Abdrushin, o Filho do Homem
por Daniel Swarovski
Sua palavra redigida na Mensagem do Graal “Na Luz da Verdade” irradia
força e clareza, como nesta espécie eu jamais encontrei em nenhum lugar. Já os
dois primeiros artigos de um caderno especial (leitura para prova), que eu li
no ano de 1934 me tocaram de tal maneira, que eu senti imediatamente um firme
contato com o ensinamento, e que cada vez se tornou mais firme, quanto mais eu
penetrava nele através da leitura e mais tarde através de um ouvir. Este
contato se realizou sem eu ter conhecido Abdrushin
pessoalmente, e mais tarde se tornou sempre mais e mais firme e vivificado
exatamente pelo conhecimento pessoal do portador da Mensagem do Graal.
Eu estou – pelo menos assim penso eu – com os olhos abertos na vida. Eu
me vejo como um bom observador e também considero que o meu procurar pela
Verdade seja sério e verdadeiro. Já desde bem jovem este era o caso. Exatamente
este próprio, já longo e duradouro procurar é que me deixou reconhecer tão
rapidamente que havia finalmente encontrado o certo, quando eu entrei em
contato com a Mensagem do Graal.
Mesmo eu também tendo sido impressionado imediatamente pela doutrina e
mais tarde pelo próprio Abdrushin, eu não deixei de observar e pesquisar. Com
isso eu mantive meu saudável senso crítico, pois desde a juventude eu não
queria acreditar em nada que eu também não estivesse convicto. O fato da
Palavra da Mensagem do Graal ser excepcional e de ter me dado intimamente,
infinitamente muito, estava sem dúvida firmemente constatado. Havia, porém, uma
coisa com a qual eu me defrontava ceticamente: a afirmação de Abdrushin, que
ele era o Filho do Homem e que, com isso, a força provinda do próprio Deus
atuasse nele. Deus, porém, é tudo, ou tudo o que foi criado provém por fim de
Deus, do Criador. Isso me era conhecido e compreensível, e também estava de
acordo com a Mensagem do Graal. Que, porém, um ser humano nesta Terra devesse
trazer algo a mais de divino do que os demais seres humanos, me parecia de
alguma forma incompreensível. Por esse motivo, antes eu também ainda não podia
reconhecer Jesus como Filho de Deus, ou até o ponto em que todos nós, seres
humanos, tivéssemos o direito de nos observar como filhos de Deus. Por isso,
Jesus era para mim apenas um ser humano ideal – na verdade apenas um ser humano
e não um Deus – O qual eu não podia absolutamente imaginar morando em um ser
humano; um ser humano só pode ser sempre apenas uma minúscula partícula da
infinita Criação divinal. Uma outra idéia me parecia como uma diminuição da
elevada divindade.
Era somente isso, o que de início eu não entendia, até que aconteceu o
seguinte:
Fazia alguns meses após conhecer Abdrushin pessoalmente, quando eu me
encontrava novamente refletindo sobre essa questão. Eu via em espírito
Abdrushin como personalidade diante de mim. O que o diferenciava dos outros
seres humanos? Ele bem que atuava em sua simplicidade e equilíbrio de forma
extraordinariamente nobre; ele irradiava de forma viva e cheia de espírito, e
seu ser estava tão perpassado por uma naturalidade não forçada, que em sua
proximidade tínhamos que nos sentir incondicionalmente bem, especialmente
quando ele – o que eu pude vivenciar muitas vezes – mostrava seu senso para
alegria e humor. Mas tudo isso não servia para mim como prova de sua origem
divina. Além do mais, eu também não conseguia encontrar nenhum sinal, que ele,
com base em seu comportamento, não pudesse ser. —
E como Abdrushin em seu relacionar-se espontâneo na convivência comigo e
– como eu observava – também com outros não esperava e muito menos exigia de
maneira alguma que lhe fosse prestada alguma adoração especial (divina), e,
pelo contrário, como me era até conhecido, que ele se relacionava de
preferência com aqueles seres humanos que se comportavam perante ele de modo
natural e a vontade, cheguei com meu cismar à conclusão, que na verdade era sem
sentido refletir sobre isso. Aquilo que Deus realmente quer de nós seres humanos
é – e isso é confirmado pela Mensagem total e completamente – que nós atuemos
em sua grandiosa Criação – lá, aonde fomos colocados – como beneficiadores de
sua querida obra, atuando igualmente cheios de amor como auxiliadores perante
todas as criaturas. “Não causeis nenhum sofrimento ao próximo, a fim de
satisfazer com isso uma cobiça própria, mas beneficiai tudo o que é bom e nobre
com tuas melhores forças.” Este também é o tom fundamental da Mensagem do Graal
sendo, com isso, una com a poderosa vontade do Criador depositada na Criação.
