Despertai!
dissertação
na íntegra conforme a primeira edição do livro no Brasil em 1934
por Abdrushin
Despertai do sono pesado, homens! E tornai-vos conscientes do
fardo indigno que vos oprime e que pesa sobre muitos milhões de indivíduos dum
modo tenaz e indizível. Deitai-o fora, que não é digno de ser suportado um
segundo sequer!
Senão vejamos: Que encerra em seu bojo? Simples
cascas sem substância, que se desfazem timidamente ao sopro da Verdade. Empregastes
o tempo e as forças em uma simples quimera. Por isso arrebentai as correntes
que vos seguram; libertai-vos, enfim!
Escravo é
quem se encontra acorrentado interiormente, mesmo que seja um soberano.
Tudo o que aprendeis contribui para pear vosso
íntimo. Vede: com o estudo obrigais vosso pensamento a se ajustar em moldes
pensados por pessoas estranhas; dais
assentimento a convicções de outrem; apoderai-vos apenas do que
constitui o íntimo natural de pessoas diferentes. Refleti que o que serve para uma
pessoa não serve para todas. O que é útil a este pode prejudicar aquele. Cada um
tem de percorrer seu próprio caminho de aperfeiçoamento, sendo os apetrechos adequados
em suas qualidades naturais. São estas que determinam a direção a ser tomada;
sobre elas é que deverá construir, sem o que terminará por ficar estranho
dentro de seu próprio ser, sempre ao lado do erudito, o qual, por sua vez,
jamais adquirirá vida no seu interior. Sendo assim, como poderá alcançar
qualquer vantagem? Vegeta, simplesmente; é impossível um progresso.
Prestai atenção, oh!, vós que vos esforçais com sinceridade pela Luz
e pela Verdade:
O caminho
para a Luz tem que ser vivido no interior
de cada um; todos tem que descobri-lo por si próprios se o quiserem
percorrer com segurança. O indivíduo só aprende cabalmente o que ele sente
como sendo sua vida interior, em suas menores modificações.
A dor e a alegria nos batem continuamente à porta,
animando-nos, estimulando-nos para um despertar espiritual. E por segundos nos libertamos
da futilidade da vida comum, pressentindo assim na felicidade como no
sofrimento, inefáveis conexões com o espírito que percorre tudo o que vive.
Mas tudo é vida! Nada está morto. Felizes os que apreendem
e fixam tais momentos de conexão, para se elevarem! Não se demorarão nos moldes
rígidos, mas farão que seu próprio íntimo transborde, desenvolvendo-se.
Compadecei-vos dos zombadores e de todos os que
ainda são estranhos à vida espiritual. Não irriteis por seu sarcasmo, pois são simplesmente
dignos de lástima. Acham-se ante a grandiosa obra da Criação, como bêbados e doentes
alheios a tudo que ela nos oferece; como cegos que tateiam pela vida sem se
aperceberem do esplendor que envolve!
Esses infelizes são uns extraviados; dormem. Pois
como é possível haver quem afirme que só
existe o que nos cai sob as vistas? Que lá, onde ele nada pode perceber com os
olhos, não há vida. Que o indivíduo deixa de existir com a morte do corpo,
somente porque seus olhos de cego não puderam convencer-se do contrário? Inúmeros
fatos comezinhos não lhe ensinaram ainda quanto é limitada a faculdade da visão?
Ainda não sabe que esta se encontra em conexões com a atividade cerebral que é
adstrita ao tempo e ao espaço? E que por motivo não poderá perceber tudo o que
se eleva acima do tempo e do espaço? Nenhum desses trocistas se apercebeu
ainda das bases lógicas do entendimento? A vida espiritual, digamos: a vida do
Além é algo inteiramente acima da classificação terrena condicionada pelo tempo e pelo espaço, necessitando por consequência, para
ser apreendida, de métodos adequados.
Mais ainda!
