A Cruz do Santo Graal
Por Abdrushin
Pesadamente revolvem-se os restos das trevas ao
redor da Terra, como único apoio que ainda possuem, por intermédio dos seres
humanos, cujo querer e ansiar sempre e sempre de novo oferecem-lhes novo
alimento e concedem-lhes novo espaço. Porém, quanto mais denso e escuro se
torna o ambiente ao redor da humanidade terrena, tanto mais, naturalmente,
destaca-se de modo reluzente a luminosa Cruz, dada por Deus à Terra, em
cumprimento à Suas promessas para esta época triste, implantando-a no meio das
trevas, para a salvação de todos aqueles que, em verdadeira humildade, imploram
por Seu auxílio. É a luminosa Cruz da Verdade, na qual se encontra todo aquele
que promana da Verdade. Promanar da Verdade, no entanto, significa: promanar do
divinal, pois somente no divinal se encontra a Verdade viva, que se evidencia
através dessa Cruz. Já esclareci, uma vez, que essa Cruz não é nenhum símbolo,
nenhum distintivo, mas sim a própria Verdade viva. Até que ponto o espírito
humano pode conformar-se com esse fato, para que o compreenda da forma como eu
o dou com meu esclarecimento, é exclusivamente tarefa dele. Nisso não
posso ajudar. Também não posso acompanhá-lo intuitivamente aí. Ele tem de
procurar, sempre e sempre de novo, tornar-lhe claro que contempla através desse
distintivo aquilo que é vivo, que o distintivo é aquilo que é o próprio vivo! A
Verdade não pode evidenciar-se de forma diferente do que através dessa Cruz
luminosa, pois essa Cruz é a Verdade! Devido ao fato de Cristo Jesus, o Filho
de Deus, ter vindo da Verdade, ela se encontrava nele e, por conseguinte,
também a viva Cruz luminosa. E como eu, outra vez, fui enviado por Deus-Pai até
vós, procedente da Verdade, como fora prometido, igualmente encontra-se em mim
a Verdade e, com isso, a Cruz viva e luminosa, não como sinal da
Verdade, mas sim como a própria Verdade. Inseparável, mas também inimitável.
Bem entendido, a Cruz dourada resplandecente! Uma cruz fosca, pálida e
sem vida pode ser simulada por parte das trevas; nunca, porém, a Cruz viva e
dourada resplandecente, que é a Verdade e não por acaso somente a significa.
E esta Verdade, que se
corporifica na Cruz, a qual trago e tenho viva em mim, que pertence a mim como
algo próprio, como uma parte de mim, é, pois, a Cruz de base e fundamento, à
qual aspiram todos os verdadeiros adeptos da Mensagem do Graal, que se esforçam
em sintonizar todo o seu pensar e agir com a Palavra, isto é, viver realmente
de acordo com o sentido da mesma. Pouco importa se isso acontece na família ou
na vida profissional. Eles devem ser servos da Verdade! Isto não significa
falar em todo lugar somente a verdade, como geralmente é interpretado, mas sim viver
de acordo com a Verdade em tudo. Isto é, viver “naturalmente”.
Mas também a expressão
“viver naturalmente” está sendo distorcida já em seu conceito ao se procurar
enquadrar as expressões “naturalmente” e “natureza” num ridículo sentido
unilateral. O slogan “voltar à natureza!” já ocasionou muita insensatez, como
alimentação crua, andar descalço ou sem meias e muitas outras coisas mais. Em
poucas gerações os seres humanos levariam seus corpos ao retrocesso, à forma do
corpo peludo do animal, como um retrocesso evidente e por sua vez também mui
natural, porém, conscientemente provocado! Esse impulso esquisito para tais
coisas também não pode surpreender, visto as almas humanas, com apenas poucas
exceções, já há muito terem se rebaixado profundamente, de livre vontade! Um
fenômeno colateral do rebaixamento é também a exaltação insana, de granjear
sem-vergonhices como configuração ilusória de um progresso espiritual não
existente, o que pretensamente deve ser uma eliminação do falso pudor,
com total desconhecimento do sentido da elevada expressão: “Ao puro, tudo é
puro!”
