sexta-feira, 29 de junho de 2018

Poder de Superação







Lembrança do Poder de Superação

por Otto Ernst Fritsch

Descrevo aqui as Palavras do Senhor, infelizmente apenas de lembrança e por isso somente de acordo com o sentido, mas, segundo minha convicção, reproduzidas com grande fidelidade:

(continuação)


① No tempo em que o exército alemão sofreu enormes perdas justamente na Rússia e os primeiros indícios de uma retirada das tropas tornou-se visível, o princípio da derrocada, eu estava novamente em Kipsdorf para uma visita. 

O Senhor falou-me: “Visto que dos 144.000 apenas bem poucos vieram, os poucos portadores da Cruz que aqui se encontram, precisam preencher as lacunas, de forma semelhante como agora na Rússia, onde milhares e mais milhares caíram e os poucos sobreviventes precisam segurar todo o front. 

Mas no caso dos portadores da Cruz é diferente, pois estes receberão força centuplicada, até mesmo mil vezes mais intensa. E cada portador da Cruz individual terá que realizar várias tarefas, entre elas muitas, as quais não lhe estavam previstas
Mas, como foi dito, será dada força multiplicada aos portadores da Cruz e todos os que tiverem boa vontade – poderão cumprir. Se eu dissesse de antemão a cada portador da Cruz quais as tarefas que estariam esperando por ele, então ele se desesperaria e diria que não seria capaz disso”.


(continua)


Extraído (em continuação) da Cópia de um manuscrito de Otto-Ernst Fritsch










quinta-feira, 28 de junho de 2018

Zanoni XIX









Zanoni

por Edward Bulwer-Lytton

Livro Segundo

Capítulo IX

Em Devaneio Aflitivo

“Wollt ihr hoch auf ihren Flügen schweben, Werft die Angst des Irdischen von euch! Fliehet aus dem engen, dumpfen Leben In des Ideales Reich!”Das Ideal und das Leben.

“Quer levantar-se alto em suas asas?Atire longe de si a ânsia do peso terrestre! Fugindo da vida estreita e abafada das realidades, entre no reino do Ideal”.

Assim como alguns mestres pouco judiciosos rebaixam e corrompem o gosto do discípulo, fixando a sua atenção no que chamam o Natural, mas o que, em realidade, não é mais do que uma vulgaridade, e não compreende que a beleza na arte é criada pelo que Rafael descreve tão acertadamente, a saber: a ideia da beleza na própria mente do pintor, e porque não sabem que em toda a arte, seja a sua plástica expressão feita em palavras ou em mármore, em cores ou em sons, a servil imitação da Natureza é o trabalho dos jornaleiros e dos aprendizes; assim, no que se refere à conduta, o homem do mundo perverte e rebaixa o nobre entusiasmo das naturezas idealistas, pela contínua redução de tudo o que é generoso e digno de confiança, ao trivial e grosseiro. Um grande poeta alemão definiu bem a distinção que há entre a discrição e a sabedoria mais larga, dizendo que nesta há certa temeridade que aquela desdenha. “O míope vê apenas a costa que se afasta, e não aquilo a que a ousada onda o transporta”.
Entretanto, na lógica do homem prudente e homem do mundo encontra-se frequentemente um raciocínio a que é difícil opor uma objeção.

Há de ter um sentimento, a fé em coisas que representem o sacrifício de si próprio e algo divino, seja em religião ou em arte, em glória ou em amor; e se não tem a fé firme, o sentido comum lhe apresentará uma razão que tira ao sacrifício todo o valor, e um silogismo reduzirá o divino a um objeto mercantil.
Todos os verdadeiros críticos de obras de arte, desde Aristóteles e Plino, Winkelmann e Vasari, até Reinolds e Fuseli, se esforçaram por convencer o pintor que não deve copiar a Natureza, porém exaltá- la; que a arte de ordem mais elevada, escolhendo só as mais sublimes combinações, é perpétua luta da Humanidade para aproximar-se dos deuses. O grande pintor, da mesma forma que o grande autor, incorpora o que é possível ao homem, é verdade, porém o que não é comum à humanidade. Há verdade em Hamlet; em Macbeth e suas feiticeiras; em Desdemona; em Otelo; em Próspero e em Caliban; há verdade nos cartões de Rafael; há verdade no Apoio, no Antinous e no Lacoonte. Porém, não encontrará o original das palavras, dos cartões, ou do mármore, nem na rua de Oxford, nem na de Santiago. Todas estas, tornando a Rafael, são produções da ideia da mente do artista. Esta ideia não é inata; proveio de um intenso estudo; porém, esse estudo ocupou-se do ideal que pode ser dirigido do positivo e do existente a um elevado grau de grandeza e beleza. O mais vulgar modelo pode tornar-se cheio de esquisitas sugestões a quem tem formado esta ideia, uma Vênus de carne e osso baixaria à vulgaridade pela imitação de quem não tem a noção do ideal que ela representa.