Nossos olhos são impotentes para perceberem até mesmo o que se encontra
no espaço e no tempo. Pensai apenas na gota d’água, cuja pureza é atestada pela
visão natural, a qual examinada em vidros de aumento patenteia milhões de seres
que lutam e se destroem impiedosamente. Não encontramos, também, na água e na atmosfera bacilos capazes de destruir o
corpo humano, mas que a visão desarmada não consegue perceber? Mas tornam-se
perceptíveis por aperfeiçoados instrumentos. Quem se atreverá a afirma depois
disso, que não encontrareis coisas novas e ainda agora desconhecidas se
aumentais ainda mais esses instrumentos? Aperfeiçoai seu poder aumentativo
milhares e milhões de vezes; a visão jamais encontrará limites, desvendando
sempre novos mundos não vistos e não sentidos por vós até então, mas que existiam.
As mesmas conclusões lógicas podem ser aplicadas a tudo o que a ciência
colecionou até hoje; dá margem a um panorama que se desenvolve permanentemente,
porém, jamais a um ponto terminal.
Que é o
Além? Muitas pessoas se deixam transviar pelo vocábulo. O Além é
simplesmente tudo o que não é conhecido com recursos terrenos. Recursos terrenos,
porém, são os olhos, o cérebro, e concernentes
ao corpo, e demais instrumentos que contribuem para aumentar a capacidade
funcional desses órgãos, ampliando-lhes o campo de atividade. Poderia dizer-se: Além é o que se encontra
além da capacidade cognitiva de nossa visão corpórea. Não há, porém, separação
entre este e outro mundo, muito menos um abismo! Tudo constitui um só
conjunto, como a totalidade da Criação. Uma força única percorre ambos
os mundos, tudo se vivifica com essa corrente vital, ligando-se indissoluvelmente.
É isso que explica o seguinte: quando uma parte do conjunto adoece, o efeito (do
mesmo modo que num organismo) se faz sentir em outra parte. Elementos enfermos
dessa outra parte passam para o local afetado segundo a Lei da atração da igual
espécie, o que contribui para aumentar ainda mais a doença. Se esta se tornar
incurável surge a necessidade de amputar violentamente o membro para que o
conjunto não venha a sofrer permanentemente. O necessário, em semelhante
anormalidade é o efeito da reação da saúde, o que às vezes é impossível, dada a disposição anômala das
partes.
Por esse motivo, reformai-vos! Não há dois mundos
mas apenas um Ser único. A ideia da separação foi inventada pelo homem que é
incapaz de ver tudo e que se considera o ponto central e primordial de seu ambiente
visível. Porém seu raio de ação é maior. Com o conceito errôneo da separação,
restringe-se, simplesmente, impede seu progresso, soltando a fantasia
desenfreada, que vai dar em imagens monstruosas. Que há de admirável, portanto,
se depois de tudo isso muitos indivíduos só são capazes de um riso incrédulo,
outros de uma adoração mórbida que degenera em escravidão ou fanatismo? Ou do terror, sim, do pavor, que aumenta em
muitos indivíduos? Libertai-vos de tudo
isso. Para que tamanho martírio? Demoli as barreiras que os erros humanos
procuram levantar, barreiras estas que nunca existiram. A orientação errônea em
que vos encontrais até agora oferece-vos, também falsos alicerces sobre os quais inutilmente tentais erigir a
verdadeira fé, isto é, a convicção interior. Daí os tropeços que vos tornam
indecisos, vacilantes, obrigando-vos a demolir todo o edifício para depois,
talvez, abandoná-lo com gesto de renúncia ou rancor. O prejuízo é exclusivamente
vosso porque não progredis; vossa atitude vale por estacionamento ou regresso.
E com isso aumentais o caminho que ainda tendes de percorrer algum dia.
Quando houverdes finalmente apreendido a Criação em
sua realidade, como um todo sem nenhuma separação entre este e o outro mundo,
estareis no verdadeiro caminho, próximo cada vez mais da meta desejada, satisfeitos
e alegres com a ascensão. Podeis então sentir e compreender muito melhor as
reações recíprocas que pulsam através de todo Ser, pois toda ação é
impulsionada e mantida por essa Força única. É então que a Luz da Verdade começa
a brilhar para vós!
