Natal 1932
por Abdrushin
1932! Noite solene na lembrança! Dia sagrado
na hora da Solenidade vindoura. Ambas agora unidas no ponto de transição de uma
grande época.
Luz deve haver agora aqui
na Terra, conforme outrora deveria ter havido quando a estrela da promessa
brilhou durante três noites sobre um estábulo em Belém.
Mas outrora a Luz foi recebida apenas por
poucos, e os que dela ouviram falar, logo a deformaram e a alteraram, segundo é
hábito dos seres humanos, procurando substituir coisas esquecidas por ideias
suas, produzindo com isso apenas uma confusão que hoje pretende passar como
verdade intocável. Com receio de que tudo isso venha a ruir, se o menor dos
pilares se mostre falso, combatem eles qualquer fulgor de luz que possa trazer
o reconhecimento, denigrem-no e, onde isso não for possível, procuram pelo
menos torná-lo ridículo com uma malícia e perfídia que mostra ao raciocínio
lúcido, nitidamente, que tal atitude nasce do medo ilimitado! Contudo, o
raciocínio lúcido é coisa rara de se encontrar hoje em dia na Terra.
Não obstante, a luz do legítimo
reconhecimento tem de chegar finalmente até toda a humanidade!
É chegado o tempo em que tudo quanto é
malsão, inventado pelo cérebro humano, será arremessado para fora da Criação, a
fim de que no futuro não mais impeça o esclarecimento de que a Verdade é diferente do
que essas imagens insustentáveis que a presunção ostensiva, o sentido
comercial, a fantasia doentia e a hipocrisia criaram do pântano visguento de
limitações inferiores, visando ao poder terreno e à admiração terrena.
Maldição agora àqueles que, por meio do
logro, escravizaram milhões de seres humanos de tal maneira, que hoje, na época
do Juízo, não ousam mais abrir seus olhos à Luz, e sim injuriam às cegas, tão
logo chegue a seus ouvidos algo que soe diferente do que até então ouviram, ao
invés de finalmente ficar à escuta e de procurar averiguar dentro de si, uma
vez que seja, se o novo não se aproxima mais de sua compreensão do que o que
foi aprendido até aqui, se a sua intuição não se manifesta numa convicção, de
que algo antigo não pode subsistir perante o chamado de despertar da Luz, que
chega até eles, e de que deve cair, porque se encontra sobre base falsa!
Os ouvidos estão obstruídos, e temerosamente
cuidam para que a eles não chegue nenhuma corrente de ar fresco, realmente
apenas por preguiça e medo de que este ar fresco, no saneamento a isso ligado,
condicione a atividade do espírito, a qual exige e obriga ao
auto-esforço, que está totalmente em oposição ao atual dormitar espiritual,
aparentemente cômodo, o qual tem, como consequência, o apático adormecimento
permanente, concedendo com isso apenas mão livre à astúcia do raciocínio deformado
e corrupto!
Mas não adianta nada que obtureis os ouvidos
à Palavra nova, nem que fecheis os olhos para que a Luz não vos ofusque e não
vos apavore! Violentamente sereis despertados agora desse
triste marasmo! Sentindo frio, tereis de vos encontrar diante da Luz fria que
vos despojará sem misericórdia de toda a falsa vestimenta. Sentindo frio,
porque a centelha do vosso espírito, dentro de vós, já não é mais
possível de ser inflamada, a fim de, aquecendo de dentro para fora, ligar-se
com a Luz. É tarde demais para isso! E esse tarde demais traz, no
enrijecimento, a morte espiritual!
Eu lanço a Luz no meio de vosso atuar e
pensar errado, para que rompa as muitas pequenas capas que, em esplendor
cintilante como ouro falso, escondem o que é ilegítimo e indolente em vosso
interior. E é tão fácil para vós acreditar em coisas inacreditáveis; pois para
tanto não precisais esforçar-vos com um pensar ou examinar próprio. Exatamente
porque tais coisas não passariam por nenhum exame segundo as divinas leis naturais,
deveis simplesmente crer, sem perguntar pelo como nem
pelo por que, deveis crer cegamente, e isso vos parece grandioso!