Guido, a quem se perguntou de onde tirava seus modelos, chamou um simples porteiro e fez ver que de um rústico original obtinha uma cabeça, de beleza surpreendente. Aquela cabeça assemelhavase à do porteiro; porém o pincel do pintor a idealizou, transformando-a numa cabeça de herói. Aquela pintura era verdadeira, mas não era o retrato real ou realista. Há críticos que vos dirão que o Aldeão de Teniers é mais fiel à Natureza do que o Porteiro de Guido. O público vulgar dificilmente compreende, mesmo na arte, o princípio idealizador, porque a arte sublime é um gosto adquirido.
Porém, volvamos à minha comparação. Ainda menos do que o princípio idealizador se compreende o princípio de benevolência na conduta do homem. Assim os conselhos da prudência mundana desviam tão frequentemente dos perigos da virtude, como dos castigos do vício; porém, na conduta, como na arte, existe uma ideia do grande, do sublime, por meio da qual os homens poderiam engrandecer as ações mais vulgares e triviais da vida.
Glyndon, sentindo a sóbria prudência dos raciocínios de Mervale, recuou diante do quadro provável apresentado à sua vista interna, em sua devoção ao talento artístico que possuía, e para não ceder a uma forte paixão que, se fosse bem dirigida, podia purificar a sua existência como um forte vento purifica o ar.

Porém, embora não pudesse se resolver a seguir os conselhos do seu prudente amigo, também não teve a coragem de deixar de perseguir Viola. Temendo que os conselhos de Zanoni exercessem uma influência demasiado grande no seu coração, evitava, nos últimos dois dias, a entrevista com a jovem atriz. Mas esta precaução não evitou que, na noite da sua última conversação com Zanoni e com Mervale, tivesse alguns sonhos tão distintos do quadro que lhe descrevera o seu amigo e compatriota, e tão semelhantes ao que a respeito do seu futuro lhe havia predito Zanoni, que pensaria talvez que este lhe tinha enviado do palácio do sonho, para acalmar os pensamentos que o atormentavam.
Um tanto impressionado resolveu ir ver outra vez Viola e, sem um objetivo definido ou distinto, cedeu ao impulso do coração.


(continua)


Os capítulos deste romance fazem parte da coleção do G +Zanoni

DIE SCHÖPFUNGSBILDER








DIE SCHÖPFUNGSBILDER


von Joseph Wagner

            Wunderbar ist die Lichthilfe für den suchenden Menschen. So sollen die Schöpfungsbilder den Zweck haben, dem Menschen zu helfen, die heilige Botschaft besser zu verstehen, ein Gesamtbild von Oben nach unten und von unten nach Oben zu geben, so wie es die Botschaft uns lehrt. 
Die Bilder sollen den echten Kreuzträger zwingen, tiefer einzudringen indem er sich mehr mit dem Wissen befasst, somit die heilige Botschaft im Gesamtbild vor sich zu haben. Die Bilder sollen auch dazu beitragem, selber darüber, über alles nachzudenken. 
Es soll oft darüber gesprochen werden, über den Inhalt dieser Bilder, denn jeder nimmt die heilige Botschaft anders auf. Die unterschiedlichen Darstellungen auf den Zeichnungen sollen den Betrachter zum Nachdenken zwingen. So muss alles mehr ins Leben gerufen werden, mehr Überzeugung muss an den Tag kommen. Die Bilder sind vom Herrn gegeben und eine Hand liess sich führen im Geiste und in Demut. 
So sind auch die Sätze, die jeweils in den Ebenen stehen, aufzufassen. Jeder soll sich ganz für sich interessieren, damit befassen, in der heiligen Botschaft nachschlagen, wie und wo das alles steht. So hat man die ganze Botschaft viel besser und lebendiger vor sich. Nur so kann und kommt  jeder schneller ans Ziel. 
Die Bilder sind in Nr. 1, Nr. 2, Nr. 3 unterteilt, das hat einen besonderen Sinn und Zweck, den jeder Suchende selbst erkennen und sich zusammenstellen soll. In dieser Reihenfolge führen und schulen die Bilder den Betrachter. Auf dem Bild Nr. 2, z.B., ist ein Kristall angeführt, der zeigen soll, dass die ganze Schöpfung von Oben bis unten als ein Dreieck und in Zahlen aufgebaut ist. Der Mensch muss das schon sehen, ob er will oder nicht. Daher das göttliche Trigon: Gott – Jesus – Imanuel, und Imanuel – Maria – Irmingard!   Der Körperbau, Kopf – Schulter – die Hände gefaltet im Gebet, die Sonnenstrahlen wie auch die Strahlen auf den Zeichnungen.