Reconhecereis em pouco tempo que a comodidade e a
preguiça são muitas vezes as causas de escárnio, visto custar esforço de ter que
abandonar o aprendido e pensado até então para que seja reconstruído tudo de
novo. É incômodo porque vem estorvar a rotina de muitos. Deixai-os; não vos
irriteis, mas, sede úteis com o vosso saber aos que não só se satisfazem com os
gozos passageiros, aos que procuram na existência terrena, mais do que (semelhantes
nisso aos animais) a satisfação dos apetites corpóreos. Dai-lhes o conhecimento
que adquiristes, para que o tesouro não
permaneça enterrado, pois a dádiva contribui reciprocamente para que vosso
saber se torne mais forte e opulento.
No Universo opera uma lei eterna: em se tratando
de valores permanentes só temos a ganhar com as dádivas por nós feitas. Essa
Lei é de ação profunda; penetra em toda
a Criação, como legado sacrossanto do Criador. Ajudar desinteressadamente
sempre que houver necessidade; ter compaixão pelo sofrimento e pelas fraquezas do próximo – eis o
verdadeiro lucro, por ser o caminho direto para a ascensão!
Só almejar semelhante meta já vos traz imediatamente
auxílio, força. Um único desejo sincero para o bem será como um gládio de fogo
manejado do lado do outro mundo ainda invisível para vós, que já desfaz a
barreira erigida por vosso pensamento em frente ao invisível, porque já
constituís um todo único e indissolúvel com o Além tão temido, negado e
desejado.
Experimentai-o; vossos pensamentos são os
mensageiros que enviais, e que regressam com a pesada carga de vossas
lucubrações – quer tenham sido para o bem, quer para o mal. É assim que se
processa. Imaginai que vossos pensamentos são coisas, que adquirem conformação
espiritual, se concretizam frequentemente e que sobrevivem à vida terrena do vosso corpo
– e muita coisa se tornará clara. Daí a
justeza do dito: Porque suas obras o seguirão! As criações de pensamentos são
obras que vos hão de esperar, que em torno de vós formam auréolas claras ou turvas,
pelas quais tereis que atravessar em vossa
passagem para o mundo espiritual. Sois autônomos; por esse motivo nenhum
auxílio vos poderá chegar do exterior. O primeiro passo para tudo tem que ser
dado por vós próprios, o que não é difícil, dependendo apenas da vontade que se
anuncia por pensamentos. Assim tendes em vós mesmos o céu e o inferno.
A decisão depende de vós, mas tendes de arcar
incondicionalmente com as consequências de vossos pensamentos e resoluções. As
consequências são criadas por vós próprios. Por isso vos advirto: Conservai limpo
o foco de vossos pensamentos! Com isso distribuís paz e sereis felizes.
É preciso não esquecer que cada pensamento emitido
em seu percurso todos os da mesma espécie ou se incorpora a outros, com o que
fica cada vez mais reforçado, indo atingir finalmente um alvo, um cérebro que
talvez só por alguns se desnorteasse, dando com isso ocasião para que
semelhantes formas de pensamento, que assim vagueiam penetrem em seu íntimo,
atuando de acordo com sua contextura. Imaginai a responsabilidade que recai sobre vós, se o pensamento vem a
transformar em ato nesse alguém em que fora atuar! Semelhante responsabilidade
se manifesta pelo de conservarem todos os pensamentos constante união convosco,
tal qual um fio que não rompe, voltando depois com a força adquirida em caminho,
para agravando-vos ou fazendo-vos feliz, conforme a espécie que emitistes.
Encontramos- nos assim no mundo dos pensamentos,
e com nosso modo de pensar damos lugar a pensamentos que se assemelham. Por
isso não desperdiçai semelhante força, mas concentrai-a para a defesa e para que possais alcançar pensamentos agudos que
partem para o exterior como lanças, atuando sobre todas as coisas. Confeccionai
desse modo com vossos pensamentos a Lança Sagrada que combate pelo bem,
que cicatriza feridas e impulsiona toda a Criação!
