Minhas Vivências em Vomperberg
por Helene Westphal
(continuação)
No dia 18 de abril festejamos o aniversário do Senhor, era um domingo. Depois da
devoção solene realizou-se uma seção de congratulação nos recintos do Trígono.
Cada um de nós foi sozinho, até o Senhor
e deu-Lhe os parabéns, e Ele tinha para cada um uma palavra bondosa. – No dia
19 de abril então a senhora Berninger fez aniversário e era costume
convidar o Trígono para o jantar. Eu tive a grande felicidade de também ter
sido convidada juntamente com a senhora Reckleben. Foi novamente uma grande
vivência para mim. O Senhor contou
sobre seu internamento na Isle of Man pelos ingleses. No início de 1914 o Senhor estava na Inglaterra e ao
irromper da guerra ainda ficou livre por um bom tempo, pois ele possuía bons
conhecidos. Depois, no entanto, as coisas se agravaram mais e o Senhor foi levado a um campo de
internamento. O campo era muito grande e o tratamento muito ruim. Os melhores
cozinheiros de muitos países estavam igualmente internados lá e eles preparavam
muitas vezes uma comida muito boa, já que muitas pessoas internadas recebiam
pacotes de casa. Do contrário, teria sido muito ruim com as rações que foram distribuídas.
Um pão por semana, de manhã e à tarde chá e ao meio-dia uma refeição bem
simples. Devido a uma profunda intuição o Senhor
jamais tomou chá e um dia Ele leu em um jornal inglês que algo era adicionado
ao chá, para enfraquecer os homens. Depois de Seu retorno para a Alemanha o Senhor tentou publicar esse fato em um
jornal, contudo, nenhum jornal se dispôs a fazê-lo. Pelas demais pessoas
internadas o Senhor fora muito
respeitado e amado, e quando havia desavenças, então Ele era sempre chamado
como árbitro.
A vida na Montanha
nem sempre era fácil e a mudança para uma nova pessoa exigia muito
reconhecimento e compreensão. Muita coisa eu não sabia, já que vivia há apenas
pouco tempo lá, mas sempre o Trígono estava atrás de mim e sempre a senhora
Illig aparecia no momento certo, quando outro portador da Cruz me abordava em
alguma coisa que não devia acontecer. Na escola das meninas, por exemplo, havia
coisas que não estavam de acordo com a vontade de Frau Maria e também havia algumas outras coisas que não andavam de
forma exemplar, como, na verdade, isso deveria ser uma evidência na Montanha.
Todos os moradores da Colônia haviam vindo por sua própria solicitação, para
poderem viver na proximidade do Senhor
e para auxiliá-Lo na grande modificação, de formar o novo ser humano. E mesmo
assim constatou-se em pouco tempo, que alguns acreditavam que justamente neles
não havia necessidade de mudança.
(continua)
Trecho do escrito Minhas Vivências em Vomperberg