quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

A Mensagem do Graal e os judeus






A Mensagem do Graal e os judeus


Pergunta: A Mensagem do Graal vale também para os judeus?

Resposta: A Mensagem é destinada, como antigamente a Mensagem de Cristo, a todos os espíritos humanos, que para ela se abrem! Neste sentido não existem barreiras. Quem se abriu de forma certa, tem o mesmo valor que todos os demais. Uma diferença faz somente a respectiva intensidade de esse abrir-se.
Antigamente, a Mensagem de Cristo apenas era dirigida em primeira linha aos judeus, não por acaso exclusivamente, porque estes, de acordo com o desenvolvimento espiritual daquela época, traziam dentro de si a maior possibilidade da capacidade de compreensão. Por isso, reciprocamente, o Filho de Deus não poderia ter encarnado em nenhum outro lugar. (Dissertação: Pai, perdoai-lhes, pois não sabem o que fazem!”) Apesar disso, a Mensagem era destinada a toda a humanidade. Os judeus deveriam ter levado a Mensagem de Deus adiante aos outros povos que estavam amadurecendo.
Com isso não se pretendia, em absoluto, educar um judaísmo incondicional. Não, por acaso, que uma pessoa ao se abrir à Verdade precisasse outrora se tornar judeu para poder ingressar no reino luminoso do espírito, no Reino de Deus; pois somente aquele, que serve à Verdade, estará em condições de poder entrar no Reino da Luz! Nisso, a religião em si, não desempenha nenhum papel! O mesmo acontece também hoje, com todos aqueles que agora querem abrir-se à Verdade.
A nova Mensagem de Deus, trazida pelo Filho do Homem, que se tornou necessária devido às muitas distorções da Mensagem de Deus pela sutileza dos seres humanos, dirige-se desta vez, com base na reciprocidade irremovível, em primeira linha ao espírito alemão, que para a assimilação é o mais maduro. Espírito alemão, não necessariamente pensado no sentido de nação alemã. (Dissertação: “Convocado”.) A Mensagem de Deus é destinada novamente a toda a humanidade no Aquém e no Além e deve ser levada pelo espírito alemão aos outros povos, assim como outrora pelos judeus a Mensagem do Filho de Deus.
Apesar disso, justamente por isso e agora também para os judeus, pode chegar a redenção e a libertação do jugo, ao qual eles se impuseram outrora com o seu falhar. No entanto, se desta vez eles falharem novamente, então é o fim para sempre. Nunca mais lhes será dada oportunidade para isso.
No entanto, em breve acontecerá algo extraordinário também entre os judeus, assim como no meio de toda a humanidade!
Em escritos transmitidos por círculos judaicos mais recentes, já por diversas vezes é apontado para isso. Ali é citado, entre outras coisas:
Abraão anuncia:

            Escuta, Israel!
Sim, é verdade!
É verdade que o Salvador veio
para baixo até à Terra, até nós,
até ti, até mim.
Como Filho de Deus,
sendo uno com Deus.
É verdade que tu, Israel,
foste o povo escolhido.
Tu o foste.
Não o és mais.
Pois também é verdade,
e como cruel maldição tu
o carregas contigo,
que tu falhaste.
De ti surgiu
a Luz.
Foi-te permitido carregá-la,
como um castiçal,
igual a sacerdotes.
Eras um povo de sacerdotes
e o deverias ter sido.
Tu querias brilhar mais
do que a Luz que carregavas,
querias saber mais
que o Onisciente.
Tu não suportavas mais a Luz,
tornastes-te inimigo da Luz,
inimigo do Portador da Verdade,
que veio para te salvar.
Assim, andas a vaguear,
sem pátria, sem sossego, desprezado.
                        Escuta, Israel!
Mais uma vez Deus envia
em sua infinita bondade
um Mensageiro da Luz
diretamente da Luz,
do divinal.
Para te salvar,
e todos que esperam pela salvação
com humildade e procura incansável.
Israel, abra os olhos!
Escuta, povo meu, a Palavra,
que Ele te traz,
examine-a, grave-a no fundo
do teu coração
e ajoelha-te com humildade
perante teu Deus e Senhor,
e agradeça-Lhe com coração alegre.
E aquele que Ele enviou,
peça-Lhe que Ele te abençoe
e tire de ti o jugo,
que carregaste até aqui,
pois ninguém é capaz disso além Dele.
Agradeça ao Senhor, que mais uma vez
te concedeu esta graça.

*
E além disso:
Meu povo, povo de Israel!
Escuta, o que te fala,
aquele que Deus escolheu,
aquele que Ele enviou
aqui para baixo, à Terra
em carne e sangue.
É ELE, sim, é verdade:
            o Messias!
Não espere mais por Ele,
pois no aguardar te perderás doravante.
Corra ao seu encontro,
corra, sem demora,
corra, não fique parado,
até que o tenhas reconhecido.
quando o tiveres reconhecido,
cuide de tua língua!
Não desate em júbilo estrondoso,
pois para isso o momento é sério demais.
Não o moleste e importune com perguntas,
pois para tanto de modo algum tens o direito,
porque como pecador chegas até Ele.
Como pecador, carregado com pesada culpa,
com a culpa da negligência e do desconhecimento,
afinal, com a mais pesada das culpas.
Aproxima-te Dele, do Enviado de Deus, sagrado Ele é a Deus,
e sagrado seja Ele a ti, Israel!
Aproxima-te Dele com veneração,
na mais profunda veneração,
com humildade aproxima-te Dele,
pois saiba, tu és um nada perante Deus
e um nada és perante Ele!
Peça a Ele para que ore por ti,
que te auxilie, te ensine, te guie, te salve.
De nenhuma outra forma podes te aproximar de teu Deus,
nem de outra forma encontrar a sua piedade
do que no caminho através Dele.
Ele é, quem tu aguardaste,
por milênios, de coração sangrando.
Abra os olhos, Israel, para enxergar,
a boca para glorificar e agradecer,
os ouvidos, para ouvir, o que Ele te anuncia!
Agradeça ao Senhor
na palavra e na ação,
em cada pensamento,
e entre corajosamente nas fileiras
de seus combatentes.
Jura sobre sua bandeira,
jura sobre a Cruz
a partir de agora pela primeira vez,
jura sobre a espada de teu líder.
E muitas outras coisas mais. —

Para uma Mensagem vinda da Verdade e, com isso, também perante Deus, não conta um cristianismo nem um judaísmo como tal!
A verdadeira Mensagem de Deus conhece apenas espíritos humanos, que são mais ou menos desenvolvidos, portanto, mais ou menos capazes de assimilar. E somente isso é determinante na reciprocidade, que atua na Criação. E essa reciprocidade é uma parte da própria grande vontade de Deus, de modo que, na verdade, é esta que atua através da reciprocidade incondicional na Criação, trazendo aos geradores recompensa ou castigo, conforme o merecimento.

Publicado primeiro na revista O Chamado (Der Ruf)