Empregai, portanto, vossos pensamentos para agir
e progredir! Para isso, porém, tereis que abalar algumas colunas que suportam
concepções antigas. Algumas vezes é um conceito mal apreendido que não atina com o verdadeiro caminho; tem que
voltar ao ponto de partida. Um clarão rápido derruba todo o edifício custara decênios,
tendo o indivíduo que voltar à obra depois do atordoamento mais ou menos
demorado. É obrigado a assim proceder,
porque no Universo não há inatividade.
Tomemos,
por exemplo, o conceito do tempo:
O tempo passa! Os tempos mudam! Assim exclamam os
homens por toda a parte; e surge involuntariamente em nosso espírito uma imagem:
vemos tempos diferentes que se sucedem!
Essa imagem torna-se hábito, sendo para muitas
pessoas os fundamentos sobre os quais
constroem seus pensamentos e lucubrações. Mas não demora muito e surgem
obstáculos que se contradizem. Nem a
melhor boa vontade poderá encontrar o verdadeiro caminho. Perdem-se e as
lacunas não podem ser preenchidas, apesar dos esforços para tal. Quanta gente,
então, pensa que devemos recorrer à fé, uma vez que o pensamento lógico
é insuficiente. Mas isso é errado! Ninguém deve crer em o que não pode
compreender! Portanto, é necessário que
nos esforcemos por compreender, do contrário abriremos entrada para erros, o
que trará como resultado uma desvalorização da Verdade.
Fé sem
compreensão é preguiça e desleixo mental!
Não eleva o espírito, abafa-o. Por isso levantai a vista; temos que examinar, averiguar.
Não vão que temos em nós o impulso para isso.
O tempo! Passará realmente? Porque motivo vamos
esbarrar em obstáculos, quando queremos prosseguir
com semelhante asserção? É simples: trata-se de um pensamento falso, porque o tempo é estacionário! Somos nos que marchamos ao seu
encontro; lançamo-nos no tempo, que é eterno, e procuramos nele a Verdade. O
tempo é imóvel. É o mesmo hoje, ontem, como
daqui a mil anos! Somente as formas variam. Mergulhamos no tempo, para colher
em seu regaço recordações que encerra, afim de ampliar nosso saber com a
coleção adquirida pelo tempo, pois nada ficou perdido, tudo aí se encontra devidamente anotado. O tempo
não mudou, porque é eterno; e tu homem; és também sempre o mesmo, quer apareças
como criança ou como velho! És quem és! Tu mesmo já não o percebeste? Ainda não
sentiste a distinção entre a forma e teu “eu”? Entre o corpo, que está sujeito
a transformações, e teu próprio, isto é, o espírito, que é eterno?
Procurareis a Verdade! Que é a Verdade? O que
hoje ainda admitis como tal negareis amanhã como erros, para mais tarde
descobrirdes ainda que esses erros se encerrem alguns grãos de Verdade! Pois as próprias revelações se transmudam. É
isso que se dá quando pesquisais com
sinceridade e constância; mas em meio de tantas modificações alcançais a
maturidade.
A Verdade, porém, é sempre a mesma; não se
transforma porque é eterna, não podendo jamais ser cabalmente apreendida pelo
entendimento que só conhece as modificações de forma. Por esse motivo espiritualizai-vos!
Libertai-vos dos pensamentos terrenos e tereis a Verdade, estareis na Verdade, banhando-vos
perenemente na luz pura que irradia, porque a Verdade vos envolve completamente.
Espiritualizar-se é mergulhar nesse elemento.
Não tereis mais necessidade de aprender penosamente
as ciências nem de recear erros, porque a verdade contém em si a resposta de
todas as perguntas; mais ainda: para vós, deixa de haver problemas, pois tudo
sabeis sem necessidade de pensamento, tudo compreendeis, porque vosso espírito vive
na Luz pura, na Verdade!
Por isso sede espiritualmente livres! Arrebentai
todas as algemas que vos oprimem, e regozijai com os obstáculos porque vos significam
o caminho para a liberdade e para a força! Se o considerardes como uma dádiva, da qual
podeis tirar lucros, sem o menor esforço conseguireis superá-los, quer sejam
tais obstáculos pretextos para que possais desenvolver-vos, o que trará como
resultado o aperfeiçoamento da aparelhagem para a ascensão, quer sejam efeitos
de retorno de alguma culpa anterior, a qual ficará redimida com vossa libertação.
