quando o círculo estiver totalmente concluído. Para que esse desenvolvimento seja beneficiado muito agora, de uma só vez, para tanto sois convocados, vós a quem Abdrushin atraiu para si e confiou tarefas. Ele escolheu entre todos os muitos que se aproximaram dele, aqueles cuja missão era, de antemão, auxiliá-lo. Ele é capaz de reconhecer quem é realmente convocado e quem só simula sê-lo por motivos materiais. Por isso, não vos esforçais em vos impordes a ele, vós, falsos enviados, que as trevas mandam para tentar Abdrushin através de vós. Ele atravessa vossa cobiça com o olhar e vosso esforço será em vão.
Apenas vós próprios que vos prejudicais, se quiserdes tentar o Enviado da Luz. Interiorizai-vos primeiramente e ouvi as palavras da Verdade, que ele vos anuncia. E quando tiverdes purificado vosso coração e vossa alma de todo o mal, que o falso Lúcifer colocou em vós, então já poderia aproximar- vos dele, mas não exigindo e requerendo um encargo ou uma missão que absolutamente não vos cabe, mas sim humildemente e com o coração simples, alegre por poderdes servi-lo, mesmo que seja apenas com o menor dos serviços.
Quem, porém, acredita poder dominar por meio dele, desempenhar um papel no novo Reino, sem que tenha o sentido puro e humilde, não deve nem começar a se aproximar de Abdrushin. Seus esforços seriam em vão.

Cada um que agora já pode estar na proximidade de Abdrushin, que leia minhas palavras com devoção e analise a si, se ainda não se encontra também nele um resquício de cobiça terrena. E isso ele deve queimar até o fim com um archote ardente, com o ferro da humildade e do auto-reconhecimento. E quando estiver totalmente purificado, então deve dirigir-se à frente daquele que foi enviado da Luz, e deve lhe dizer:
“Só agora me encontro totalmente digno para poder Te servir, como o Altíssimo quer. Pois também Tu ainda precisas suportar certas coisas difíceis e aí os Teus servos terrenos devem Te auxiliar com as forças terrenas deles, mas só aqueles que têm o coração puro. E a estes eu também pertenço agora plena e totalmente. Pois eu me purifiquei das últimas escórias que ainda residiam nos cantos mais escondidos da minha alma. Tu já o sabias, mas não falastes. Pois de mim mesmo tinha de vir esse reconhecimento. E agora eu cheguei a tanto, é tão verdadeiro que Deus me auxilia.”
E quando todos estiverem prontos no círculo ao redor de Abdrushin, então chegou a hora em que deve iniciar aquilo que fora predito sobre a vinda do Filho do Homem. Então não o reconhecerão apenas aqueles que já sabem agora que o Filho do Homem veio para julgar e aplainar e para trazer novamente o Reino do Paraíso para a Terra, mas ele surgirá para muitos milhares e milhões de pessoas e elas o reconhecerão e virão a ele. Mas ele também será combatido por muitos. Ele sozinho pode se defender das forças das trevas e nessa luta ele é apoiado pelos espíritos que foram enviados para auxiliá-lo. Mas para ajudá-lo a superar mais facilmente a luta terrena é que sois convocados. E por isso deveis vos preparar rapidamente. Pois logo virá a hora, em que ele precisará de vós.
E quando tu perguntas, para que fostes convocado, então quero te anunciar o que eu sei e o que posso anunciar. Tu representas a voz do pensador claro, simples e sóbrio e por meio daquilo que eu anuncio a ele através de ti, ele deve reconhecer que a humanidade, que pensa de forma tão simples e clara como tu, é capaz de segui-lo, de modo que ele não faça exigências elevadas a ela, mas para que os seres humanos que se aproximam de sua doutrina com a mente singela seja capaz de compreendê-la, e que ela também pode ser responsabilizada, se não o fizer.
Tu lhe serves, portanto, por assim dizer, como medida das exigências que ele pode fazer. Pois o reconhecimento dele, que abrange tudo, não pode mais se inserir naquilo que ainda pode ser exigido dos pobres homúnculos que tateiam nas trevas, mesmo quando se esforçam em reconhecer a Luz.

