sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

As Leis da Perfeição





As Leis da Perfeição

por André Fischer

Em sua obra “Na Luz da Verdade”, abdrushin diz:

“Deus é a Lei”

Como entender essa declaração, senão como suprema confirmação da Perfeição? Aqui é necessário nos elevarmos à concepção de que a Perfeição não é um atributo do Divinal, mas que ela é: a essência da Inentealidade Divina!

A Perfeição faz que aquilo que chamamos Deus, seja “Divino”.

Na estreiteza do intelecto cerebral quisemos por mui longo tempo ver o Divino no poder de modificar o curso das leis naturais através de um milagre. Assim foi introduzido o conceito do “Deus-mágico”, origem da cisão entre a ciência, que só se submete ao rigor das leis, e a religião, que não quer abandonar a visão de um Deus que pratica a arbitrariedade.
Hoje, quando a humanidade só pode se endireitar com o apoio de algo absolutamente real e holístico, que é capaz de basear todo seu pensamento e comportamento é-lhe necessário aceitar ver o Divino na Perfeição, a qual inclui a impossibilidade de Deus modificar Suas próprias leis, sendo estas perfeitas desde o início.  Toda lei saindo da Perfeição só poderá ser idêntica à precedente.
A palavra “Perfeição” deve, portanto, tornar-se a palavra-chave de todo idioma, a palavra-chave de todo conhecimento, a palavra-chave de toda adoração.
Querer falar agora das Leis da Perfeição é apenas uma tentativa de analisar o que não é analisável. Mas a insuficiência de nossa capacidade de assimilação e de nossa língua terrena só permite este artifício em vista da possibilidade de nos libertarmos progressivamente das imagens falsas, antigas do Divino, e de aceder a uma visão que, no degrau supremo de nossa humildade, honra a Deus! (André Fischer). 

Pelo mesmo assunto assim descreve a Sra. Elisabeth Gecks:

Assim, podia-se reconhecer sempre tudo, qualquer que fosse a vivência com Abdrushin, com o grande anseio de se tornar correta. Uma vez, isso foi mais tarde na Montanha, eu me queixei ao Senhor:

Ah, quando nos tornaremos finalmente perfeitos?

“Nunca” disse o Senhor em resposta a isso e completou:

Todo o esforçar-se é infinito, tem que prosseguir sempre adiante, não há limite no desenvolvimento, mesmo para o espírito puro, que pode ascender ao seu plano de origem, no assim chamado Paraíso. Os planos são lá infinitos. Perfeição nesse sentido ocasionaria o cessar do esforço e aí a parada. Parada, porém é retrocesso. Na Luz tudo é movimento; Perfeição no sentido intencionado pela senhora não existe, apenas um contínuo esforçar-se rumo as amplidões infinitas do reino espiritual. Um espírito humano ‘perfeito’ é aquele que, em sua peregrinação pela materialidade, tornou-se por fim, por meio de seu esforçar-se, tão purificado e luminoso, que tudo o que é material pode soltar-se dele e ele pode então, novamente como espírito que se tornou consciente, agora desenvolvido, por meio de seu elevado esforço, ingressar no reino espiritual, que é eterno, para poder então viver conscientemente lá, esforçar-se e atuar na vontade de Deus.
Mas também lá esforçar-se-á sempre adiante. Ao seu desenvolvimento, nos planos de sua espécie, não é imposto nenhum limite, pois esses planos espirituais também são infinitos em sua espécie.”

Trechos extraídos da obra de André Fischer: A Magnificência das Leis Universais; e também em parte conforme a biografia da Sra. Elisabeth Gecks.