Em ambos os casos vos proporcionará progresso. Alegremente, pois! É da salvação
que se trata!
É tolice
falar de golpes do destino ou provações. Qualquer luta ou sofrimento é
progresso; ocasiões para destruir sombras de erros anteriores; porque a esse
respeito não há a menor concessão, pois a circulação das Leis eternas é
inamovível no Universo, onde se manifesta a Vontade criadora do Pai que nos
perdoa e ilumina.
A menor infração a essas Leis reduziria o mundo a
destroços, de tal modo e com tal sabedoria estão dispostas todas as coisas.
Não será de desanimar, então, ante semelhante
liquidação de dívidas, se o número das mesmas for inumerável?
Podeis iniciar a tarefa com confiança e alegria,
uma vez que sois sinceros, porque é possível o equilíbrio graças à corrente inversa
de uma força da boa vontade, que se torna viva e transforma no espírito em arma
poderosa (do mesmo modo que todas as outras formas psíquicas) capaz de dissipar
trevas e obstáculos, fazendo que o “eu” seja conduzido para a Luz!
Força de querer! É nisto que se encontra uma
potência por muitos desconhecida quanto ao seu valor que, como um imã que nunca
falha, atrai para forças da mesma espécie, avolumando-se como uma avalanche, e
unida a outras forças espirituais a ela semelhantes, age retroativamente até
alcançar novamente o ponto de partida, logo, a origem, o gerador, elevando-o
para a Luz ou precipitando-o na imundície, conforme a vontade inicial. Quem
conhece essa ação recíproca constante e
infalível que se manifesta em toda a Criação com a máxima precisão – sabe
utilizar-se dela, tem de amá-la, pelo que pode alcançar, ou temê-la em suas
consequências. Conformará aos poucos o mundo invisível que o cerca, pois há de
sentir seus efeitos com clareza, que não deixa lugar à menor dúvida. Sentirá as
fortes ondas dessa atividade incessante que enlaçam ao grande Universo, vendo-se
por fim como foco de uma possante corrente, à semelhança de um foco de lente
que se encontram os raios solares, dando nascimento a uma força inflamável que
tudo pode arrasar, mas também capaz de curar e vivificar; derramando-se em bênçãos ou acendendo um fogo abrasador. Somos como essas lentes,
capazes de, por meio de nossa vontade, concentrar essas correntes invisíveis
que nos atingem, dirigindo-as assim reunidas a fins benéficos ou nocivos, levando
à humanidade o bem ou a destruição. Podemos e devemos, por esse motivo, acender
nas almas, o fogo do entusiasmo para o bem, para o que é nobre, para a
perfeição.
Para isso basta apenas a força do querer que de
certo modo faz o homem o rei da Criação, para determinação de seu próprio
destino. Sua própria vontade será causadora de sua destruição ou salvamento,
recompensa ou castigo, o que se dará com certeza inexorável.
Nenhum receio, porém, de que semelhante
conhecimento vos possa afastar do Criador ou que possa enfraquecer vossa fé.
Pelo contrário. O conhecimento dessas Leis eternas que poderemos utilizar, faz
que a obra da Criação se nos afigure muito mais sublime, obriga o investigador
sincero à reverência!
Então os homens deixarão de desejar o mal; recorrerão
com alegria ao melhor esteio que se
encontra ao seu alcance: ao amor! Amor à Criação maravilhosa; amor ao próximo,
a fim de conduzi-lo também à magnificência desse gozo, e à consciência própria
da força!
O conteúdo deste livro como
tradução nos conformes da obra original: Na Luz da Verdade escrita por
Abdrushin, publicada na íntegra, sem alterações, exclusivamente pela edição de
1931, se deve ao resgate da cópia do primeiro volume em português publicado em
1934, portanto, com aspecto de autêntica raridade para a Mensagem do Graal no
Brasil.