“Eu me seguro na poderosa vontade de Deus, que está acima de tudo,
independente da pergunta, se Abdrushin é ou não o Filho do Homem, e com isso
Enviado de Deus”, foi minha resolução. “Se eu realizar os mandamentos de Deus,
estarei fazendo o melhor com o que eu posso contribuir, e isso também deverá
estar certo a Abdrushin, tanto mais se ele for realmente a Vontade de Deus
encarnada na Terra!” Esse modo de pensar também foi despertado em mim por um
outro motivo: Eu observava em Vomperberg que nem todos que queriam seguir
Abdrushin, possuíam a sintonização acertada para com ele. Segundo minha
opinião, muitos o consideravam de forma muito terrena. Eles o viam como seu
guia, o qual queriam agradar e servir, sem, contudo, possuírem a sintonização
correta em seu íntimo, a qual deveria se dirigir a Deus e à Sua Vontade, apesar
da Mensagem do Graal exigir isso deles (e eu entendia total e completamente por
que Abdrushin via por isso a necessidade de censurar freqüentemente os moradores
da Montanha). Esta falta eu também não queria cometer.
Enquanto que eu desenvolvia esses pensamentos, eu me sentia com meu
anseio interior inserido na grandiosa Criação de Deus. Eu via o infinito do
mundo das estrelas; o fato da existência ser tão cheia de expressões de vida; e
apenas a vida dos seres terrenamente visíveis, que se mostra sobre a Terra em
milhares de espécies, já sobrepujava minha capacidade de imaginação. O que há
ainda mais além de tudo isso? Exatamente a Mensagem do Graal é que me abriu os
olhos para isso – E, de repente, eu mesmo me vi como uma criatura – como uma
criatura de Deus, e eu intuí poderosamente o amor de Deus em mim, o qual Ele
possui por todas as criaturas, e do qual Ele também me proporcionou a
possibilidade de desenvolvimento. Agradecimento, milhares de agradecimentos por
poder existir nesta Criação, brotou do fundo do meu coração, se elevando ao
Altíssimo. De repente eu estava em uma poderosíssima corrente de força, a qual
eu sentia vir de cima e a qual jorrava de forma infinitamente benfazeja no
íntimo, me preenchendo de tal forma como se quisesse me arrebentar. —
Alegria pelo reconhecimento, alegria pelo pressentimento da proximidade
de Deus e da ligação com Ele me preenchiam, e nessa vibração minha preocupação
pelo reconhecimento do Filho do Homem foi afastada totalmente para segundo
plano. Quando, então, no dia seguinte, me dirigi para Vomperberg e fui até
Abdrushin – sempre e ainda preenchido pela consciência da minha ligação com a
força – sua primeira palavra foi: “Senhor Swarovski, assim o senhor poderá
irradiar sempre!” Com isso ele me confirmou, sem que eu tivesse falado com ele
sobre isso, que eu estava no caminho certo. Mas não apenas isso. Desse momento
em diante eu sabia, através de um saber interior, quem era Ele. —
Que isso me tenha dado um grande impulso e que me estimulasse, ainda
mais do que até agora, em penetrar em tudo o que Ele, cheio de amor, nos
oferecia, cada um pode intuir muito bem. (Toda essa felicidade íntima foi na
verdade turvada pelo fato que eu tinha de reconhecer, que apenas poucos seres
humanos são capazes de seguir esse reconhecimento).
As grandes solenidades do Graal foram para mim, a partir de então,
inesquecíveis vivências, que arrebatavam da forma mais profunda o meu íntimo. O
intuir da ligação com Deus me preenchia de maneira bem-aventurada e sempre
continuava a atuar por longo tempo no meu dia-a-dia.