Ira sagrada envolve os
espíritos luminosos que têm de reconhecer como o sentido puro desse ditado é
lançado, por mãos enlameadas, para as baixezas de cobiças mal contidas.
Para fora desses erros!
Trata-se apenas de abuso da natureza! É tudo, menos um viver “naturalmente”!
Viver naturalmente significa, na realidade, viver de acordo com as leis fixadas
por Deus, a partir das quais tudo pôde se desenvolver. Portanto, não viver
contra essas leis, mas sim com elas!
Infelizmente o ser
humano entende sob “natureza”, como sempre em sua estreiteza, não o essencial
da palavra, mas sim apenas uma mínima e bem restrita parte dos efeitos a ele
visíveis!
Talvez possa compreender
melhor, se ele, em lugar da palavra “natureza”, expressão essa que tão
facilmente o leva a erros, usar a denominação “vida real” ou “realidade viva”,
na qual cada ser humano está inserido e que, de acordo com suas próprias
movimentações, estorva-o de modo inibitório, ou ajuda-o de modo favorável.
Portanto, a origem mais
pura dessa “realidade viva” ou dessa “vida real na forma mais pura”
é designada para os seres humanos com a expressão “Verdade”. Algo vivo, no qual
não há nada de falso ou errado, mas sim tudo certo e verdadeiro, sem qualquer
turvação ou estorvo, o que, por sua vez, desencadeia e condiciona a mais pura
harmonia! Digo propositalmente “algo vivo” e não “uma vida”, visto que, nos
seres humanos, a expressão “vida” novamente desencadearia imagens erradas, numa
limitação excessiva.
Quem houver me
acompanhado atentamente, a esse terá se aberto com isso um portal para novas
perspectivas! —
Vós, portanto, deveis
servir à Verdade! Ser
servos da Verdade! Esforçar-vos pela verdadeira vida!
Para isso, no entanto,
torna-se necessária hoje uma completa modificação interior dos seres humanos,
porque estes se desviaram da vida de fato, real e verdadeira, levando apenas uma
vida fictícia, dentro de si, porém, têm de ser considerados como
mortos, mortos para a verdadeira vida ou para a Verdade!
Essa modificação dos
seres humanos pode ser denominada renascimento ou novo nascimento!
Também o Filho de Deus
disse outrora: “A não ser que alguém venha a renascer, ele não poderá entrar no
Reino de Deus!”
Essa contingência do
renascimento se realiza já na época da vida terrena. Para isso auxilia, aos que
quiserem, a força do Espírito Santo, a qual eu posso dar aos seres humanos, e a
qual já receberam todos aqueles por mim selados. Contudo, também poderão
recebê-la aquelas pessoas que forem seladas por meus discípulos, aos quais eu
outorguei a força para isso.
Como sinal da força
recebida para o renascimento e o conseqüente compromisso assumido de servir
somente à Verdade, de todas as formas, porta-se a Cruz do Santo Graal, que é a
cópia da Cruz viva da Verdade, a qual mais uma vez veio à Terra através de mim.
Por essa razão, cada
portador da Cruz deve estar consciente da responsabilidade que com isso assumiu
e deve atentar cuidadosamente para que sempre possa olhar para ela de modo
fiel, sem precisar corar ou até ficar envergonhado. A Cruz liga-o a mim e dessa
forma com a força, que o torna apto a desempenhar sua escalada e também a concluí-la,
pois, enquanto não se tornar infiel ao seu propósito, permanece com ele essa
Cruz da visível ligação comigo e, através de mim, com a Verdade viva, também na
matéria fina e por fim no espiritual. Com sua escalada, ela tornar-se-á cada
vez mais clara, mais brilhante e, por fim, abrir-lhe-á o portal para o Burgo do
Graal espiritual, da mesma forma como aqui na Terra também lhe abrirá o portal
para o Burgo do Graal terreno.
Se, porém, conspurcar
essa Cruz, ela lhe pesará qual inconcebível carga, cuja pressão, por fim,
esmagando, o destruirá! Pois se tornou perjuro com relação àquilo que tem de
ser para ele o mais sagrado, perjuro com relação à própria vida.
