Nosso Lar
André Luiz é o nome fictício dado pelo autor ao personagem central
para narrar suas reais experiências pessoais após a sua morte, cujas descrições
foram ditadas por ele próprio e psicografadas por Chico Xavier, as quais deram
origem ao livro: “Nosso Lar”:
(continuação)
Novas Perspectivas
Descemos
do aeróbus calados. Em poucos minutos, estava diante do Ministro Genésio.
Rafael
apresentou-me, depois, abraçando-me em
seguida saiu.
–
Ah! Sim disse o Ministro –, é o nosso irmão André? Tenho notificação de Laura, referente
à sua vinda. Fique à vontade. Clarêncio
também me falou a seu respeito, com interesse.
–
Senhor Ministro, compreendo agora que minha passagem pelo Ministério do Auxílio
foi um efeito de graça misericordiosa pela intercessão de minha devotada mãe.
Noto que somente recebo benefícios, sem nada produzir de útil. Se possível,
faça, por obséquio, que a minha concessão só de visitar seja possibilidade
também de servir. Já perdi muito tempo.
Satisfeito, notava ele, no fundo de meu
coração, a sinceridade viva.
–
É mesmo você o ex-médico?
– Sim... – murmurei, acanhado.
E, como que preocupado em levantar-me o ânimo e trazer novas
esperanças, acentuou:
– Quando o discípulo está preparado, o Pai envia o instrutor. O mesmo
se dá, relativamente ao trabalho. Quando o servidor está pronto, o serviço
aparece.
Identificando-me
a ansiedade, concluiu:
– É possível obter ocupações justas. Por enquanto, porém, é
preferível que visite, observe, examine.
Encaminhado por Tobias atravessamos largos quarteirões. Penetramos
num edifício, depois extensos corredores, em seguida vastíssima escadaria, que
se comunicava com os pavimentos inferiores.
–
Desçamos – disse Tobias em tom grave. As Câmaras de Retificação estão
localizadas nas vizinhanças do Umbral.
Os pacientes não toleram as luzes, nem a atmosfera de cima, nos
primeiros tempos de moradia em “Nosso Lar”.
O Trabalho, Enfim
Nunca
poderia imaginar um quadro assim aos meus olhos. Não era bem o hospital nem o
instituto de tratamento normal da saúde. Eram câmaras vastas, ligadas entre si
e repletas de verdadeiros despojos humanos. Gemidos, soluços, frases dolorosas
pronunciadas a esmo... Rostos escaveirados, mãos esqueléticas, fácies
monstruosas deixavam transparecer terrível miséria espiritual.
Tobias,
imperturbável, chamou velha servidora, que me acudiu atenciosamente:
–
Vejo poucos auxiliares – disse admirado –, que aconteceu?
– O Ministro Flácus – esclareceu a enfermeira, determinou que a
maioria acompanhasse os Samaritanos para
os serviços de hoje, nas regiões do Umbral.
Tobias
sem se perturbar:
– Não devemos observar aqui somente dor e desolação. Estes doentes estão sendo atendidos, porque
já se retiraram do Umbral, onde tantas armadilhas aguardam os descuidosos.
Nestes pavilhões, pelo menos, já se preparam para o serviço regenerador.
A
servidora parecia contente com o meu auxílio humilde, ao passo que Tobias me
dispensava agradecimentos. Pois ninguém poderia avaliar a alegria sublime do
médico que recomeçava, mesmo a serviço na enfermagem rudimentar.
Em Serviço
Tobias
ligou o receptor para ouvir as atividades no Umbral.
Posto
em sintonia o aparelho começou a transmitir os informes:
– Samaritanos ao Ministério da Regeneração!... Muito trabalho nos
abismos da sombra. Foi possível deslocar grande multidão de infelizes das
trevas. Vinte e dois em desequilíbrio mental e sete em completa inanição
psíquica. Nossas turmas estão organizando o transporte... Chegaremos depois da
meia-noite... Pedimos providenciar...
– Serão
necessários muitos leitos! – murmurou a serva algo pesarosa.