Vós, que vos imaginais particularmente fiéis dessa maneira tão cômoda, passais
simplesmente por cima de todas as dúvidas, e... sentis-vos bem, protegidos,
nobres, piedosos e certos de vos tornardes bem-aventurados.
Contudo, com isso absolutamente não vos
elevastes acima de todas as dúvidas, mas sim tão-somente passastes covardemente
de lado! Fostes demasiado preguiçosos, demasiados indolentes no espírito, para
vos empenhardes por vós próprios em alguma coisa, e destes preferência à crença
cega do que a um saber sobre os fenômenos naturais na lei da vontade de Deus. E
para isso vos ajudaram invenções oriundas do cérebro humano.
Pois quanto mais impossível, mais
inapreensível for aquilo em que deveis crer, tanto mais cômodo será também
acreditar literalmente às cegas, porque em tais coisas doutra maneira nem é
possível. Nisso têm de ser excluídos o saber e a convicção. Somente as coisas impossíveis
exigem crença cega absoluta, pois cada possibilidade estimula imediatamente o
pensar individual. Onde existe a Verdade, que sempre mostra a naturalidade e as
consequências lógicas, aí se inicia, automaticamente, o pensar e também a
reflexão intuitiva. Cessa somente quando já não existe mais nada natural, onde,
portanto, não existe mais Verdade. E apenas através da
reflexão intuitiva pode uma coisa tornar-se convicção, a qual, unicamente, traz
valor ao espírito humano!
Assim se fecha agora com tudo o mais no
Juízo também o círculo que se iniciou com a noite sagrada em Belém! E esse
fechamento de círculo deve excluir as inexatidões das tradições e levar a
Verdade à vitória. As trevas, que a humanidade criou, serão dispersadas pela
Luz penetrante!
Todas as lendas, que sobre a vida de Jesus
foram tecidas com o tempo, têm de cair, para que ela finalmente seja revelada,
de acordo com as leis de Deus, assim como de outra maneira nem poderia ter sido
nesta Criação. Tendes até aqui, com vossos cultos auto-criados, renegado de
modo injurioso e crédulo a perfeição do Criador, vosso Deus.
Voluntária e conscientemente O apresentais
como sendo imperfeito em Sua vontade! Já falei a tal respeito em minha
Mensagem, e podeis torcer-vos e virar-vos como quiserdes, mas subterfúgio algum poderá
vos proteger, por terdes sido demasiadamente indolentes para pensar por vós
mesmos. Não venerais a Deus se acreditais cegamente em coisas que não podem ser
enquadradas nas leis primordiais da Criação! Pelo contrário, se acreditais na
perfeição do Criador, deveis saber que nada pode suceder aqui na Criação que
não corresponda exatamente à consequência segundo as leis inabaláveis de Deus.
Somente assim podereis venerá-Lo verdadeiramente.
Quem pensa doutra forma, duvida com isso
da perfeição do Criador, seu Deus! Pois onde forem possíveis
alterações ou melhoramentos, aí não existe nem existiu perfeição alguma!
Desenvolvimento é outra coisa. Este é previsto e desejado nesta Criação. Mas
tem de resultar incondicionalmente como consequência do efeito
de leis já vigentes. Tudo isso não pode, todavia, provocar determinadas coisas
como as que muitos fiéis, notadamente a respeito da vida de Cristo, consideram
como absolutamente evidentes!
Despertai finalmente de vossos sonhos,
tornai-vos verdadeiros dentro de vós! Seja-vos, exatamente
hoje, declarado mais uma vez que é impossível, segundo as leis na Criação, que
possam nascer corpos humanos terrenos sem que antes tenha havido geração de
matéria grosseira, assim como é impossível que um corpo de matéria grosseira
seja elevado para o reino de matéria fina, depois de sua morte terrena e muito
menos ainda para o reino enteal ou mesmo espiritual! E como Jesus tinha de
nascer aqui na Terra, tal fato teve de ficar submetido também à lei de Deus na
matéria grosseira da geração prévia.
Deus teria que agir contra suas próprias
leis, se em relação a Cristo tivesse acontecido conforme a tradição propala.