Bildern Nr. 1



Bildern Nr. 2





Bildern Nr. 3











quarta-feira, 27 de junho de 2018

Abdrushin Life V







The Life of Abdrushin

By Randolph Freeman Eales


(continuation)

I will now speak of Abdrushin’s second marriage, and ask you to follow me to Koetzschenbroda, between Meissen and Dresden, where Frau Maria lived as a widow with her three children, Irmingard, Alexander and Elisabeth. Frau Maria was born in Leipzig, Saxony, on the 17th of August in 1885 or 1886. She had never seen her parents; her mother died at childbirth. The consulting surgeon (Sanita????rat) of the Hospital where she was born took care of the babe. He later gave her into the care of a childless parson-couple, staying near Oschatz.
The old foster-mother, Mrs. Kauffer, enlightened me on many details about Maria’s childhood, when I visited her several times at Dresden in a home for parsons’ widows, at the request of Frau Maria herself. I did so in the years of 1935 and 1936. In Maria, as we know, Cassandra is incarnate. Cassandra was an incarnation of the Light. Through her God’s Love manifested on earth for the first time. Many a soul now incarnate carries within him or within her the emanation of the Cassandra ray. They must accept the Message of Abdrushin, otherwise their egos are doomed. God’s second love incarnation was that of Jesus. Both the Cassandra and the Jesus rays carry within them the Divine healing ray. It is Maria now who will heal the wounds which the Sword of Imanuel struck.
Maria, in her youth, loved above all the art of singing. She used to sing at funerals, in Churches and in private. When she sang, I was told, even the birds ceased to trill. She was brought up in the famous Luisenstift in Niederloessnitz, a girl’s high school of repute. She was taken to dances, arranged by the Rector of the “Fuerstenschule” in Meissen – the German Harrow or Winchester School where, as we remembered in later years on the Mountain, we had mutual friends.
Frau Maria married Mr. August Freyer. He was an officer in the last war and died from a wound. Hence Frau Maria lived alone in her house in Koetschenbroda with her three children. She loved the sunny valley of the river Elbe with its healthy climate, its flowers, strawberries, birds, and white cherry trees. She perceived and still perceives the elementals and understands their language and talks to them. It was in Koetzschenbroda that one day, which had bean designed by the finger of God, Abdrushin set his foot over the threshold of her home. He came as a stranger, worried, tired of human experiences, after his sojourn abroad and the years of internment; he longed for a home an enquired whether he might hire a furnished room in Maria’s house. Thus the Son of Man met Maria; the two oil trees; standing before the God of this earth, as John revealed from Patmos, found themselves again and united soon in human wedlock.
The respective verses in the 11th Chapter of the Revelation read thus:
“These are the two oil trees and the two candlesticks
“standing before the Lord of the earth. If any man
“desireth to hurt them; fire proceedeth out of their mouth
“and devoureth their enemies. They have power to shut the
“heaven that it rain not during the days of their prophecy.
“And they have power over the waters to turn them into
“blood, and to smite the earth with every plague as often
“as they shall desire”.
The widow, Mrs. Freyer, became Mrs. Bernhardt. Hence the life of Abdrushin moved along a different stream. Both soon left Saxony and settled in Bavaria. They stayed successively in Peissenberg, Penzberg, Bad Toelz and Tutzing. Abdrushin bought a huge country house, later called “Gralshaus” near Toelz. He bought it from a rich land-owner of the name of Schaar, who owned a big estate also in Necklenburg. It was in that Gralshaus that he began the first writing of the “Grail Lectures”. It was in 1921, when Hitler started the propagation of his cause under the title of “N.S.D.A.P.” (National Socialostische Deustche Arbeiter Partri). Abdrushin read this manuscripts to a circle of his intimate friends. Frau Maria started healing.
The Gralshaus became famous: the news of “miracle healings” spread over Germany and beyond her borders. Irene Schaar was the only daughter of the former landlord of the Gralshaus, both of whom joined the first reading group in Bavaria. Abdrushin asked Miss Schaar to help him with the writing of the manuscripts. She, however, refused; she was engaged at the time to a Mr. Blakeley. Thus she missed making use of the first call from the Light. Later she had to pay bitterly for her negligence. Her marriage became more than unhappy, it became, a mental torture to her. She lost her faith and all hope, till, after about fifteen years, she got the last chance to acknowledge the truth. Broken in heart she seized her salvation. But she was not granted again to see Abdrushin, for the law is adamantine. Not many men can stand the craving of the soul for truth and light, and above all, the longing after the Bringer of Truth. When they miss the first opportunity granted to them by the Light, seldom does a second occasion occur, and the craving and longing then extinguishes their egos. This takes place after physical decomposition.
So far for to-day. In the second part I will tell something about the mission of the children of Maria, of the approach of those who first recognised the Divine Envoy in Abdrushin, and were elected His disciples, and lastly, where and how Abdrushin laid the first fundamental stones of a building which, in future, will safely harbour those who outlive the Day of Reckoning.