– Não se aflija – respondeu Tobias resoluto –, alojaremos os
perturbados no Pavilhão e os enfraquecidos na Câmara 33.
–
Resolvida a questão de alojamento, porém, ainda não à da assistência. Nossos
auxiliares mais fortes foram requisitados para garantir os serviços da
Comunicação nas esferas da Crosta, em vista das trevas que ora envolvem o mundo
dos encarnados. Precisamos de pessoal para o serviço noturno.
–
Ofereço-me, com prazer, para o que eu possa servir – exclamei espontaneamente.
–
Mas está resolvido a permanecer nas Câmaras, durante a noite? – Tobias
perguntou, admirado.
– Outros não fazem o mesmo? – indaguei por minha vez – sinto-me
disposto e forte, preciso recuperar o tempo perdido.
– Pois bem, aceito confiante a colaboração.
A Visão de Francisco
Fui
informado de que a senhora Laura chamava-me ao aparelho de comunicações
urbanas.
Era
a senhora Laura que pedia notícias. De fato, esquecera-me de avisá-la sobre as
deliberações de serviço noturno. Pedi desculpas à minha benfeitora e forneci
rápido relatório verbal da nova situação. Ao termo de nossa ligeira conversa,
disse bondosa:
– Muito bem, meu filho! Apaixone-se pelo seu trabalho, embriague-se
de serviço útil. Somente assim, atenderemos à nossa edificação eterna. Lembre,
porém, que esta casa também lhe pertence.
Porém, Narcisa lutava heroicamente por acalmar um rapaz que revelava
singulares distúrbios, e gritava, espantadiço:
– Acuda-me, por amor de Deus! Tenho medo, medo!...
– A quem se refere o doente? – indaguei, impressionado.
– Trata-se do seu próprio cadáver. A visão de Francisco é o pesadelo
de muitos espíritos depois da morte carnal. Apegam-se ao corpo, não enxergam
outra coisa, e não o abandonam. Repelem quaisquer ideias de espiritualidade.
Surgem, depois, os vermes vorazes e os expulsam da carne. A essa altura,
horrorizam-se do corpo em atitude extremista. A visão do cadáver, porém, como
forte criação mental deles mesmos, atormenta-os. Sobrevêm perturbações e crises
longas, e muito sofrem até a eliminação integral desse fantasma.
E Narcisa calou-se, sem que eu me atrevesse a interromper-lhe o
silêncio.
Herança e Eutanásia
Salústio se aproximou, informando a Narcisa que Paulina desejava ver
o pai enfermo, no Pavilhão 5.
– Mande-a entrar que ela tem permissão da Ministra...
–
E papai, minha amiga?
– Um pouco melhor – esclareceu a enfermeira –, no entanto, ainda
acusa desequilíbrios fortes.
Narcisa nos convidou a acompanhá-la e, logo estava diante de mim um
velho de fisionomia horripilante. Mas contive a impressão de repugnância,
aclarando-me os raciocínios, lembrando meu estado anterior de quando cheguei.
– Papai, o senhor sente-se melhor?
O velho enfermo não teve uma palavra de ternura para a filha.
– Ai!... Ai!... Não posso
esquecer o infame...
– Perdoe Edelberto, papai! Mamãe recolheu-se ao hospício, pela
angústia. Amália e Cacilda entraram em luta judicial com Edelberto e Agenor, em
virtude do patrimônio que o senhor ajuntou... Um quadro terrível, cujas sombras
poderiam diminuir, se sua mente vigorosa não estivesse mergulhada em propósitos
de vingança. Aqui, vemo-lo em estado grave.
– Mas eu leguei enorme patrimônio à família. Maldito Edelberto! Filho
criminoso e ingrato! Matou-me sem piedade, quando eu ainda necessitava
regularizar minhas disposições testamentárias! Malvado!... Malvado!...
Neste caso de herança, porém, vemos não só isso, mas também a
eutanásia. A ambição do dinheiro criou, em toda a família esquisitices e
desavenças. Edelberto, médico de aparência distinta, empregou, no genitor quase
moribundo, a chamada “morte suave”. Na desfaçatez o rapaz desejava apressar o
desenlace, por questões de ordem financeira...