Mas tal lhe é impossível, porque Ele é perfeito desde o início, e
com isso também Sua vontade, que está nas leis da Criação. Quem ousa ainda
pensar diferentemente duvida dessa perfeição, e, com isso, acaba duvidando
também de Deus! Pois Deus sem perfeição não seria Deus. Quanto a isso não há
escapatória! A respeito dessa certeza tão simples não pode um espírito humano
sofismar, mesmo que com isso os fundamentos de tantas concepções de até agora
tiverem de ser abalados. Quanto a isso, só há sim ou não. Tudo ou nada. Uma
ponte não se deixa construir aqui, porque algo pela metade ou incompleto não
pode existir na divindade! Tampouco naquilo que se ocupa com Deus!
Jesus foi gerado de forma grosso-material,
do contrário um nascimento terreno não teria sido possível. Um romano, que
amava Maria e queria torná-la sua esposa, foi o pai. Maria o amava
indescritivelmente. As circunstâncias, porém, mantiveram o romano, que era
soldado, capitão sob o comando de Augusto, ainda afastado por algum tempo,
motivo pelo qual Maria, em sua preocupação, se manifestou ao mestre-carpinteiro
José, o qual ela respeitava e admirava. José, em consequência disso, esposou
Maria. O sofrimento anímico abriu Maria de tal modo, que ela, antes da conversa
com José, no momento das mais fortes lutas interiores, teve dentro de
si espiritualmente a vivência, a qual foi registrada na Bíblia como
anunciação pelo anjo.
Tais vivências espirituais que se referiam
ao grande acontecimento, Maria não as teve só uma vez, mas diversas vezes, pois
era suscetível a isso. A primeira vivência teve pouco antes da geração
grosso-material, a segunda, acima mencionada, iniciou a encarnação que ocorre
na metade da gravidez, e a terceira na hora do nascimento, onde ela reconheceu
a missão da criança na estrela.
Infelizmente, porém, pouco a pouco, tudo se
desvaneceu no dia-a-dia e só reviveu novamente no real reconhecimento, na dor
anímica sob a cruz no Gólgota.
Maria sofreu, porque nunca conseguiu
reprimir totalmente o amor por Kreolus, o capitão romano e pai da criança
Jesus, e teve que ver que isso fazia José triste, o qual a amava sinceramente. —
E enquanto a estrela brilhava sobre Belém,
na mesma hora, Kreolus procurava desesperadamente por Maria na localidade de
Nazaré, a fim de levá-la para Roma como sua esposa. Ele viu a estrela, que o
fez estremecer, mas nada sabia do fato de que era para o seu filho que ela
devia brilhar.
Apenas por alguns a estrela outrora foi
reconhecida como a realização das promessas. Assim pela própria Maria e por
José, que, comovido, escondeu o rosto.
Três reis encontraram o caminho para o
estábulo e ofereceram presentes terrenos; contudo, logo a seguir deixaram a
criança desamparada, cujo percurso na Terra deveriam amparar com seus tesouros,
com seu poder, para que nenhum sofrimento lhe adviesse no cumprimento de sua
missão. Não reconheceram devidamente sua sublime incumbência, não obstante
terem sido elucidados para poderem achar a criança.
Um estado de inquietação impeliu Maria a
deixar Nazaré, e José, vendo seu sofrimento silencioso, sua ansiedade, lhe
satisfez a vontade, só para alegrá-la. Entregou os cuidados de sua carpintaria
ao mais velho de seus ajudantes e viajou com Maria e a criança para um país
longínquo. No quotidiano dos dias de trabalho e com as preocupações diárias foi
se apagando nos dois, lentamente, a lembrança da estrela radiante,
principalmente pelo fato de Jesus não haver mostrado nada fora do comum em sua
infância, e sim ter sido inteiramente normal como todas as crianças. Só quando
José, que sempre foi o melhor amigo paternal de Jesus, após seu regresso à
cidade natal, veio a falecer, foi que viu, nos últimos momentos terrenos por
ocasião de seu trespasse, por cima de Jesus, que estava sozinho junto ao seu
leito de morte, a Coroa e a Pomba. Trêmulas foram suas últimas palavras: “Então
és tu mesmo!”