Por essa razão, essa
Cruz não deve ser portada levianamente. Ela não é uma bijuteria, não é um enfeite
ou um distintivo de alguma associação, que possa ser posta de lado assim que se
esteja farto dela. Contudo, se alguém abandonar essa Cruz de forma negligente
ou intencional, de maneira a não mais querer cumprir aquilo que prometera
outrora no ato de seu recebimento, coloca-se a si e a seu espírito no sepulcro,
donde nunca mais poderá ressuscitar!
Isto vale para todas as
Cruzes! Seja a Cruz de prata, de ouro ou também a Cruz na fita. Ela não foi
escolhida para servir de distintivo de uma associação, mas se refere
exclusivamente ao ser humano individual. A cada um por si. A Cruz não lhe dá
direitos perante outros. Também não liga um ao outro, mas sim atua e liga,
sempre e exclusivamente, em linha reta à origem da própria Verdade,
segurando-o, como se a ela fosse amarrado por uma corda de salvação, podendo a
ela agarrar-se ao tropeçar, se tiver vontade para tanto! Assim é a Cruz de
prata. Equivale como atestado da vontade e das forças para o renascimento para
o reino espiritual, para a vida eterna!
A Cruz de ouro indica
convocados que querem colocar-se no direto servir aqui na Terra, a fim de, sob
minhas instruções, cooperar junto à humanidade e na edificação, em cumprimento
da vontade divina. Identicamente como o ouro mais se assemelha à cor do fulgor da
minha Cruz, da mesma forma ele deve indicar que os convocados, em seu íntimo e
também no seu exterior, aproximam-se de mim pessoalmente pela maneira de atuar,
ligando intimamente minha vontade à deles, e isso condiciona que também seu
atuar esteja exclusivamente a serviço do Graal. Estando a serviço do
Graal, têm de estar, conseqüentemente, também a meu serviço, porque eu sou o
guardião do Santo Graal. E com isso os portadores da Cruz de ouro também são
obrigados, na atuação terrena, a obedecer em primeiro lugar somente à minha
vontade.
Contudo, essa obediência
também não deve ser mal interpretada. Pois não se trata de uma submissão
pessoal, escravizante, mas sim de uma integração espontânea na direção exata
de minha vontade, a qual está exclusivamente a serviço de Deus, no
cumprimento de Sua sublime vontade. E quem tornar realmente viva dentro de si a
Palavra da Mensagem do Graal, e viver de acordo com ela, esse se orienta dessa
forma na vontade de Deus, cumprindo-a, e nisso se encontra também a obediência a
mim pessoalmente. Nisso se encontra também o cumprimento de minha
vontade. Quem apenas quiser servir a mim, para obedecer a mim pessoalmente,
para alegrar a mim, esse não serve à vontade Dele, tampouco ao Graal;
tal pessoa, por essa razão, nunca poderá aproximar-se de mim, pois eu somente
avalio o cumprimento da vontade divina, nada mais.
Ser-me-á sempre uma
alegria, quando uma pessoa se esforça em cumprir a vontade de Deus, que se
encontra em Sua Palavra, nas leis de Sua Criação. Também não é difícil para um
ser humano reconhecer de fato a vontade e distinguir logo a palavra verdadeira
da falsa, pois onde a palavra não estiver de acordo com as leis na Criação,
isto é, com a natureza, então o erro está na palavra. O ser humano intuirá,
rapidamente, dentro de si mesmo, a diferença ou a concordância.
Assim são os portadores
da Cruz de ouro. Será um grande círculo, pois também grande será a missão na
Terra a serviço do Graal, tão grande, como jamais houve algo até agora, porque
desta vez intervirá em tudo o que existe na Terra e na vida humana,
fundamental na edificação, alcançando até a matéria fina e o espiritual, de
onde, por sua vez, em alternação constante, refluir-lhe-ão novas forças. A
atividade dos portadores da Cruz de ouro, no entanto, é diferente em sua
espécie. Uma parte trabalha independentemente em diversas profissões
segundo minhas instruções, corporificando aí, porém, como o ser humano
deve atuar na Terra. Deverão trabalhar entre os seres humanos como testemunhas,
redespertadas em si mesmas para a vida, da exatidão e necessidade de minha
vontade. Uma outra parte deles serve para dar apoio aos meus discípulos
escolhidos, preparando e facilitando-lhes o caminho, a fim de que a
possibilidade de atuação dos discípulos não seja restringida por trabalhos que
possam ser executados por portadores da Cruz de ouro.
