quarta-feira, 13 de junho de 2018

Minhas Vivências VIII









Minhas Vivências em Vomperberg

por Helene Westphal


(continuação)


No dia 18 de abril festejamos o aniversário do Senhor, era um domingo. Depois da devoção solene realizou-se uma seção de congratulação nos recintos do Trígono. Cada um de nós foi sozinho, até o Senhor e deu-Lhe os parabéns, e Ele tinha para cada um uma palavra bondosa. – No dia 19 de abril então a senhora Berninger fez  aniversário e era costume convidar o Trígono para o jantar. Eu tive a grande felicidade de também ter sido convidada juntamente com a senhora Reckleben. Foi novamente uma grande vivência para mim. O Senhor contou sobre seu internamento na Isle of Man pelos ingleses. No início de 1914 o Senhor estava na Inglaterra e ao irromper da guerra ainda ficou livre por um bom tempo, pois ele possuía bons conhecidos. Depois, no entanto, as coisas se agravaram mais e o Senhor foi levado a um campo de internamento. O campo era muito grande e o tratamento muito ruim. Os melhores cozinheiros de muitos países estavam igualmente internados lá e eles preparavam muitas vezes uma comida muito boa, já que muitas pessoas internadas recebiam pacotes de casa. Do contrário, teria sido muito ruim com as rações que foram distribuídas. Um pão por semana, de manhã e à tarde chá e ao meio-dia uma refeição bem simples. Devido a uma profunda intuição o Senhor jamais tomou chá e um dia Ele leu em um jornal inglês que algo era adicionado ao chá, para enfraquecer os homens. Depois de Seu retorno para a Alemanha o Senhor tentou publicar esse fato em um jornal, contudo, nenhum jornal se dispôs a fazê-lo. Pelas demais pessoas internadas o Senhor fora muito respeitado e amado, e quando havia desavenças, então Ele era sempre chamado como árbitro.


A vida na Montanha nem sempre era fácil e a mudança para uma nova pessoa exigia muito reconhecimento e compreensão. Muita coisa eu não sabia, já que vivia há apenas pouco tempo lá, mas sempre o Trígono estava atrás de mim e sempre a senhora Illig aparecia no momento certo, quando outro portador da Cruz me abordava em alguma coisa que não devia acontecer. Na escola das meninas, por exemplo, havia coisas que não estavam de acordo com a vontade de Frau Maria e também havia algumas outras coisas que não andavam de forma exemplar, como, na verdade, isso deveria ser uma evidência na Montanha. Todos os moradores da Colônia haviam vindo por sua própria solicitação, para poderem viver na proximidade do Senhor e para auxiliá-Lo na grande modificação, de formar o novo ser humano. E mesmo assim constatou-se em pouco tempo, que alguns acreditavam que justamente neles não havia necessidade de mudança.



(continua)


Trecho do escrito Minhas Vivências em Vomperberg