quarta-feira, 20 de junho de 2018

Lembrança do Dever






Lembrança do Dever de Iniciativa

por Otto Ernst Fritsch

Descrevo aqui as Palavras do Senhor, infelizmente apenas de lembrança e por isso somente de acordo com o sentido, mas, segundo minha convicção, reproduzidas com grande fidelidade:

(continuação)


  Nos últimos tempos em que o Senhor ainda estava sobre a  Terra, Ele deu   muitos  esclarecimentos, complementações e     explicações    sobre   a Mensagem a portadores da Cruz que o visitaram em Kipsdorf. Entretanto, Ele não falava com todos sobre assuntos espirituais, mas somente    com aqueles, em  quem  Ele   constatava    rea l anseio   por  reconhecimento  e  mobilidade espiritual.
Característico para isso é um fato que ocorreu em Vomperberg, o qual me lembro neste momento. Depois de uma Solenidade, chegou um jovem portador da Cruz que havia solicitado poder ir até o Senhor. No primeiro andar, na sala do Trígono, ele se sentou cheio de expectativa diante do Senhor. Ele olhava para o Senhor e permanecia em silêncio. Este o olhava e permanecia igualmente em silêncio. Este silêncio durou pouco tempo, depois o Senhor despediu seu visitante. Mais tarde, ele contou esta ocorrência, certamente para mostrar que um ser humano precisa movimentar-se por si mesmo, antes que lhe possa ser auxiliado – através de palavras ou de outra forma. ¾

Eu mesmo, com todas as muitas questões espirituais e religiosas que me moviam, havia procurado por respostas com as capacidades e forças que estavam à minha disposição. Se o que encontrava era certo ou errado, eu não podia dizer com segurança, pois um verdadeiro reconhecimento da Verdade só acontece lentamente, passo a passo e de degrau em degrau, e somente um espírito humano maduro, que vibra na Verdade, que se abriu à Verdade, possui uma intuição tão pura que pode distinguir sempre de forma clara, em seu íntimo, o verdadeiro do falso.

Uma das perguntas que eu fiz ao Senhor em Kipsdorf foi sobre: “Muitas vezes aparece, na Bíblia, a questão dos 144.000 selados. Mas que um esclarecimento exato não pode ser encontrado em parte alguma. O Senhor respondeu-me: “Muito bom que me faça esta pergunta. Quando aconteceu o assassinato de Cristo, foi possível ver da Luz que agora a humanidade toda estava perdida, já que ela recusara a Verdade, a Palavra vinda da Luz, tendo até mesmo assassinado o Portador da Palavra. Eu pedi, então, a Meu Pai, para, no final dos tempos, trazer o Juízo não reinando sobre as nuvens como havia sido prometido, mas, para que o grande sacrifício de Meu Pai não fosse em vão, vivendo na Terra entre as criaturas humanas na época do final dos tempos. Este pedido foi concedido a Imanuel-Parsival e o acontecimento divino foi mostrado em imagens espirituais a todos os espíritos humanos abertos para isso, em todos os planos e esferas. Milhões de espíritos humanos estavam tocados pela graça de Deus e pediram, em profunda oração, que igualmente pudessem ser encarnados no Juízo e pudessem colaborar com a grande missão de Meu Pai. Este pedido, porém, foi concedido somente a 144.000 espíritos humanos. E estes estão todos encarnados agora, na época certa, na Terra. Uma falha estava excluída, pois foram conduzidos e protegidos por tão alta condução luminosa, que só teriam podido cumprir. Mas, apesar disso, eles não vieram.


(continua)


Extraído (em continuação) da Cópia de um manuscrito de Otto-Ernst Fritsch