Lembrança do Dever de Iniciativa
por Otto Ernst Fritsch
Descrevo aqui as Palavras do Senhor, infelizmente apenas de lembrança e por isso somente de acordo com o sentido, mas, segundo minha convicção, reproduzidas com grande fidelidade:
(continuação)
③Ⓞ Nos últimos tempos em que o
Senhor ainda estava sobre a Terra, Ele deu muitos esclarecimentos,
complementações e explicações sobre a Mensagem a portadores da Cruz que o
visitaram em Kipsdorf. Entretanto, Ele não falava com
todos sobre assuntos espirituais, mas somente com aqueles, em quem Ele constatava rea l anseio por reconhecimento e mobilidade espiritual.
Característico para isso é um fato que ocorreu em
Vomperberg, o qual me lembro neste momento. Depois de uma Solenidade, chegou um
jovem portador da Cruz que havia solicitado poder ir até o Senhor. No primeiro andar, na sala do Trígono, ele se sentou cheio
de expectativa diante do Senhor. Ele
olhava para o Senhor e permanecia em
silêncio. Este o olhava e permanecia igualmente em silêncio. Este silêncio
durou pouco tempo, depois o Senhor
despediu seu visitante. Mais tarde, ele contou esta ocorrência, certamente para
mostrar que um ser humano precisa movimentar-se por si mesmo, antes que lhe
possa ser auxiliado – através de palavras ou de outra forma. ¾
Eu mesmo, com todas as muitas questões espirituais e
religiosas que me moviam, havia procurado por respostas com as capacidades e
forças que estavam à minha disposição. Se o que encontrava era certo ou errado,
eu não podia dizer com segurança, pois um verdadeiro reconhecimento da Verdade
só acontece lentamente, passo a passo e de degrau em degrau, e somente um
espírito humano maduro, que vibra na Verdade, que se abriu à Verdade, possui
uma intuição tão pura que pode distinguir sempre de forma clara, em seu íntimo,
o verdadeiro do falso.
Uma das perguntas que
eu fiz ao Senhor em Kipsdorf foi
sobre: “Muitas vezes aparece, na Bíblia, a questão dos 144.000 selados.
Mas que um esclarecimento exato não pode ser encontrado em parte alguma. O Senhor respondeu-me: “Muito bom que me
faça esta pergunta. Quando aconteceu o assassinato de Cristo, foi possível ver
da Luz que agora a humanidade toda estava perdida, já que ela recusara a
Verdade, a Palavra vinda da Luz, tendo até mesmo assassinado o Portador da
Palavra. Eu pedi, então, a Meu Pai, para, no final dos tempos, trazer o Juízo
não reinando sobre as nuvens como havia sido prometido, mas, para que o grande
sacrifício de Meu Pai não fosse em vão, vivendo na Terra entre as criaturas
humanas na época do final dos tempos. Este pedido foi concedido a
Imanuel-Parsival e o acontecimento divino foi mostrado em imagens espirituais a
todos os espíritos humanos abertos para isso, em todos os planos e esferas.
Milhões de espíritos humanos estavam tocados pela graça de Deus e pediram, em profunda
oração, que igualmente pudessem ser encarnados no Juízo e pudessem colaborar
com a grande missão de Meu Pai. Este pedido, porém, foi
concedido somente a 144.000 espíritos humanos. E estes estão todos encarnados
agora, na época certa, na Terra. Uma falha estava excluída, pois
foram conduzidos e protegidos por tão alta condução luminosa, que só teriam
podido cumprir. Mas, apesar disso, eles não vieram.
(continua)
Extraído (em continuação) da Cópia de um manuscrito de Otto-Ernst Fritsch