quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Visita ao Senhor em 1941





Visita ao Senhor em 1941


por Susanne Schwartzkopff

Em janeiro de 1941, pudemos visitar o Senhor em Kipsdorf, Erzgebirge, por um pedido nosso. Nós não pressentimos naquela época que seria a última vez. Lá Ele encontrou refúgio na casa de um servo dedicado a Ele, e Ele elogiou a casa e a bela paisagem com suas inúmeras florestas. Lá Ele procurou a solidão e evitava visitas. Mas podíamos ver que Ele continuava a formar no que diz respeito à Obra, à Mensagem, que Ele não nos abandonara.
Com uma indescritível bondade Ele nos recebeu, por toda uma tarde, levou-nos ao seu escritório e falou como antigamente de seus planos. Mas Ele também falou:

Diga a todos que a Mensagem não deve ser agora passada adiante. Primeiro a humanidade tem de passar por um sofrimento bem maior!”
E na despedida Ele disse euforicamente: “Tão logo se eu quiser, a Colônia será novamente minha!”

Essa frase se cumpriu, só que diferentemente do que havíamos acreditado naquela época. Poucos meses mais tarde, em Dezembro, o Senhor deixou a Terra, que o tornara um “apátrida”, como Ele se denominara uma vez nesses anos. Sem proteção terrena, exposto a novos ataques das trevas, Ele retornou para o Seu Reino. Então, nenhum ódio, nenhuma hostilidade podiam mais alcançá-lo e, por isso, estávamos profundamente agradecidos.
Mas que profunda dor de alma, que tristeza e medo receoso residiam naquele dia do sepultamento em Sua cidade natal, à qual Ele havia retornado, fechando assim o círculo de Sua vida terrena! Como havíamos questionado e temido, se o Senhor iria desistir de Sua Obra na humanidade!
Mas quando tudo havia acabado e inúmeras flores cobriam a terra, onde o Senhor havia sido posto, aí o céu, que até então estivera fortemente encoberto, clareou-se, um brilho claro, como um portal, abriu-se, e uma leve esperança se apossou novamente de nossos corações.

Susanne Schwarzkopff