Por essa razão ninguém
deve pensar que sua atuação no servir seja pequena demais para ele; não existe
nenhum serviço que possa ser tão pequeno, que seria supérfluo executá-lo.
Também o serviço aparentemente mínimo é urgentemente necessário, para poder
executar as coisas grandes, sim, as coisas máximas. Se faltar também apenas o
menor serviço, então mesmo as coisas máximas seriam prejudicadas, da mesma
forma como estas podem vir a ser até impedidas pela execução negligente ou
leviana do serviço menor. Por outro lado, também o menor serviço pode, através
da fidelidade e da pureza, ser elevado de tal forma, que se fará sentir
até nas coisas máximas. Não depende nunca de “qual” é a atuação, mas sim sempre
de “como” é, para que algo possa ser chamado de pequeno ou grande!
Muitos já caíram,
supondo que seu serviço fosse muito pequeno e insignificante; em vez de tornar
o serviço valioso pela forma da execução, fora-lhe dado, muitas vezes, pouco
valor, de modo que as coisas máximas, por fim, ainda tiveram de sofrer com
isso, acarretando a queda do convocado, da qual nunca mais pode refazer-se.
Cada serviço pertence como algo absolutamente necessário, ao todo e cada um tem
de empregar inteira dedicação, toda a força e ilimitada atenção para cumpri-lo.
Quando se exige de um ser humano apenas um pequeno serviço, e ele o executa
alegremente, com toda a sua capacidade, então ele também torna esse serviço
valioso, valendo perante Deus, no cumprimento, exatamente tanto quanto alguém
que tem de realizar as coisas máximas. Não há diferença nisso.
Quem, porém, julgar-se
preterido ou aquele que presumir que seu serviço seja muito pequeno demonstra
com isso que não é digno de continuar portando a Cruz de ouro! Despreza, com
isso, a distinção, não é mais digno de tal graça. Imaginando figuradamente, os
discípulos escolhidos devem estar firmes com os pés no círculo dos portadores
da Cruz de ouro para isso determinados, podendo alcançar-me com as mãos, como
elo de ligação para toda a humanidade! Se, porém, a base onde eles se encontram
não estiver pura e límpida, vigorosa e fiel, devido ao descontentamento e à
espécie dos portadores da Cruz de ouro, essa situação falha se faz sentir até
mim, uma vez que devo estar no círculo de meus discípulos totalmente na pureza
humana, para, haurindo do próprio divinal, transmitir a toda a humanidade
apenas o que é puro. Por isso, cada um esteja firmemente em seu lugar, que lhe
é indicado, senão será incondicionalmente eliminado, a fim de que outro, mais
grato por poder servir, possa ocupar o lugar. – É o que diz respeito à Cruz de
ouro.
As Cruzes com a pedra
na fita indicam escolhidos, que já eram pré-natalmente convocados, a fim
de formar aquele círculo em volta de mim, necessário para o cumprimento
de minha missão na Terra. Não se trata de uma organização militar, tampouco de
uma questão de classes ou de castas, e não tem semelhança com qualquer costume
terreno, quando esses discípulos escolhidos ocuparem aqui na Terra, perante a
humanidade, uma posição que implica, condiciona uma grande distância. A
distância não é provocada externamente, nem criada artificialmente, mas sim
algo evidente, natural, que se manifesta mui acentuadamente na matéria fina e
ainda mais no espiritual, com os mais definidos limites. De modo natural,
decorrente exclusivamente da natureza da coisa. Não é possível de outra forma.
Podendo eu ser chamado, com acerto, de o Enviado de Deus, a humanidade também
não errará em chamar meus discípulos escolhidos de enviados do espírito.
