quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Lembranças do Graal VIII







Lembranças das minhas vivências do Graal

por Elisabeth Gecks

(continuação)


Foi também naquela época em Igls que eu reclamei ao Senhor, que meu casamento andava muito difícil, que eu não era feliz e que ele me causava muita decepção e, assim, luta interior. “Alegra-te, pois!” respondera o Senhor. Eu não havia entendido de imediato, mas logo me tornei consciente. De acordo com o meu ser eu teria me consumido irrestritamente em meu amor, teria imergido nele e teria esquecido a minha procura, ou não teria encontrado a força para avançar nos caminhos do reconhecimento, que agora haviam se aberto para mim. Mais tarde eu também reconheci que meu casamento pertencia ao resgate de atamentos passados e à possibilidade de amadurecer e, assim, também para a possibilidade de auxílio para ele e para meus filhos, que estavam ligados a nós. Em tempos passados eu havia reconhecido muito tarde, por meio dele, Jesus como Filho de Deus. Por isso, no meu noivado, eu intuí uma nuvem escura sobre sua fronte, a qual eu queria auxiliá-lo a dissipar. Esta dor, gratidão e amor por ele, Jesus, fora então sempre minha estrela guia, o que mais tarde se me tornou inteiramente claro, e fora, naquela época, a causa de ter-me sido permitido estar junto entre aqueles que pediram para que lhes fosse permitido servir ao Filho do Homem em sua obra divina. Devido a essa permissão, pressentindo, eu pude procurar minha vida inteira pela “missão especial”. Esse anseio não pôde ser saciado nem pelo amor dos meus pais, nem pela minha bela infância, nem mais tarde pelo meu belo lar, por meu amor ao marido e às crianças e pela minha dedicação a eles e nem por toda riqueza tranquilizadora.
Anos mais tarde, quando eu pude me mudar completamente para a Montanha e tomar conhecimento de todas as conexões em relação à época de Jesus, eu corri pasma de dor e banhada em lágrimas até o Senhor. Novamente ele me disse as mesmas palavras: “Alegra-te, pois!” “Sobre o que eu devo me alegrar, eu estou morrendo de dor!” exclamei mui admirada. Sobreveio-me uma corrente de bondade e Luz e ele disse com uma voz, que penetrou meu coração ferido como bálsamo:
“Sim, alegra-te pela graça de poderes reparar tudo, por teres reconhecido então o Filho de Deus, por ter sido atendido teu pedido para servir ao Filho do Homem e sua  obra divina sobre a Terra.” E mais uma vez ele me consolou e me tranquilizou então: “A senhora pode se alegrar, a senhora pode reparar, servir à Luz em sua atuação e para auxílio dos seres humanos!”
 Sim, então havia minha convocação, o chamado obtido há algum tempo, como uma luz clara e libertadora e eu me agarrei à alegria, à gratidão e à felicidade que surgiram disso para mim, mesmo que a dor, que se encontrava entretecida em mim no amor por Jesus, jamais possa ser totalmente apagada. Esta também não deve ser.
Saudável e fortalecida pelas mãos terapêuticas do amor divino de Frau Maria e por sua naturalidade em revigorar, e também libertada de certos – em parte cultivados – impedimentos e tensões antinaturais no ser e na essência, infinitamente feliz pela graça especial da condução do próprio Senhor, retornei ao círculo de minha atuação terrena. Com nova coragem tomei sobre mim todas as dificuldades do meu casamento e via nisso claramente uma missão de poder auxiliá-lo e conduzi-lo ao caminho da Luz agora encontrado, assim como também esperava isso para meus filhos.
Nosso menino, para cujo pleno restabelecimento e fortalecimento os médicos tiveram pouca esperança, pôde, por meio de um tratamento de quatro semanas com Frau Maria, retornar comigo com uma saúde firme para Munique. E esta foi duradoura; mesmo a prática esportiva anteriormente proibida não mais prejudicava seu coração. – Nós também intermediamos o tratamento de Frau Maria com um jovem parente, que vinha sofrendo há mais de vinte e cinco anos de um eczema atormentador, sem que médicos e terapeutas pudessem lhe ajudar. Depois de algumas semanas ele estava totalmente curado, nunca mais teve uma recaída e permaneceu muito agradecido por isso. Em relação à Mensagem, porém, ele não progrediu; ele notou que teria de modificar certas coisas em sua vida, e ele não conseguia cobrar ânimo para tanto. Ele havia pensado que mais tarde ele também teria tempo para se ocupar com a Mensagem do Graal. Mas esse mais tarde não voltou mais para ele. Um sofrimento atormentador depois de um grave ferimento na guerra trouxe-lhe prematuramente a sua morte. Nesses meses ele havia se tornado de fato mais pensativo. Tomara que ele possa reconhecer e ainda chegar a um resgate do outro lado.

(continua)






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