Vampiro
Logo após as vinte e uma horas, chegou alguém dos fundos do enorme
parque.
–
Venho informar que uma infeliz está pedindo socorro, no grande portão. Segundo
as ordens, ela não deve ser atendia, por estar envolta em pontos negros.
Depois de percorrido mais de um quilômetro,
atingimos a grande cancela deparamos a miserável figura da mulher que
implorava:
–
Filhos de Deus dêem-me abrigo!Busco o paraíso dos eleitos, para fruir da paz
prometida.
Na
cancela, Paulo, orientador dos vigilantes, sobre a recém-chegada do Umbral, e
disse:
– Esta mulher, por enquanto, não pode receber nosso socorro. Trata-se
de um dos mais perigosos vampiros. Esses pontos escuros representam cinquenta e
oito crianças assassinadas ao nascerem. Em cada mancha vejo a imagem mental de
uma criancinha aniquilada, umas por golpes esmagadores, outras por asfixia.
Essa criminosa foi profissional de ginecologia. A situação dela é pior que a
dos suicidas e homicidas.
E,
ponderando expressivamente, exclamou:
–
Busquemos a prova – questionando em voz alta –
Que deseja a irmã, do nosso concurso fraterno?
– Socorro! Socorro! Socorro!... – respondeu lacrimosa.
– Mas, antes – ponderou acertadamente –, é preciso aceitar o
sofrimento retificador. Por que razão tantas vezes cortou a vida a criaturinhas
frágeis, que iam nascer com a permissão de Deus?
– Quem me atribui essa infâmia? Minha consciência está tranquila,
canalha!... Empreguei a existência auxiliando a maternidade na Terra. Fui
caridosa e crente, boa e pura...
–
Não é isso que se estampa no seu semblante.
Creio que ainda não recebeu, nem mesmo o benefício do remorso. Quando
abrir sua alma para o reconhecimento, então, volte até aqui.
Irada,
respondeu a interlocutora:
– Demônio! Feiticeiro! Sequaz de Satã!... Não voltarei jamais!...
Estou esperando o céu...
Notícias de Veneranda
Durante a volta
ouvi as explicações de Narcisa:
–
No grande parque não há somente caminhos para o Umbral ou apenas cultivo de
vegetação destinada aos produtos alimentícios. A Ministra Veneranda fundamentou
planos excelentes. Trata-se dos “salões verdes” para serviço de educação. Entre
as grandes fileiras das árvores, há recintos de maravilhosos contornos para as
conferências dos Ministros da Regeneração; outros para Ministros visitantes e
estudiosos em geral, reservando-se, porém, um de assinalada beleza, para as
conversações do Governador, quando ele se digna de vir até nós.
–
Como deve ser respeitável essa benfeitora!...
–
Você diz muito bem – atalhou Narcisa, com reverência –, é criatura das mais
elevadas de nossa colônia espiritual. Os onze Ministros, que com ela atuam na
Regeneração, ouvem-na antes de tomar qualquer providência de vulto.
–
Extraordinária mulher! – disse eu – por que não se encaminharia a esferas mais
altas?
–
Intimamente, ela vive em zonas muito superiores à nossa e permanece em “Nosso
Lar” por espírito de amor e sacrifício.
Curiosas
Observações
Poucos
minutos antes de meia-noite, Narcisa permitiu minha ida ao grande portão das Câmaras.
Os Samaritanos deviam estar nas vizinhanças. Era imprescindível observar-lhes a
volta, para tomar providências. Com emoção tomei o caminho cercado de árvores
frondosas e acolhedoras! Aquele ar embalsamado afigurava-me uma bênção.
Instantes
depois divisei ao longe dois vultos enormes que me impressionaram. Pareciam
dois homens de substância luminosa indefinível. Dos pés e dos braços pendiam
filamentos estranhos, e da cabeça como que se escapava um longo fio de
singulares proporções. Tive a impressão de identificar dois fantasmas. Não
suportei. Voltei apressadamente ao interior. Inquieto e amedrontado, expus a
Narcisa a ocorrência, mas ela mal continha o riso.