O Senhor mesmo sempre lia, em cada uma das nove solenidades que eu
vivenciei em sua presença nos anos de 1935 a 1937, as dissertações da
solenidade. Nas três últimas solenidades aconteceu que eu, durante Sua
palestra, vi reluzir por cima de Sua cabeça a Cruz irradiante de lados iguais
com raios brancos deslumbrantemente penetrantes. Esse reluzir não era uniforme,
mas a intensidade do mesmo variava durante a leitura de Sua dissertação
(parecido ao reluzir de uma chama de soldagem elétrica) e parecia, de alguma
forma, estar em conexão com a Palavra proferida. Eu não sou nem vidente nem
tenho capacidades mediúnicas, e tanto mais me surpreendeu outrora esse reluzir
intenso. Logo, porém, eu o achei evidente. Durante todos os anos eu não falei
com ninguém sobre isso, nem mesmo com o Senhor. Isso não me parecia necessário,
pois é bastante evidente que a Cruz isósceles irradiante de braços iguais
pudesse ser vista também junto ao Filho do Homem, Imanuel, assim como os
discípulos a viram junto ao Filho de Deus. Hoje eu desejo transmitir isso, como
testemunha, a todos aqueles que não puderam conhecer pessoalmente o Senhor.
Certamente eu me sobrecarregaria com uma culpa por negligência se eu retivesse
isso de meus semelhantes por muito mais tempo.
Talvez haverá, de muitos lados, dúvidas sobre minhas vivências. Eu não
posso e não quero impedir isso. Para mim o fato permanecerá sendo real, e cada
ser humano é livre para pensar como queira sobre isso. Talvez – e isso é a
finalidade da minha comunicação – algumas pessoas sejam com isso fortalecidas
em seu caminhar pelo caminho da Luz, pois o Senhor também não queria outra
coisa, senão nos auxiliar a achar o caminho de volta para a Luz. Ele nos
mostra! Nós só temos que segui-lo!
Maio de 1957
Daniel
Swarovski
Texto originalmente intitulado pelo autor: Como eu
cheguei ao reconhecimento que Abdrushin (Oskar Ernst Bernhardt) é o Filho do
Homem; conforme orginal em
alemão:
Wie ich zur Erkenntnis kam, daß Abd-ru-shin
(Oskar Ernst Bernhardt) der Menschensohn ist.
Sein in der
Gralsbotschaft “Im Lichte der Wahrheit“ niedergelegtes Wort strahlt Kraft und
Klarheit aus, wie ich es sonst in dieser Art nirgends gefunden habe. Schon die
ersten zwei Aufsätze eines Sonderheftes (Leseprobe), die ich im Jahre 1934 las,
berührten mich so, daß ich sofort festen Kontakt mit der Lehre fühlte, der
immer mehr gefestigt wurde, je weiter ich durch Lesen und späteres Hören in sie
eindrang. Dieser Kontakt entstand ohne persönliche Bekanntschaft mit
Abd-ru-shin, wurde aber später gerade durch persönliches Bekanntwerden. mit dem
Bringer der Gralsbotschaft immer weiter gefestigt und belebt.
Ich stehe — so
denke ich wenigstens — mit offenen Augen im Leben. Ich billige mir zu, ein
guter Beobachter zu sein, und auch halte ich mir zugute, daß mein Suchen nach
der Wahrheit ernst und echt ist. Schon seit frühester Jugend war dies der Fall.
Gerade dieses eigene, schon lange währende Suchen war es ja, das mich so
schnell erkennen ließ, endlich das Rechte gefunden zu haben, als ich mit der
Gralsbotschaft in Berührung kam.
Wenn ich auch
sofort durch die Lehre und später durch Abd-ru-shin selbst angesprochen wurde,
so unterließ ich es doch nicht, zu beobachten und zu forschen. Dabei behielt
ich meinen gesunden Sinn für Kritik, denn schon von Jugend an wollte ich an
nichts glauben, von dem ich nicht auch überzeugt war. Daß das Wort der
Gralsbotschaft überragend ist und mir innerlich unendlich viel gab, stand ja
ohne Zweifel fest. Da war aber eine Sache, der ich skeptisch gegenüberstand,
nämlich die Behauptung Abd-ru-shins, er sei der Menschensohn und damit würde
die Kraft aus Gott selbst in ihm wirken. Gott ist doch alles, oder alles
Geschaffene ist letzten Endes aus Gott dem Schöpfer. Dies war mir geläufig und
verständlich, es stand auch im Einklang mit der Gralsbotschaft. Daß aber ein
Mensch auf dieser Erde mehr Göttliches in sich tragen solle als die übrigen
Menschen, schien mir doch irgendwie unverständlich. Aus diesem Grunde konnte
ich ja damals auch Jesus noch nicht als Gottessohn anerkennen oder nur insofern,
als wir Menschen alle das Recht haben, uns als Gottessöhne zu betrachten. Jesus
war für mich deshalb nur ein idealer Mensch - aber eben nur ein Mensch und
nicht ein Gott - den ich mir gar nicht als in einem Menschen wohnend vorstellen
konnte; ein Mensch kann doch immer nur ein winziger Teil der unendlichen
göttlichen Schöpfung sein. Eine andere Auffassung erschien mir als eine
Verkleinerung der erhabenen Gottheit.