(To be continued)


This text is part of the collection G+: Grail Message























terça-feira, 26 de junho de 2018

Esboço da Criação II















As Imagens da Criação


por Josef Wagner

Maravilhoso é o auxílio da Luz para o ser humano que procura. Assim as imagens da Criação devem ter a finalidade de auxiliar o ser humano a compreender melhor a Mensagem Sagrada, dar uma imagem completa de cima para baixo e debaixo para cima, assim como a Mensagem nos ensina. 
As imagens devem obrigar o verdadeiro portador da Cruz a se aprofundar mais ao ocupar-se mais com o saber, de modo a ter a Mensagem Sagrada numa visão total diante de si. As imagens também devem contribuir para que a própria pessoa reflita, ela mesma, sobre tudo. Deve ser falado mais frequentemente sobre o conteúdo dessas imagens, pois cada um assimila de forma diferente a Mensagem Sagrada. As diferentes apresentações nos desenhos devem obrigar o observador a refletir. Assim tudo deve ser chamado à vida, mais convicção deve ser manifestada. As imagens foram dadas pelo Senhor e uma mão deixou-se guiar em espírito e humildade. Assim também devem ser assimiladas as frases que se encontram nos planos correspondentes. 
Cada qual deve se interessar bem por si mesmo, ocupar-se com isso, consultar na Mensagem Sagrada, como e onde tudo isso se encontra escrito. Assim se tem a Mensagem inteira de forma muito melhor e mais viva diante de si. Apenas assim cada um pode chegar e chega mais rapidamente à meta. 
As imagens estão subdivididas em Nº1, Nº 2 e Nº 3, isto tem um sentido e uma finalidade especial, que cada buscador deve compor e reconhecer por si mesmo. Nessa sequência as imagens instruem e conduzem o observador. Na imagem Nº 2, por exemplo, foi mencionado um cristal, que deve mostrar que a Criação inteira, do Alto até embaixo, encontra-se construída como um triângulo e em números. O ser humano deve ver isso, quer queira, quer não. Por isso o Trígono divino: 
Deus – Jesus – Imanuel, e 

Imanuel – Maria – Irmingard! 
A estatura do corpo, cabeça – ombros – as mãos juntadas em oração, os raios solares, bem como os raios nas imagens. Tudo em triângulos, assim também os números de 1 a 24 etc. Por isso cada um deve ser obrigado a refletir por si mesmo, tornando-se terrena e espiritualmente ativo e desperto. Então ainda algo bem importante: o ser humano deve aprender a orar sem palavras! Para tanto ele imagine as imagens, a construção inteira, tendo a visão geral até no Alto, até Imanuel, até Deus. Assim ele já pode receber ligação, se intuir em pureza e sentir saudade.  [...]
Trecho extraído do livroMeu Caminho para a Mensagem Sagrada e para o Senhor até Ele deixar esta Terra



Esboço da Criação nº 2

(de Joseph Wagner)

(Caso seja necessário, click abaixo para ver a imagem):




segunda-feira, 25 de junho de 2018

África XIV







Nas Florestas da África

Episódio XIV

Um Ataque Inesperado

por Charlotte von Troeltsch

Sinopse de Fatos Transcorridos: Bu-anan, também chamada de “mãe branca”, em seu cargo de chefia da tribo, socorrera um leão que caíra numa vala camuflada com armadilha de proteção da comunidade, tratando-o pessoalmente, na retirada de espinhos, curando seus ferimentos, e ainda deu ordens para que o animal fosse bem alimentado...  

(continuação)