–
Ora essa, meu amigo não reconheceu aquelas personagens? Também eu, por minha
vez, experimentei a mesma surpresa, em outros tempos. Aqueles são pessoas da
Terra. Trata-se de poderosos Espíritos que vivem na carne em missão redentora que
podem abandonar o veículo corpóreo, e transitar livremente em nossos planos. Os
filamentos e fios que observou são singularidades que os diferenciam de nós.
Não tenha receio, os encarnados, que conseguem atingir estas paragens, são
criaturas extraordinariamente espiritualizadas...
A
enfermeira contemplou-os e exclamou:
–
Estão envolvidos em claridade azul. Devem ser dois mensageiros muito elevados.
Ali
permanecemos longos minutos esperando. Em dado momento identifiquei a caravana.
A
enfermeira acenou aos servos distantes. Sempre atenciosa ainda explicou:
–
Os cães ao lado facilitam o trabalho, e aquelas aves – acrescentou,
indicando-as no espaço –, que denominamos íbis viajores, são excelentes
auxiliares dos Samaritanos, por devorarem as formas mentais odiosas e
perversas.
Vinha,
agora, mais próxima a caravana.
Os Recém Chegados
do Umbral
Chegada
a caravana, servidores movimentavam-se apressados com doentes que eram levados
às câmaras de retificação. Ajudei uma velha que procurava descer do último
carro, e a interroguei tomado pela curiosidade.
–
Vem, assim, de tão longe?
–
De grande distância. Fui, na Terra, meu filho, mulher de muita caridade, rezei
incessantemente como sincera devota. Mas, quem Satanás? Ao sair do mundo, a
princípio implorei a proteção dos Arcanjos Celestes, mas os espíritos
diabólicos conservaram-me enclausurada. Mas nunca perdi a esperança de ser
libertada, porque deixei dinheiro para celebração de missas mensais por meu benefício.
–
Mas não procurou saber as razões de sua demora naquelas paragens?
–
Absolutamente não. Eu sempre fiz o possível por ser uma boa religiosa, mas
ninguém está livre de pecar. Meus escravos provocavam rixas e, de quando em
quando era necessário aplicar disciplinas. Não raro algum negro morria no
tronco. Nessas ocasiões, sentia morder-me a consciência, mas confessava-me
todos os meses e, tomava comunhão, recebendo a absolvição ingerindo a sagrada
hóstia. Pode ser que meus sobrinhos tenham esquecido de pagar as missas...
Então,
Narcisa aproximou-se e disse-me, bondosa:
–
André, meu amigo, você esqueceu que estamos providenciando alívio a doentes e
perturbados? Que proveito lhe advém de semelhantes informações?
Encontro Singular
De repente, durante o serviço, a voz de
alguém se fez ouvir carinhosamente, a meu lado:
– André! Você aqui? Muito bem! Que agradável
surpresa!...
Voltei-me surpreendido e reconheci, no Samaritano
ao lado, o velho Silveira, a quem meu pai despojara, um dia, de todos os bens. Puro
acanhamento dominou-me, então. Quis corresponder ao ato afetuoso, mas a
lembrança do passado paralisara-me. Não podia fingir naquela instância, em que
a sinceridade transparecia inevitavelmente. O próprio Silveira compreendendo a
situação, veio em meu socorro, acrescentando:
– Francamente, ignorava que você tivesse
deixado o corpo e estava longe de pensar que o encontraria em “Nosso Lar”.
Então, abracei-o comovido, murmurando
palavras de reconhecimento. Quis ensaiar algumas explicações mas não o
consegui. No fundo, eu só desejava pedir desculpas. A memória só exibia, de
novo, o quadro vivo.
Parecia-me ouvir a senhora Silveira, ainda na
nossa casa, suplicante, esclarecer a situação. Tinha o marido acamado, e a
penúria com a enfermidade de dois filhinhos. A pobrezinha chorava, levando o
lenço aos olhos, implorava concessões justas. Humilhava-se. Recordei que minha
mãe intercedeu, e pediu a meu pai que esquecesse os documentos assinados,
abstendo-se de qualquer ação judicial. Meu genitor, manteve-se irredutível.