Nur dies war es,
was ich anfangs nicht verstand, bis sich folgendes ereignete:
Es war einige
Monate nach meinem persönlichen Bekanntwerden mit Abd-ru-shin, als ich wieder
einmal über diese Frage nachdachte. Ich sah im Geiste Abd-ru-shin als
Persönlichkeit vor mir. Was unterschied ihn von anderen Menschen? Wohl wirkte
er in seiner Einfachheit und Ausgeglichenheit ungewöhnlich vornehm; er war
strahlend lebendig und geistreich, und sein Wesen war so von einer
ungezwungenen Natürlichkeit umweht, daß man sich in seiner Nähe unbedingt
wohlfühlen mußte, besonders wenn er — was ich öfters erleben konnte — seinen
Sinn für Heiterkeit und Humor zeigte. Doch all dies konnte mir kein Beweis für
seinen göttlichen Ursprung sein. Allerdings konnte ich auch kein Anzeichen
dafür finden, daß er es auf Grund seines Verhaltens nicht sein könne.
Nun, da Abd-ru-shin
in seinem Sichgeben, im Umgang mit mir und — wie ich beobachtete — auch mit
anderen in keiner Weise erwartete oder gar verlangte, ihm solle besondere
(göttliche) Verehrung entgegengebracht werden, im Gegenteil mir sogar bekannt
war, daß er am liebsten mit jenen Menschen verkehrte, die sich ihm gegenüber
ungezwungen und natürlich gaben, kam ich in meinem Grübeln zum Schluß, daß es
eigentlich sinnlos sei, darüber nachzudenken. Das, was Gott von uns Menschen
will, ist doch und das bestätigt die Gralsbotschaft voll und ganz — daß wir uns
in seiner gewaltigen Schöpfung — dort, wo wir hingestellt wurden — als Förderer
seines Liebeswerkes allen Mitgeschöpfen gegenüber ebenfalls liebevoll als
Helfer betätigen. “Füge deinen Mitgeschöpfen kein Leid zu, um eigenes Begehren
damit zu erfüllen, sondern fördere alles Gute und Edle nach deinen besten
Kräften.“ Dies ist ja auch der Grundton der Gralsbotschaft und damit eins mit
dem in die Schöpfung gelegten gewaltigen Willen des Schöpfers.
“Ich halte mich
an den gewaltigen Willen Gottes, der über allem steht, unabhängig von der
Frage, ob Abd-ru-shin der Menschensohn und damit Gottgesandter ist oder nicht“,
war mein Entschluß. “Wenn ich die Gebote Gottes erfülle, leiste ich doch das
Beste, was ich beitragen kann, und das muß auch Abd-ru-shin recht sein, um so
mehr, wenn er der auf Erden inkarnierte Gotteswille auch wirklich sein sollte!“
Dieser Gedankengang drängte sich mir auch aus einem anderen Grunde auf: Ich
beobachtete nämlich auf dem Vomperberg, daß nicht alle, die Abd-ru-shin
nachfolgen wollten, die rechte Einstellung zu ihm hatten. So mancher nahm ihn
meiner Meinung nach zu irdisch. Sie betrachteten ihn als Ihren Führer, dem sie
zu Diensten und zu Gefallen sein wollten, ohne jedoch in ihrem Inneren die
rechte Einstellung zu haben, die sich nach Gott und seinem Willen richten
sollte, obwohl es die Gralsbotschaft von ihnen verlangte (und verstand voll und
ganz, daß sich Abd-ru-shin deshalb genötigt sah, des öfteren die Bergbewohner
zu rügen). Diesen Fehler wollte ich nicht auch begehen.
Während ich
diese Gedanken entwickelte, fühlte ich mich mit meinem inneren Sehnen hinein in
die gewaltige Schöpfung Gottes. Ich sah die Unendlichkeit der Sternenwelt; die
Tatsache der Existenz so vieler Äußerungen des Lebens; allein die irdisch
sichtbaren Lebewesen, die sich auf Erden in vielen hunderttausend Arten zeigen,
überstieg mein Vorstellungsvermögen. Was gibt es aber noch alles außerdem?