Ao longo de mais alguns dias ela ainda mandou suprir o amarelo com alimento e água, então as feridas haviam sarado, feridas essas que tão dificilmente haviam se cicatrizado, devido ao fato dos espinhos possuírem veneno.
“Agora tu irás para casa, para tua caverna, meu amigo amarelo”, disse Bu-anan quase se lamentando.
O grande animal aproximou-se bem perto dela e passou a juba em seu braço.
“Ele não quer ir embora”, exclamaram os pequenos, “ele não quer ir embora!”
“Então venha à aldeia novamente tantas vezes quanto desejar. Tu não deves entrar; isto você sabe. Mas manda-me um dos pequenos entes, então virei até você.”
No decorrer do dia o amarelo havia desaparecido. Não havia, porém, entre o povo Tuimah nenhum sequer, que tivesse achado melhor matar o amarelo por causa da pele e para uma maior segurança.
Nesse meio tempo, os animais U-au haviam crescido e se tornado muito mansos. Eles se comprimiam ao redor de Bu-anan, com breves latidos de alegria, tantas vezes quanto ela se deixasse ver. Mas também as outras pessoas na aldeia eles conheciam bem e mostravam-lhes confiança.
Os pequenos mestres ordenaram que todos os U-aus dormissem durante o dia, para que à noite pudessem circular do lado de dentro da vala e auxiliar os vigias.
No início havia noites intranquilas. Se algum animal se aproximasse da vala do lado de fora, então estremecia o ar com um u-au de muitas vozes, até que o objeto da irritação fosse embora dali.

Aos poucos, porém, os espertos animais aprenderam, que deveriam somente deixar ouvir seus latidos, quando qualquer coisa tivesse atravessado a vala. Os vigias, porém, realizavam seu dever com muito mais gosto, pois as horas da noite foram encurtadas por causa dos vivazes animais.
Então veio uma noite, na qual ecoou o latido dos animais, assim como os gritos dos homens através do silêncio.
Os homens correram apressadamente para levar auxílio aos companheiros lá fora. Eles encontraram-nos em uma das passagens, onde estranhos procuravam entrar. Os Uaus, porém, se lançavam ao encontro dos invasores e queriam lhes pular na garganta.
Em vão os homens chamavam-nos de volta; pois os desconsiderados invasores empurravam os animais de si, onde alguns caíam nas plantas espinhosas e uivavam muito. Era uma horrível confusão.
Uma ordem de Ur-wu foi o suficiente para chamar e reunir os exaltados animais para dentro do círculo. Ele mesmo, porém, foi em direção à passagem com a arma na mão e acompanhado de um grande número de homens.
Quando os estranhos os avistaram, eles retrocederam. Eles não estavam preparados para um ataque. Ur-wu dirigiu-lhes a palavra para saber o que eles desejavam do povo Tuimah. Eles responderam, porém, sua resposta era incompreensível. Eles falavam uma língua estranha, que parecia brotar lá de trás da garganta.
Então um dos inúmeros pequenos que havia corrido para lá, falou para Ur-wu:

“Não confie neles! Eles intencionam algo de mal. Eles compreendem muito bem vossa língua. Converse ainda com eles. Envie, secretamente, homens para que usem a outra passagem e os cerquem por detrás. São apenas seis estranhos.”
Silenciosamente Ur-wu deu a correspondente ordem e procurava nesse meio tempo conseguir qualquer resposta dos estranhos que lhe fosse compreensível. Eles sentiam-se aparentemente bem seguros e riam interiormente dos tolos Tuimahs.
De repente Ur-wu viu seus homens aparecerem por detrás deles. Com a ordem dita em voz alta:
“Agarrem-nos!” ele próprio avançou com seus acompanhantes ao encontro dos estranhos, os quais não estavam preparados para isso e retrocederam.
Então eles viram-se presos. Nenhum escapou, contudo, também não correu nenhuma gota de sangue.
Ur-wu ordenou que os seis fossem amarrados e que cuidadosamente lhes fossem tiradas todas as armas. Os estranhos defendiam-se desesperadamente, mas precisaram reconhecer que não podiam fazer nada contra a supremacia deles.
Eram grandes, magras figuras de uma pele mais clara e mais amarelada, com cabelos longos, negros e lisos, que pareciam estar engordurados. Suas vestimentas eram coloridas, mas significativamente mais completa do que a do povo Tuimah.
Vigias e U-aus foram elogiados, então os homens seguiram com os seus prisioneiros para a frente da cabana de Bu-anan, que já aguardava.
“Por que vocês vieram?” perguntou aos amarrados.
Ela percebeu através de seus movimentos, que eles tinham compreendido as palavras, mas os homens fizeram de conta como se não tivessem podido decifrar a linguagem e responderam em seu próprio idioma.
Então foi notável que Bu-anan compreendesse exatamente o que os homens falavam, apesar dela jamais ter ouvido o idioma deles.
Não era nenhuma resposta relacionada a sua pergunta, mas sim um desrespeitoso insulto. A resposta era tão feia que a Mãe Branca resolveu não deixar eles perceberem que ela tinha entendido.
Exteriormente calma ela disse:

“Já que vocês se comportam como se não compreendessem minhas palavras, assim vocês serão nossos prisioneiros, até que os vossos deuses iluminem vossas mentes. Então poderemos continuar conversando uns com os outros.”
Um turbilhão de estranhas palavras insultuosas jorrou sobre Bu-anan, que calmamente ergueu a mão e ordenou ao povo Tuimah para que levassem os homens embora.
Tampem-lhes primeiramente a boca que se movimenta demais”, ordenou ela, exatamente porque ela sabia que os estranhos podiam compreender, “e cubram-lhes seus olhos! Eles vieram para nos espionar. Isto eles não devem fazer nem mesmo como prisioneiros.”
“Se, contudo, tu sabes porque viemos por que pergunta mulher?” exclamou um dos homens irado na língua dos Tuimahs.
Bu-anan e com ela todos os presentes não deixaram perceber nenhuma admiração e não deram nenhuma resposta. Os homens foram levados embora, assim como a Mãe Branca ordenara.

(continua)







Uma obra traduzida diretamente do texto original alemão de 1937, o qual foi publicado nos cadernos 6 a 12 da revista Die Stimme (A Voz). 
A história está sendo publicada em episódios da coleção do G +: 

África. (Nas Florestas da África)

Por esse mesmo esquema já foram publicadas as obras como coleções do G +:    



quinta-feira, 21 de junho de 2018

Abdrushin Life IV







The Life of Abdrushin

By Randolph Freeman Eales


(continuation)

When Mr. Nagel, who made the crosses of the Grail, worn by those who were baptised, as he also made the jewellery on the Altar of the Lord, hold an exhibition one day, the Princess Hermine, the German Emperor’s wife, came to see him to admire his work. She received the Message of Abdrushin from Mr. Nagel. I emphasize this fact as, on Monday, the 26th of January, when Mrs. Bradbear gave clairvoyance at Highbury in her residence, after reading the Message herself, the Emperor Willian II manifested through her and mentioned that he knew of the Message “In the Light of Truth”. When in former years I felt an urge on the Holy Mountain to write to the Emperor, Abdrushin said to me: “Do so, but never forget that he is nothing but a human being”.
A little while after I had written, I received the Emperor’s invitation to call at Deorn when I would be near to his house. On Monday he mentioned this house, his exile in Holland, and mentioned also that he was sorry that the meeting did not take place. But now, he said through Mrs. Bradbear, he could contact me in quite a different way, more emphatically. He continued that very high entities co-operated with him and in the same instant Mrs. Bradbear perceived building up before our small party the late Queen Victoria, Empress of India, and King Alphonso of Spain. All of them wore their specific gowns. William, the German Emperor, appeared in full General’s uniform with the Marshal’s baton, trying gently to disguise his left crippled arm as he always used to do. Queen Victoria wore on her breast the blue ribbon of the star of the most noble Order of Garter of England. This was founded in 1349 by Edward III in imitation of King Arthur’s chivalry and the round Garter like the Round Table, symbolising the equality of knighthood. “Honi soit qui mal y pense” – evil be to him who evil thinks – is the Order’s motto. Alphonso appeared as if he were still in the body, decorated with the Order of the Golden Fleece of Spain, but all of them testified unanimously that they had recognised Imanuel in the beyond, and, most important of all, his manifestation on the physical plane. They eagerly were trying to push forward his cause and thus help to bring about complete victory of the Light, to burst the walls of darkness, and to establish the reign of God on earth. I dwell at length on that event as it was evidence to me that Mrs. Bradbear’s clairvoyance was absolutely correct. When I listened to those things I remembered the happenings of former years.
Going back to Abdrushin, shortly after separating from his first wife he crossed the path of Maria, the other part of his ego incarnate in a female body. In his lecture on “sex” he reveals the significance of so-called “bisected germs” which must unite and become one again. This process, however, Abdrushin teaches, happens so seldom that it need not be discussed specially.
Before I proceed to give some details about Abdrushin’s second marriage and fulfilment I will try to reconstruct a story, a true story and event, which he narrated to me in September 1937, on my last visit to the Holy Mountains before my imprisonment and emigration to England. Abdrushin said to me: “Note down this story in the same way as you did in Egypt when scribbling into the papyrus what I asked you to write. The incident is remarkable and deserves to be brought to the knowledge of future generations”. I did as he requested – mark well, Abdrushin never demands, he always requests – but the manuscript was confiscated by the Gestapo as I kept it in original handwriting in the Chronicles. The event was evidence to Abdrushin Himself of his future manifestation as the Son of Man.
Do not forget that the veils before his inner vision were drawn away only step by step, until at last he recognised infull His Divine existence. The occurrence took place shortly after his second marriage. The nuptial blessing was given to him and to Maria in one of the old Parish Churches standing along the Dredner Street between Meissen, my birthplace, and Dresden, Saxony’s capital. One day he received an invitation to attend a special meeting, organised by the Spiritualist movement. The demonstration of a famous medium of the world wide repute was expected. I cannot remember the name, but it is of no consequence. Abdrushin felt an inner urge to attend. He managed to secure a ticket at the back of the huge Hall, which was over-crowded. The medium was introduced and started to deliver a trance address.
The amazing feature, however, succeeded the address. Abdrushin felt as if he were uplifted. His inner kernel dwelt in the Grail. Yet he was able to hear with his physical ears. He heard what the medium proclaimed: “There is, in this hall, an entity in the flesh, the flaming light of which cannot be described. The power spreading from it is so overwhelming, even for me, a disembodied soul, that it deprives me of the possibility of expressing myself as I would do. This radiating pillar in a human vessel of flesh and blood sends forward its rays which set everything in motion. I can catch a glimpse of further entities which even in a vision I have never seen before. These beings resemble living forms. Archangels with wings, their eyes sparkling lightning rays. I hear a voice, coming from beyond time and space, as thunder and trumpets: “In Him will dwell Imanuel, to pass World Judgment. Years will elapse till the end will come. A Star will prepare the way for Him. Which will destroy all human presumption. When all dust will be vanished, and vanity gone, when conceit and evil will be blotted out, your globe will be prepared to receive, to acknowledge the King of Kings”.
So far as I remember, it was Isaiah who spoke through the medium and repeated his prophecy of the advent of Imanuel.
It was on the 7th of September, 1937, on the day of the beginning of the Millennium, when Abdrushin told me to write down in the Chronicles what had been foretold through the medium.