Declarou que lamentava as ocorrências, que ajudaria o cliente e amigo, de outro
modo. Afirmou que as promissórias teriam efeito legal. E consolava a esposa
aflita, comentando a situação de outros clientes que, a seu ver, se encontravam
em piores condições que o Silveira. Nunca
mais tivera noticias daquela família...
E
enquanto mal dissimulava o desapontamento, o Silveira, sorrindo, comentou:
–
Tem visitado o “velho”?
Aquela
pergunta, a evidenciar espontâneo carinho, me derrubou. Esclareci que, apesar
do desejo, não conseguira ainda.
Silveira
identificou-me o constrangimento e apiedando-se, com diplomacia abraçou-me e
voltou ao trabalho ativo. Procurei Narcisa, carente de conselhos. Expus-lhe a
ocorrência. Ela ouviu-me com paciência e observou carinhosamente:
–
Não estranhe o fato. Já vivi há tempos, nas mesmas condições.
O Sonho
Prosseguiam
os serviços, com enfermos e perturbados reclamando dedicação.
Ao
cair da noite, já me sentia integrado no mecanismo dos passes, aplicando-os aos
necessitados. Tobias regressou às Câmaras e estimulou-me com palavras
animadoras:
–
Muito bem, André! Recomendei-o ao Ministro Genésio e, pelos serviços iniciais,
receberá bônus em dobro.
Laura
e Lísias chegaram e me abraçaram. Trocaram observações afetuosas com Tobias e
Narcisa, depois veio o convite da senhora de que eu voltasse a casa para
descansar...
Recolhido
em leito orei ao Senhor da Vida e me veio o sono. Daí a instantes, tive a
impressão de ser arrebatado em pequenino barco, rumando a regiões desconhecidas,
extasiado com as maravilhas da paisagem. Decorridos instantes, alguém me chamou
com especial carinho, já seguindo ao momento, que eu abraçava minha mãe com alegria.
A um bosque fui conduzido por ela, onde
as flores eram dotadas de singular propriedade da luz, revelando a festa
permanente do perfume e da cor. Então
ela me explicou:
–
O Evangelho de Jesus, meu André, lembra-nos que há maior alegria em dar que em
receber. Aprendamos a esse princípio, no esforço diário, em que formos
conduzidos pela nossa própria felicidade. Dá sempre, filho meu.
Minha
mãe calou-se enquanto eu enxugava os olhos. Foi então que ela me tomou nos
braços, acariciando-me desveladamente. Qual o menino que adormece após a lição!
A Preleção da
Ministra
Na
hora destinada à preleção da Ministra, dirigi-me, em companhia de Narcisa e
Salústio, para o grande salão em plena natureza. Veneranda espalhou, com a simples presença,
enorme alegria em todos os semblantes.
–
Aqui estou para conversar com vocês, relacionando algumas observações sobre o
pensamento. Não teriam aprendido que o pensamento é a linguagem universal? Não
foram informados de que a criação mental é quase tudo em nossa vida? Esta
realidade, contudo, não deve causar surpresa a ninguém. Não podemos esquecer
que temos vivido, até agora, em velhos círculos de antagonismo vibratório. O
pensamento é a base das relações espirituais dos seres entre si, mas ainda somos milhões de almas dentro do Universo,
algo insubmissas às leis universais, pois, sabemos a respeito da força mental,
mas esquecemos que toda a nossa energia, nesse particular, tem sido empregada
por nós, em milênios sucessivos, nas criações mentais destrutivas ou
prejudiciais a nós mesmos. O pensamento é força viva, em toda parte. Nas mentes evolvidas, entre os desencarnados
e encarnados, basta o intercâmbio mental sem necessidade das formas e é justo
destacar que o pensamento em si é a base de todas as mensagens silenciosas da
ideia, nos maravilhosos planos da intuição. Veneranda conversou ainda por muito
tempo, revelando amor e compreensão, delicadeza e sabedoria..
(continua)