Gerade die Gralsbotschaft hat mir darüber die Augen geöffnet. — Und auf einmal
sah ich mich selbst ebenfalls als ein Geschöpf — als ein Geschöpf Gottes, und
ich empfand urmächtig die Liebe Gottes in mir, die er zu allen Geschöpfen hat,
aus der heraus er ja auch mir die Möglichkeit zur Entwicklung bot. Dank,
tausendfachen Dank für das Seindürfen in dieser Schöpfung quoll aus dem
tiefsten Grunde meines Herzens empor zum Höchsten. Plötzlich stand ich in einem
urmächtigen Kraftstrom, den ich von oben kommen fühlte und der sich unendlich
wohltuend in mein Inneres ergoß, der mich so erfüllte, als wollte er mich
sprengen.
Freude des
Erkennens, Freude des Erahnens der Nähe Gottes und der Verbundenheit mit Ihm
erfüllte mich, und in diesem Schwingen trat meine Sorge um das Erkennen des
Menschensohnes ganz in den Hintergrund. Als ich dann am nächsten Tag auf den
Vomperberg fuhr und zu Abd-ru-shin kam — immer noch erfüllt vom Bewußtsein
meiner Kraftverbundenheit — war sein erstes Wort: “Herr Swarovski, so können
Sie immer strahlen!“ Damit bestätigte er mir, ohne daß ich mit ihm darüber
gesprochen hatte, daß ich auf dem rechten Wege war. Aber nicht nur das, ich
wußte von diesem Augenblick an aus innerstem Wissen, wer ER war.
Daß mir das
großen Aufschwung gab und mich veranlaßte, noch mehr
als bisher in
alles einzudringen, das er uns liebevoll bot, kann wohl jeder nachempfinden.
(All diese innere Freude wurde allerdings dadurch getrübt, daß ich erkennen
mußte, daß nur wenige Menschen diesen Erkenntnissen folgen können.)
‚Die großen
Gralsfeiern waren mir aber von da an unvergeßliche Erlebnisse, die mein
Innerstes zutiefst erfaßten. Das Empfinden der Verbundenheit mit Gott erfüllte
mich beseligend und wirkte immer lange Zeit in meinem Alltag nach.
Der Herr hielt
bei jeder der neun Feiern, die ich in seiner Gegenwart in den Jahren 1935 -
1937 miterlebte, immer selbst die Festvorträge. Bei den letzten drei Feiern
ereignete es sich nun, daß ich während seines Vortrages über seinem Haupt das
gleichschenklige Strahlenkreuz mit blendend durchdringenden weißen Strahlen
aufleuchten sah. Dieses Leuchten war nicht gleichmäßig, sondern die Intensität
desselben änderte sich während seines Vortrages (ähnlich dem Aufleuchten einer
elektrischen Schweißflamme) und schien irgendwie mit den gesprochenen Worten im
Zusammenhang zu stehen. Ich bin weder hellsehend noch habe ich sonst mediale Begabungen,
um so mehr überraschte mich damals dieses intensive Leuchten. Bald fand ich es
jedoch selbstverständlich. Ich habe die ganzen Jahre mit niemandem darüber
gesprochen, selbst mit dem Herrn nicht. Dies schien mir nicht nötig, da es nur
zu selbstverständlich ist, daß das gleichschenklige Strahlenkreuz, wie es die
Jünger bei dem Gottessohn Jesus sahen, auch beim Menschensohn Imanuel zu sehen
gewesen sein muß. Heute möchte ich es allen jenen, die den Herrn persönlich
nicht kannten, als Zeugnis übermitteln. Ich, würde wohl eine Versäumnisschuld
auf mich laden, würde ich es meinen Mitmenschen noch länger vorenthalten.
Vielleicht wird man von
verschiedenen Seiten her mein Erleben bezweifeln. Ich kann und will das nicht
verhindern. Für mich bleibt die Tatsache bestehen, und es steht jedem Menschen
frei, darüber zu denken, wie er will. Vielleicht — und das ist der. Zweck
meiner Mitteilung — wird mancher dadurch im Beschreiten seines Lichtweges
bestärkt, denn der Herr wollte auch nichts anderes, als uns helfen, den Weg
zurück zum Licht zu finden. Er zeigt ihn uns! Wir haben ihn nur zu gehen!
Mai
1957
Daniel Swarovski