(To be continued)


This text is part of the collection G+: Grail Message



quarta-feira, 20 de junho de 2018

Lembrança do Dever






Lembrança do Dever de Iniciativa

por Otto Ernst Fritsch

Descrevo aqui as Palavras do Senhor, infelizmente apenas de lembrança e por isso somente de acordo com o sentido, mas, segundo minha convicção, reproduzidas com grande fidelidade:

(continuação)


  Nos últimos tempos em que o Senhor ainda estava sobre a  Terra, Ele deu   muitos  esclarecimentos, complementações e     explicações    sobre   a Mensagem a portadores da Cruz que o visitaram em Kipsdorf. Entretanto, Ele não falava com todos sobre assuntos espirituais, mas somente    com aqueles, em  quem  Ele   constatava    rea l anseio   por  reconhecimento  e  mobilidade espiritual.
Característico para isso é um fato que ocorreu em Vomperberg, o qual me lembro neste momento. Depois de uma Solenidade, chegou um jovem portador da Cruz que havia solicitado poder ir até o Senhor. No primeiro andar, na sala do Trígono, ele se sentou cheio de expectativa diante do Senhor. Ele olhava para o Senhor e permanecia em silêncio. Este o olhava e permanecia igualmente em silêncio. Este silêncio durou pouco tempo, depois o Senhor despediu seu visitante. Mais tarde, ele contou esta ocorrência, certamente para mostrar que um ser humano precisa movimentar-se por si mesmo, antes que lhe possa ser auxiliado – através de palavras ou de outra forma. ¾

Eu mesmo, com todas as muitas questões espirituais e religiosas que me moviam, havia procurado por respostas com as capacidades e forças que estavam à minha disposição. Se o que encontrava era certo ou errado, eu não podia dizer com segurança, pois um verdadeiro reconhecimento da Verdade só acontece lentamente, passo a passo e de degrau em degrau, e somente um espírito humano maduro, que vibra na Verdade, que se abriu à Verdade, possui uma intuição tão pura que pode distinguir sempre de forma clara, em seu íntimo, o verdadeiro do falso.

Uma das perguntas que eu fiz ao Senhor em Kipsdorf foi sobre: “Muitas vezes aparece, na Bíblia, a questão dos 144.000 selados. Mas que um esclarecimento exato não pode ser encontrado em parte alguma. O Senhor respondeu-me: “Muito bom que me faça esta pergunta. Quando aconteceu o assassinato de Cristo, foi possível ver da Luz que agora a humanidade toda estava perdida, já que ela recusara a Verdade, a Palavra vinda da Luz, tendo até mesmo assassinado o Portador da Palavra. Eu pedi, então, a Meu Pai, para, no final dos tempos, trazer o Juízo não reinando sobre as nuvens como havia sido prometido, mas, para que o grande sacrifício de Meu Pai não fosse em vão, vivendo na Terra entre as criaturas humanas na época do final dos tempos. Este pedido foi concedido a Imanuel-Parsival e o acontecimento divino foi mostrado em imagens espirituais a todos os espíritos humanos abertos para isso, em todos os planos e esferas. Milhões de espíritos humanos estavam tocados pela graça de Deus e pediram, em profunda oração, que igualmente pudessem ser encarnados no Juízo e pudessem colaborar com a grande missão de Meu Pai. Este pedido, porém, foi concedido somente a 144.000 espíritos humanos. E estes estão todos encarnados agora, na época certa, na Terra. Uma falha estava excluída, pois foram conduzidos e protegidos por tão alta condução luminosa, que só teriam podido cumprir. Mas, apesar disso, eles não vieram.