Anunciação nº 5* de: 23 de Maio de 1929

Trecho extraído da obra O Dia Está Próximo “DER RUF” G.M.B.H.
Numa reprodução literal de diversos manuscritos mediúnicos, ordenados por data conforme explica o autor:

Dotado com a capacidade de escrita mediúnica, sobre cuja total independência de meus pensamentos eu tive muitas vezes oportunidade de verificar, obtive nos últimos tempos anunciações de elevadas alturas espirituais, das quais eu me sinto impelido a dar alguns resumos. Isso irá dar algo para muitas pessoas sinceras, pelo que elas têm de agradecer à sua condução. Isso que é anunciado por mim, não fora intuído unicamente por mim mesmo como elevado e puro, mas também foi visto nitidamente por diversas pessoas mediúnicas, de modo que é impossível uma fraude através da influência das trevas. Essas palavras foram dadas com grande força, depois que eu havia estudado o livro “Na Luz da Verdade” de Abdrushin e, em minha maneira crítica, duvidando, achava ter encontrado coisas não muito claras e contraditórias.
Significa o Apelo Repentino do Reino Espiritual, Através de Manuscrito Mediúnico.
Que essas anunciações encontrem em seu caminho aquelas almas, para as quais elas estão determinadas!

August Manz
          Tenente-Coronel a.D.

domingo, 20 de agosto de 2017

O Nome Sagrado





O Chamado:

Corajosamente adiante é do agrado de Deus!





O Nome Sagrado


Imanuel, Tu abençoado, Filho do eterno Pai, Tua Justiça encontra-se alta, acima de todas as maquinações terrenas. Tu vês as conexões espirituais e Teu Amor encontra a compreensão e o auxílio para toda a alma que procura.
Mas aqueles que se aproximaram de Ti, que conquistaram Tua confiança, gabando-se então orgulhosamente disso, arrogando-se direitos, a estes atingirá a espada de Teu infalível senso divino e fará feridas profundas.
Feliz daquele que aprende com os golpes doloridos e que é grato por isso. Muitos dentre os convocados portam cicatrizes dos golpes da Justiça.
Olhai-as muitas vezes, servos de Imanuel, e dexai que vos sirvam sempre de advertência, então também reconhecereis que justamente na dor que a sagrada mão vos presenteou, encontra-se oculto o maior Amor.


Imanuel! Alto no céu encontra-se escrito pela mão de Deus o nome sagrado. Ele irradia sobre os mundos de modo mais claro do que o Sol. Os habitantes dos mais distantes planetas vêem a escrita luminosa, eles sabem: agora a Palavra venceu, e enviam alegria e gratidão para o alto, ao Altíssimo.
A Terra, porém, não quer ver o nome irradiante, ela se envolve numa névoa cinzenta que as trevas ainda enviam em movimentos quase sem força. Mas chega o segundo Sol, cujos dedos flamejantes rasgam os véus obscuros. Isso acontecerá em poucos anos terrenos.
Poderosamente rompem-se então as fontes soterradas dos corações, sacudidos pela Luz de Deus, e orações ardentes dirigem-se para a Montanha Sagrada, onde o Filho de Deus aguarda em amor universal. As trevas, porém, recuam horrorizadas e desesperadas, caem e se dissipam como espuma suja.
Os mundos respondem retumbantes ao som jubiloso da Terra liberta e os seres humanos se precipitam à Montanha da Salvação.
Elevado e magnífico se encontra ali o Rei. Para todos os que conservam o espírito aberto, Ele se encontra como Cruz irradiante, sob a escrita luminosa do Céu, a qual indica com setas douradas para Ele. Então, as multidões que procuram se ajoelham, ninguém mais ousa subir a Montanha, suplicantes olham para cima e milhões de lábios sussurram o nome sagrado: Imanuel!



