Lembrança Inquietante
por Otto Ernst Fritsch
Descrevo aqui as Palavras do Senhor, infelizmente apenas de lembrança e por isso somente de acordo com o sentido, mas, segundo minha convicção, reproduzidas com grande fidelidade:
(continuação)
②⑧ Quando, em fevereiro de 1933, o parlamento estava em chamas, o
discípulo Lucien Siffrid chegou excitado na Colônia e exclamou: “Agora vai
começar!” Naquela época, todos pensávamos que os acontecimentos finais
realizar-se-iam completamente nesta década de trinta. Em todos os países desta
Terra acompanhava-se com interesse e tensão a ascensão do
nacional-socialismo, que não era somente mal e ruim, como muitos acreditam
hoje, mas em cujo meio havia muitas pessoas que realmente acreditavam de
coração que estavam lutando por um mundo melhor e mais ideal. Desenhos
em preto e branco nunca se coadunam com os fatos reais. Acho que Sven
Hedin, um grande amigo dos alemães deve ter intuído a verdade, ou seja, o que
estava realmente por trás dos acontecimentos daquela época, pois disse: “O povo
alemão é o primeiro povo desta Terra, onde ocorre a luta entre a Luz e as
trevas”. Absurda é também a pintura preta e branca de portadores da Cruz, que
se consideram a si e aos de sua espécie como bons, luminosos e puros, mas todos
os demais, principalmente “aqueles que nada querem saber da Mensagem” como maus
e das trevas. A força da Luz atua e flui e firma o pé em toda parte onde existe
solo preparado para isso. Uma pessoa no mais distante da Ásia, que nunca ainda
ouviu falar da Mensagem de Jesus ou da Mensagem de Abdrushin, mas cujo interior
é puro através de um servir correto, encontra-se na grande força e a aproveita
para a ascensão, ao passo que uma pessoa, que sabe de cor a Bíblia ou a
Mensagem do Graal, mas que não está realmente preenchida com seu espírito está
apto a aproveitar a força apenas de modo imperfeito, ou nem a aproveita e
encontra-se em risco de caminhar para baixo, ao invés de para cima.
Outrora, na montanha, em 1933, acreditávamos que
então a grande purificação iniciar-se-ia de modo visível. Do Senhor, eu sei pessoalmente – Ele me
disse isso em Kipsdorf – que Hitler tinha uma missão para cumprir para
o povo alemão, mas não aquela missão que ele arrogou para si e cujo
cumprimento o povo esperava dele. Hitler, que tinha grandes culpas a saldar de
vidas passadas, deveria purificar o povo alemão de todas as trevas a
ele aderidas, a fim de torná-lo bem maduro para a recepção da Mensagem
oriunda da Luz. Mas, ao invés de reconhecer e cumprir sua missão, Hitler
enredou-se ainda mais nas trevas.
(continua)
Extraído (em continuação) da Cópia de um manuscrito de Otto-Ernst Fritsch