O próprio Jesus nada sabia disso, até que se
sentiu impelido para João, a respeito de quem ouviu de que revelava sábios
ensinamentos no Jordão e batizava.
Nesse ato grosso-material de um batismo, o
início da missão foi ancorado firmemente na matéria grosseira. A venda caiu. A
partir desse momento, ele tornou-se cônscio de si mesmo, de que devia trazer a
Palavra do Pai à humanidade terrena. De Maria ele nunca soube algo de seu pai
terreno, ele não sabia que em suas veias também circulava sangue romano.
Sua vida inteira desenrolar-se-á assim
diante de vós, conforme realmente foi, despida de todas as fantasias de
cérebros humanos! Com o remate final dos acontecimentos, tudo se tornará
notório a todos no Juízo, na vitória da Verdade, que não mais deverá ser
obscurecida por longo tempo! Maria lutou dentro de si com dúvidas que se
fortaleceram com as preocupações maternas pelo filho, até a difícil caminhada
para o Gólgota. De modo inteiramente humano e não sobrenatural. Somente lá lhe
veio finalmente o reconhecimento da missão de Jesus e, com isso, a fé.
Agora, porém, com a volta da estrela, devem
por graça de Deus ser desfeitos todos os equívocos, e desfeitos também todos os
erros daqueles que, sem agir por obstinação nem má vontade, dificultaram
outrora o caminho de Cristo e que agora, no fechamento de círculo, chegam ao
reconhecimento e procuram reparar o que negligenciaram ou erraram.
Com a vontade de reparação, vem para eles a
salvação com a estrela radiante e, libertados, poderão eles exultar
agradecimento Àquele que em sabedoria e bondade criou as leis, pelas quais as
criaturas devem julgar-se e também libertar-se.
Se nisso quereis subsistir, ponderai, pois, no
futuro uma coisa: Vede, meus caminhos não são vossos caminhos! Por isso, sejais
vigilantes, cuidai sempre de vossos caminhos que eu estipulei para vós na
Mensagem. Cada qual cuide vigilantemente do seu! Aspirai em direção a mim, ao
leste, enquanto eu estou voltado ao oeste e devo olhar em direção a vós,
oriundo do Pai, do mais elevado Leste. Por isso, os meus caminhos nunca são os
vossos! Lembrai-vos disso, quando não quiserdes compreender e não puderdes
compreender muitas coisas. Cuidai unicamente do vosso caminho, o qual eu vos
pude mostrar e não pensais que também o meu deva ser de espécie igual. Nisso
iríeis errar!
Texto original completo:
Weihnachten
1932
Abdrushin
1932! Weihevolle Nacht in der Erinnerung! Heiliger Tag zur Stunde des
kommenden Festes. Beidenun vereint am Wendepunkte einer großen Zeit.
Licht soll nun werden hier auf Erden, wie es einstens hätte sein sollen,
als der Stern der Verheißung während dreier Nächte über einem Stall zu
Bethlehem erstrahlte.
Aber das Licht wurde damals von wenigen nur aufgenommen, deren Hörer es
nachErdenmenschenart sehr bald verbogen und entstellten, Vergessenes mit
eigenem Gedachten zu ersetzen suchten und dadurch nur ein Durcheinander
schufen, das als Wahrheit unantastbar heute gelten soll. Aus Angst, daß alles
stürzt, wenn nur der kleinste Pfeiler sich als unecht zeigt, wird jeder
Lichtstrahl,der Erkenntnis bringen kann, bekämpft, besudelt, und, wo es nicht
anders geht, wenigstens lächerlichgemacht mit einer Bosheit, einer Tücke,
welche klarem Denken deutlich zeigt, daß sie der grenzenlosenFurcht entspringt!
Doch klares Denken ist auf Erden heute selten nur zu finden.
Trotzdem muß das Licht wahrer Erkenntnis endlich über alle Menschheit
kommen!
Die Zeit ist da, wo alles Ungesunde, das das Menschenhirn erfand,
hinweggefegt wird aus der Schöpfung, damit es ferner nicht mehr niederhalte die
Erleuchtung, daß die Wahrheit anders aussieht als die haltlosen Gebilde, welche
prahlerischer Dünkel und Geschäftssinn, kranke Fantasie und Heuchelei aus
schwülem Sumpfe niedriger Beschränktheiten im Drang nach Erdenmacht und
irdischerBewunderung erschuf.
