terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Lembranças do Graal XIV








Lembranças das minhas vivências do Graal

A Época de Tutzing


Out/ 1926 a Fev/1928

por Elisabeth Gecks

(continuação)

Outra vivência com um animal eu gostaria de citar, adiantando que, se refere apenas à época da Montanha.
Abdrushin havia encontrado a pequena propriedade em Vomperberg na hora determinada para ele. Em um dia de inverno frio e que havia nevado bastante, ele mudou-se para lá com Frau Maria e as três crianças. A senhora Illig e eu pudemos ajudar na mudança e na arrumação. As pessoas descreviam o proprietário anterior como sendo bem grosso e ruim. Em todo o caso ele não tinha coração para os animais e seu grande cachorro, chamado Friedel, não passara dias bons e as pessoas o temiam. Esse cachorro ele deixou como que pertencendo à casa. Eu pude logo dar-lhe de comer. Nós sempre permanecemos bons amigos, apesar do cachorro saber exatamente quem era o seu “senhor”.
O Senhor mandou logo que ele fosse solto da corrente, junto à qual tinha que ficar deitado na sua casinha qualquer que fosse o tempo. Agora ele podia movimentar-se livremente também pelo jardim e cheirar a cabana como ele quisesse. Pelo menos foi o que também achamos para a primeira noite. Fora uma gélida noite de inverno e onde estava o cachorro? Ele estava deitado meio congelado sobre a neve, do outro lado da casa, diretamente embaixo a janela do Senhor. Já na primeira noite, e ele também soube qual era o quarto certo. Em todo caso, aconteceu com ele, como com o meu Rex, em relação ao reconhecimento e o amor ao Senhor. Sim, assim são os animais! Eles vibram em sua espécie de forma pura na vontade de Deus. E nós, criaturas humanas? Abdrushin ficou tão tocado, que Friedel não precisou mais dormir fora. Assim do cachorro de coleira ele tornou-se o alegre cachorro da casa do Senhor.

Portanto, Tutzing! Também a senhora Kette com seus dois meninos havia se mudado junto. Ela estava, na verdade, sempre perto de Frau Maria, quando podíamos ir até lá; eu tinha sempre a impressão a respeito de uma opressão desejada desta mulher de irradiante bondade e ensolarada, a qual parecia sorrir sobre isso.
Uma pequena vivência é digna de menção: no verão de 1927 Frau Maria e a senhora Kette estavam sentadas em um banco no jardim, quando eu cheguei. A senhora Kette exclamou para mim: “Sente-se aqui conosco!” e sentou-se para o lado, para que eu pudesse me sentar entre elas. ”Duas rosas e uma erva daninha”, disse ela esclarecendo. Fiquei pasma com tal falta de vergonha. Eu considerei ser eu a erva daninha, mas era ela e ali havia apenas uma “rosa”! Eu fiquei em pé como que paralisada.
Frau Maria não disse nada, mas ela sorriu de tal forma me estimulando, que eu não hesitei em me sentar no lugar a mim oferecido.
A senhora Kette era quem tomava conta da casa e cuidava de todos, não apenas de seus filhos. Que trabalho belo, importante e cheio de responsabilidade; e como ela fizera mau uso dele, exatamente em relação às crianças Bernhardt, e sobretudo não dava a necessária atenção para a senhorita Irmingard. Abdrushin que lhe havia dado o consentimento de permanecer ali, para que ela própria reconhecesse seu defeito e se modificasse, contou-me isso depois do desligamento dela. As crianças dela recebiam de tudo, e muitas coisas as de Frau Maria não tiveram na falta do suficiente para cinco crianças, pois estas não deveriam ter preferência; o que o Senhor e Frau Maria não estipularam como eu fiquei sabendo.  

(continua)








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