A expressão é justificada pelo envio à Terra que ocorreu unicamente com
a finalidade de uma unificação comigo. O motivo desse envio reside em milênios
passados. Sua existência terrena teve, portanto, apenas uma única finalidade:
estar presente aqui na hora do cumprimento, e cumprir fielmente sua respectiva
missão. Um segundo motivo determinante para a distância reside na captação da
força sagrada através de mim, força que os capacita a abençoar e selar aqueles
que pedem por isso, o que não é possível a nenhum outro na Terra. A lei
espiritual efetiva-se nisso naturalmente, estabelecendo por si mesma a
necessária distância. No plano espiritual e no de matéria fina uma diminuição
ou inobservância da distância é impossível, e também agora, para a humanidade
terrena, torna-se lei conservar terrenamente a mesma distância, principalmente
para todos os espíritos humanos que se esforçam rumo à Luz. Ninguém deve
imaginar ter os mesmos direitos. Não há direito algum que seja tão importante,
que permita liberdades com meus discípulos! Seja em exigências ou também apenas
em desejos! O que espiritualmente proíbe-se por si só, não deverá mais ser
transgredido terrenalmente por aqueles que portam a Cruz da Verdade! Não se refere
a particularidades, mas, sem exceção, a tudo na existência terrena! E nisso
todos os portadores da Cruz de ouro, em sua condição preferencial de já serem
convocados, têm de ser exemplos para os outros! Eles têm de viver isso,
continuamente, de modo exemplar, através de sua atuação e irrestrita
observância, perante toda a humanidade, para que isso jamais chegue ao
enfraquecimento!
Em todos os círculos há
um servir em conjunto no anseio pelas alturas como meta comum, cada qual no
posto que lhe foi conferido, sem, contudo, jamais entrar em consideração uma
comunhão de coisas terrenas. Uma vez que a edificação do Reino do Milênio, no
serviço do Santo Graal, diz respeito à Terra toda, e além dela tendo se
realizado em toda a Criação, será necessário, de antemão, observar com férrea
severidade o incondicional cumprimento dessas naturais necessidades de
distanciamento! Pois apenas nisso reside um cumprimento das inamovíveis leis espirituais,
que também agora, finalmente, terão de ser observadas nos acontecimentos
terrenos, para que não surjam mais tais perturbações, motivadas por arrogante e
leviana moleza, as quais, na época de hoje, tornaram cada existência terrena,
ao invés de em alegria, em sofrimento, tendo de conduzir para a ruína.
Sobre vós, pois, que constituís
esse pequeno círculo inicial na Terra, recai um elevado dever. Tendes de
tornar-vos, também nisso, exemplos luminosos para o novo Reino! Vivei as leis
já agora, demonstrai pelo cumprimento a convicção de vossa vontade, a
fim de que os seres humanos, quando subirem essa montanha em busca de auxílio,
pela vossa maneira de ser e pelo vosso caráter, compreendam como
sendo lógicas estas determinações básicas e levem-nas para todo o mundo!
Facilitar-lhes-eis pelo exemplo vivo, abrindo, assim, suas almas!
De início certamente
ser-vos-á difícil libertar-vos das concepções de até agora, em renunciar a
desejos que talvez puderam surgir por conceituações erradas das leis divinas,
as quais, somente quando observadas, conduzem à felicidade e à harmonia.
Refleti, a harmonia não se encontra num único som, mas sim em diversos,
que confluem numa só direção, obrigados por uma vigorosa direção de leis
inamovíveis!
Não diferentemente
com relação aos seres humanos! Desisti de quererdes ser iguais, só então tereis
a possibilidade de aprofundar-vos em vós mesmos e fazer valer somente a vossa
personalidade, no terreno que vos foi determinado pelos fios do destino. E
somente nesse terreno vos firmais plenamente! O lugar vós mesmos o
escolhestes, por meio de todo o vosso existir de até agora, e, por isso,
somente a partir dele é que podereis ascender vigorosamente, sem vos perderdes!
Eu vos desejo a força para a vitória!
Contido
no Caderno especial de 1929, Editora “Der Ruf” e na revista Gralsblätter
(Folhetos do Graal) Série II; Caderno 6 e 7; 1930; publicado atualmente também
em Ressonâncias II (para a língua portuguesa).