(continua)


Extraído (em continuação) da Cópia de um manuscrito de Otto-Ernst Fritsch








terça-feira, 19 de junho de 2018

Minhas Vivências IX






Minhas Vivências em Vomperberg

por Helene Westphal


(continuação)

Nesse ínterim chegara o verão, uma nova viagem estava iminente. Também desta vez eu pude estar junto. O senhor Deubler dirigia novamente o carro do Trígono. Kurt Halseband era o chofer do segundo carro, no qual a senhora Reckleben e eu estávamos. O senhor Laute era acompanhante de viagem. No dia 28 de julho, cedo, às 6 horas, partimos em direção ao Arlberpaß e pouco antes de Feldkirch, o senhor Schöneberger e o senhor e a senhora Kaufmann de Straßburg vieram de carro ao nosso encontro. Houve uma cordial saudação e juntos fomos então para Staad no lago Bodensee, onde fora reservado o almoço no hotel “Weißes Rössel”. Era um pequeno hotel idilicamente situado com um belo jardim, diretamente junto ao lago. Tudo fora preparado com muito amor, a comida era muito boa e a sopa recebeu um elogio especial do Senhor. Nós almoçamos no jardim, sob sol irradiante, e quando, ao poucos, ficava muito quente, vinham de fato algumas nuvens flutuando, presenteando-nos com uma sombra refrescante. Foi uma refeição alegre e feliz.

Depois da refeição seguimos logo para St. Gallen, onde diversos portadores da Cruz foram visitados e todos se encontraram então na casa dos Schönebergers para uma grande mesa de café. Todas as senhoras presentes dividiam entre si os trabalhos ocasionais e assim o trabalho para a senhora Schönenberger não foi tão desgastante. Depois do café, o Senhor e os senhores Laute e Schönenberger retiraram-se para conversarem, Frau Maria e a senhorita Irmingard conversavam com nós outros e uma parte das senhoras suíças ajudava a lavar a louça. A hora da partida chegou logo e fomos adiante até Arborn à casa dos Eisenbeiß. Lá o alojamento para o Trígono e para a senhora Reckleben fora festivamente preparado, também um jantar em conjunto para todos nós, contudo, nós outros não sabíamos onde iríamos pernoitar. O senhor Schöneberger providenciou mais tarde o nosso alojamento no hotel Schiff em Rorschach.
A comida estava excelente, a conversa era em geral conduzida pelo casal anfitrião, o que lamentávamos, pois para nós uma conversa do Senhor, de Seu elevado ponto de vista, era sempre um grande presente. Depois da refeição ficamos ainda reunidos à vontade por algum tempo e Frau Maria falou, entre outras coisas, sobre uma encarnação anterior da senhora Eisenbeiß.
Na manhã seguinte, todos nós fomos para St. Gallen. Lá visitamos a igreja de convento e Frau Maria percebeu logo a grande limpeza que imperava ali. A igreja também possui a Cruz isóscele na ponta da torre. Nós ainda fomos passear no belíssimo parque municipal e então seguimos adiante para Herisau, onde éramos aguardados pelo casal Schöneberger para o almoço. Houve novamente uma mesa farta e de novo pudemos apreciar a companhia do Trígono.

Depois da refeição, seguimos adiante para Zurique. Frau Maria e a senhorita Irmingard foram à senhorita Schärer para lavar o cabelo, pois ela era portadora da Cruz. O Senhor havia seguido à frente até os Gieses, onde todos fomos convidados para um café. Na casa dos Gieses era realmente harmônico e agradável e todos se sentiram bem. No hotel “Eden au Lac”, onde haviam sido reservados quartos para todos, houve então um verdadeiro banquete. Tudo estava preparado da melhor forma e todos nós percebemos o amor previdente, que havia imperado aqui, diferenciando-se da Casa dos Eisenbeiß. Muitos portadores da Cruz de Zurique e dos arredores também participaram do banquete. A seguir fomos novamente assistir a um bom filme e depois ainda fomos beber algo numa bela lanchonete à beira do lago de Zurique. O Senhor bebeu um copo de cerveja e alegrava-se muito com tudo. Os portadores da Cruz de Zurique ainda nos levaram até o hotel, onde nos despedimos alegremente deles.


(continua)


Trecho do escrito Minhas Vivências em Vomperberg