Extraído do livro: *Chamados da Criação Primordial* (Rufe aus der Urschopfung - 1935) – Primeira Parte – Tópicos nº 22 e 24.


terça-feira, 15 de agosto de 2017

As Revelações de João VII





As Revelações de João


E vi o Filho de Deus, Jesus, o Amor de Deus, parado numa alta montanha e com Ele os cento e quarenta e quatro mil, que haviam sido escolhidos como servos do Sempiterno. Eles portavam todos, escrito, um dos nomes eternos em suas testas. E todos esperavam pelo Senhor de todos os mundos, para quem Jesus devia conduzi-los.
Mas do alto, de todos os céus, ecoavam sons extraterrenos. Ora era como o bramir das águas do dilúvio, ora era como o retumbar de poderosos trovões, e entre um e outro soava o vibrar de harpas celestiais.
Um novo cântico elevou-se ao Senhor dos mundos, que estava sentado no trono, no meio dos anciãos e dos animais. Ninguém, porém, aprenderá o cântico, o hino de louvor da Trindade, a não ser os cento e quarenta e quatro mil que portam o sinal de Deus em suas testas.
A infinita misericórdia de Deus, o amor divino e a providência os puxaram para fora da multidão dos demais seres humanos, ensinaram-lhes a reconhecer os seus pecados e como se libertar deles. E, apesar de ainda continuarem sendo seres humanos, assim mesmo são puros diante dos olhos de Deus por causa de seu querer puro e de seu servir fiel.

E, vede, enquanto eu observava esse grupo, um maravilhoso anjo voou do céu para baixo e a este foi permitido anunciar à humanidade a Nova Aliança com Deus. E ele clamou em alta voz:
“Temei a Deus e dai-Lhe o louvor! Adorai-O, a Ele que criou todas as coisas, a Vontade primordial de Deus, o Senhor sobre todos os mundos! Ouvi, seres humanos, o tempo do Juízo chegou!”
Logo após este, outro anjo veio voando, igualmente maravilhoso de se ver, e este bradou ainda mais forte:
“Agora desmoronou o antro do pecado na Terra, que desviou e emaranhou todos os seres humanos, de modo que haviam ficado bêbados como se tivessem tomado vinho e não eram mais senhores de seus sentidos!”
Mas o terceiro anjo, que veio logo atrás desses dois, bradou mais alto ainda e falou:
“Mas quem adora o anticristo, ou portar o seu sinal na mão, ou na testa, este sentirá a ira divina vinda das taças que Deus mandará derramar sobre a Terra! Dia e noite ele não terá mais sossego, pois então saberá a quem adorou e o sinal de quem ele porta, mas não mais poderá fazer com que isso não tenha acontecido.
Ele se torturará, de modo que arderá como no fogo eterno e seus gritos subirão como fumaça, mas como fumaça se dispersará e desaparecerá inutilmente.

Aqui, porém, esperam perseverantes aqueles que portam o sinal de Deus em suas testas, que vibram nos mandamentos de Deus e que são bem-aventurados na fé na eterna Trindade!”
E uma voz do céu clamou para mim:
“Escreve: Bem-aventurados são os mortos que doravante morrem no Senhor! Suas obras os seguirão e eles poderão continuar a trabalhar nelas em reinos mais elevados. Poderão continuar a servir ao Sempiterno. Toda a luta passou para eles, em paz e tranquilidade poderão trabalhar. O trabalho será felicidade e bem-aventurança para eles!”
E eu escrevi. Mas quando terminei de escrever, olhei para cima.
Então vi uma nuvem branca pairar e sobre a nuvem, num trono dourado, estava sentado o Filho do Homem e luzes e raios partiam Dele. Os raios, porém, juntaram-se na forma da Cruz, de modo que se podia ver que Ele é a Verdade eterna.
Sobre a cabeça, Ele portava a coroa dourada de todas as coroas, sua mão, porém, havia tomado uma foice, que arremessava relâmpagos azuis para o Universo.
E então um anjo saiu do portão do templo e clamou para Ele:
“Senhor, o tempo da colheita chegou. Dá um sinal com a Tua foice, para que comece a colheita sobre a Terra!”

E Aquele que reinava sobre a nuvem, bateu com a foice, de modo que ela soltou um som claro, despertando o eco em todas as Criações. Então as multidões de anjos vieram e começaram a colheita sobre a terra.
Mas do templo também saiu um anjo que tinha uma gadanha, tal como é usada pelos vinicultores. Ele recebeu a ordem de bater com a gadanha, para que as uvas fossem colhidas nos vinhedos da Terra.
Mas, como o Filho de Deus havia anunciado outrora, eram uvas ruins, que eram jogadas nos lagares da ira de Deus para serem destruídas, e espigas vazias que o anjo, que controlava o fogo, jogava na fogueira.


Extraído do livro: Chamados da Criação Primordial (Rufe aus der Urschopfung - 1935):