Encontro com os seres da natureza
por Eduard Hosp Porto
(continuação)
Como
podemos reconquistar a ligação com os entes da natureza?
A tal respeito Abdrushin explica:
❝Alimentação
vegetal! Produz, mui acertadamente, o refinamento do corpo humano, um
enobrecimento, também o fortalecimento e grande saneamento. Com isso também o
espírito é ainda mais soerguido. ❞
(dissertação: Aprendizado do Ocultismo, Alimentação de Carne...)
Só não devemos nos esquecer que para a
humanidade atual tão acostumada ao consumo de carne tem de ser feita
primeiramente uma transição entre a alimentação de carne e a alimentação
vegetal. Por isso Abdrushin ainda assim complementa:
❝A transição, como primeiro
degrau, é a limitação exclusiva à carne branca. Quer dizer: aves,
vitela, cordeiro e outras, ao lado da alimentação vegetal aumentada. Somente
assim pode vir aos poucos um passo atrás do outro. Até que no final, em calma
transição, o corpo seja de tal modo preparado que possa conservar a força plena
com a alimentação vegetal. ❞
Podemos, portanto, auxiliar muito a
sensibilização de nossa capacidade de percepção por meio de nossa alimentação,
ministrando-a com produtos os mais naturais e integrais possíveis, e sem serem
acrescidos de conservantes, adoçantes, corantes e o que mais existe de “antes”,
pois antes da adição da família desses “antes” o produto era bom, depois ficou
ruim. O médico alemão *Christopher Vasey* nos cita um exemplo a respeito da
essência de um alimento produzido por meios artificiais:
≪ Se, por exemplo, falamos
que cenouras são boas para a saúde, acreditamos facilmente que qualquer cenoura
tenha um efeito favorável. Contudo, unicamente a expressão “cenoura” pode
designar várias coisas. A análise do conteúdo de uma cenoura cultivada de
maneira industrial com adubos artificiais e emprego dos mais diversos
inseticidas e outros produtos químicos mostra apenas uma bem pequena semelhança
com uma cenoura cultivada respeitando-se o solo com composto, adubo natural e
cobertura natural do solo.
Os resultados de um estudo que foi realizado
num espaço de tempo de doze anos, com o objetivo de determinar as diferenças
nas substâncias de verduras adubadas organicamente e quimicamente, teve como
resultado que as verduras cultivadas biologicamente contêm em média 18% mais
proteínas e potássio, 28% mais vitamina C, 10% mais cálcio, 13% mais fósforo e
77% mais ferro.
Os efeitos desses dois tipo de verduras
cultivadas diferentemente serão bem diferentes sobre a irradiação sanguinêa. O
que aqui foi dito também se refere igualmente aos produtos animais: carne,
leite, ovos. Quando os animais de criação, vacas ou galinhas, são alimentados
de forma natural, podendo permanecer em contato com o ar fresco e com o Sol,
sua carne, seu leite e seus ovos possuem outro conteúdo – e sabor –, do que
quando os mesmos animais são criados em locais fechados ou semi-fechados e
alimentados com ração especial, para que ganhem peso rapidamente. Por exemplo,
a quantidade de ácidos graxos na gordura de um gado criado de forma natural é
trinta e três vezes maior do que criado em modo intensivo!
Mas os métodos de produção no campo e a
criação de gado, não são os únicos responsáveis pela quantidade alterada dos
alimentos. Nós alteramos a natureza dos alimentos de diversas maneiras, quer
seja ao extrairmos deles uma parte de suas propriedades, quer seja pelo
acréscimo de substâncias que normalmente não estão contidas neles.
Através da alteração de sua natureza os
alimentos são despojados de uma parte de suas proteinas, minerais ou vitaminas,
e não com a finalidade de aumentar sua qualidade, mas sim para obter na
fabricação um produto rentável, o qual conserva de forma melhor, tenha melhor
aparência e deixa-se assim se vender mais facilmente. Os três produtos
alimentícios mais atingidos por essas medidas são os cereais, os óleos e o
açucar.
