segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

A grande batalha contra Lúcifer








A Grande Batalha Contra Lúcifer
O caminho do Filho do Homem até Lúcifer e a luta contra ele.
Recebido por inspiração especial
[...]

E veio a época em que o Filho do Homem havia de realizar o grande golpe contra Lúcifer. Em silêncio e isoladamente vivia ele com Maria e alguns que ele confiava plenamente.
Uma grave luta se preparava, a grande luta contra Lúcifer!
Os enteais estremeciam, a natureza estava como que estarrecida e aguardava a hora em que o mal deveria ser acorrentado com um golpe. Uma tensão difundia-se sobre a Terra, como naquela época em que os seres humanos assassinaram o Filho de Deus. Estava opressoramente silencioso.
Os guardiões enteais em Walhala chamavam para a luta. Eles saíram como que para caçar. Tempestuosamente eles passavam por sobre a Terra, acossavam os espíritos sombrios sobre os pântanos e charcos e impeliam o que era turvo, errado e impuro para baixo.
Corcéis com valentes cavaleiros passavam mui rapidamente pelas nuvens. Cães ladravam, inúmeras legiões se lançavam combatendo as bruxas e os monstrengos que se encolhiam e escondiam medrosamente. Eles se mostravam como fantasmas sombrios, escuros e esfarrapados que haviam se elevado a locais a que não pertenciam.
Assim abria-se diante do Filho do Homem um caminho claro e aberto, ladeado por campos verdes e frescos. Este seria para conduzir, Ele e Maria, para baixo, a uma distância silenciosa, estranha e erma. Não era escuro, mas também não era claro e parecia que tudo ao redor dormia. O vale dos campos estreitou-se, nem uma flor florescia e nenhum pássaro cantava. O caminho, que se tornava cada vez mais estreito, conduzia suave e imperceptivelmente para baixo.
Às distâncias erguiam-se montanhas rochosas, cobertas com uma grama escura e sobre elas se distendia um céu cor de chumbo, que se assemelhava a um pano rijo, sem vida. Tudo isso comprimia fortemente para baixo. Tornava-se mais sombrio e sombras rastejavam-se vindas das profundezas, que se condensavam imperceptivelmente. O tom acinzentado entãotornou-se preto.
E sempre mais estreito tornava-se o vale, cada vez mais escuras as sombras e cada vez mais trevosas as montanhas. Uma névoa se elevava de uma fonte que brotava preta da terra e borbulhando lançava grandes bolhas. Um grande monstro, semelhante a um sapo, olhava dali, o qual com patas de batráquio queria ir além da margem da nascente, intencionando agarrar as vestes claras de Maria. Nisso parecia como se também tais sombras quisessem se elevar dele.


Parte integrante do capítulo Testemunhos dos acontecimentos da Luz (Zeugen des Lichtgeschehens) publicada no primeiro volume da obra Despertar de eras passadas (Verwehte Zeit erwacht - Band 1 - 1935).


(continua)