Os cereais contêm uma extraordinária
riqueza em substâncias nutritivas no revestimento exterior ao grão na forma de
elementos essenciais, minerais, vitaminas, proteínas, enzimas, etc. De maneira
infeliz, é exatamente essa camada exterior, que é retirada no polimento para se
obter farinha branca, que dura bastante tempo e que, então, resulta em pães,
biscoitos, pastéis, bolos, com uma coloração atrativa. Podemos medir facilmente
a diferente influência da farinha integral e da farinha branca, quando sabemos
que a farinha integral tem três vezes mais Vitamina B1, seis vezes mais
magnésio, treze vezes mais ferro e trinta e três vezes mais cálcio do que
comparado à farinha branca.
Os óleos destinados para a alimentação
contêm, quando são prensados frios, todas as suas preciosas substâncias
nutritivas. Se, porém, forem prensados quentes ou com o auxílio de produtos
para sua extração e, então, clareados, retirado seus ácidos, descorados e
tornados sem cheiro, como e o caso atualnmente no geral, lhes é retirado tudo,
menos a gordura.
A diferença das substâncias contidas no
açucar branco refinado e no açucar mascavo, que se consegue simplesmente pelo
cozimento do caldo de cana ou do suco de beterraba, é igualmente gigantesca. O
açucar mascavo contêm proteínas e vitaminas, enquanto que o açucar branco não
possui nada disso. O açucar mascavo contêm pelo menos cinco vezes mais cálcio,
trinta vezes mais ferro, quarenta e seis vezes mais fósforo, cem vezes mais
magnésio e duzentas vezes mais potássio do que o açucar branco.
Se o prejuízo de valores nutritivos
nesses alimentos básicos já possui importantes efeitos para a saúde do corpo,
quão funesta então não serão os efeitos sobre a irradiação sanguinêa e as
possibilidades do espírito? Mas além das consequências da alteração da natureza
dos alimentos através da retirada de substâncias preciosas, há ainda as consequências
através do acréscimo criminoso de substâncias nocivas. Há milhares de
substâncias que são utilizadas para se adicionar, as quais se encontram na
indústria alimentícia, como: corantes, antioxidantes, conservantes,
espessantes, aromatizantes, estabilizantes etc. Alguns desses complementos não
prejudicam de forma alguma, como é o caso com o suco de beterraba e de morango
utilizados para dar cor; outros são venenos conhecidos, que são acrescidos em
quantidades consideradas inofensivas para a saúde corpórea. Mesmo que eles
sejam utizados em pequenas doses, a quantidade média de todas essas substâncias
que uma pessoa ingere durante um ano, fica aproximadamente na casa dos três
quilos! E isso, sem considerar os produtos empregados na agricultura
(inseticidas, herbicidas, pesticidas etc.) e os medicamentos dados aos animais
para o abate e que parcialmente ainda estão contidos nos alimentos que
ingerimos. Quem pode falar, quais influências têm todas essas diferentes substâncias
sobre a irradiação sanguinêa? Não apenas cada uma individualmente, mas também
na combinação entre si. Os efeitos certamente não devem ser bons, pois muitas
dessas substâncias não estão previstas no ciclo de alimentação, como por
exemplo os inúmeros medicamentos soníferos, calmantes, remédios para dores
etc., os quais são ingeridos em abundância hoje em dia.
Para dar ao corpo as melhores
possibilidades para que ele possa formar um sangue saudável e que irradie de
forma próspera, deveríamos ingerir sobretudo alimentos cultivados
biologicamente, não refinados e livres de substâncias complementares. Uma
alimentação rica, variada (mas oriunda da região) e “biológica” é o melhor meio
de oferecer ao nosso espírito todas as irradiações fundamentais do sangue, as
quais ele necessita. ≫
um conteúdo extraído da revista “Gralswelt”,
publicada em março de 2002.
(continua)
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