Fluch denen nun, welche durch Irreführung Millionen Menschen derartig
versklavten, daß sie heute zur Zeit des Gerichtes nicht mehr wagen, ihre Augen
aufzutun dem Licht, sondern blind darauflos schmähen, sobald etwas an ihre
Ohren dringt, was anders klingt, als sie es bisher hörten, anstatt endlich
aufzuhorchen und in sich einmal zu prüfen, ob das Neue nicht ihrem Verstehen
näher kommt als das bisher Gelernte, ob sich nicht ihre Empfindung regt zu
einer Überzeugung hin, daß Altes nicht bestehenkann vor dem Weckruf des
Lichtes, der zu ihnen dringt, und stürzen muß, da es auf falschem Grunde steht!
Die Ohren sind verstopft, und ängstlich wird darauf gesehen, daß kein
frischer Luftzug in sie kommt, tatsächlich nur aus Faulheit und aus Angst, daß
diese frische Luft in der damit verbundenen Gesundung Geistesregsamkeit
bedingt, die Selbstbemühung fordert und erzwingt, die ganz im Gegensatz zu dem
jetzigen anscheinend bequemen Geistesdämmern steht, welche den dumpfen
Dauerschlaf zur Folge hat, und damit nur der Schlauheit des verbogenen,
verdorbenen Verstandes freie Hand gewährt.
Aber es nützet nichts, daß Ihr die Ohren für das neue Wort verstopft, die
Augen schließt, damit dasLicht nicht blende und Euch nicht erschrecke!
Gewaltsam werdet Ihr nun aufgescheucht aus diesertraurigen Betäubung! Frierend
sollt Ihr vor dem kalten Lichte stehen, das Euch unbarmherzig allerfalschen
Einhüllung entblößt. Frierend, weil Euer Geistesfunke in Euch nicht mehr zu
entzünden geht, um wärmend sich von innen heraus mit dem Lichte zu vereinen. Es
ist zu spät dazu! Und das Zuspätbringt in Erstarrung den geistigen Tod!
Ich schleudere das Licht hinein in Euer falsches Tun und Denken, daß es die
vielen Mäntelchen zerreiße, die in schillernder Pracht wie Flittergold das
Unechte und Schläfrige in Euch verdecken. Es istja gar so leicht für Euch,
Unglaubliches zu glauben; denn dabei braucht Ihr Euch nicht mühen, selbst
zudenken und zu prüfen. Gerade weil es keiner Prüfung nach den göttlichen
Naturgesetzen standzuhalten fähig ist, müßt Ihr nur einfach glauben, ohne nach
dem Wie oder Warum zu fragen, müßt blindlingsglauben, und das dünkt Euch groß!
Ihr, die Ihr Euch in dieser so bequemen Art besonders gläubig wähnt, erhebt
Euch darin einfach über allen Zweifel, und ... fühlt Euch wohl, geborgen, edel,
frommund seligwerdenmüssend!
Ihr aber habt Euch damit nicht erhoben über allen Zweifel, sondern seid nur
feig daran vorbeigegangen! Ihr wart zu faul, zu geistesträg, um selbst etwas
dabei zu tun, und zogt den blinden Glauben einem Wissen vom natürlichen
Geschehen im Gesetz des Gotteswillens vor. Und dazu halfenEuch Erdichtungen aus
Menschenhirn.
Denn je unmöglicher es ist, unfaßbarer, an das Ihr glauben sollt, desto
bequemer wird es auch, in Buchstäblichkeit blind daran zu glauben, weil es in
solchen Dingen gar nicht anders geht. Da muß das Wissen und die Überzeugung
ausgeschaltet werden. Unmögliches allein verlangt den blinden, absoluten
Glauben; denn jede Möglichkeit regt sofort eignes Denken an. Wo Wahrheit ist,
die stets Natürlichkeit und Folgerichtigkeiten zeigt, dort setzt das Denken und
das Nachempfinden auch selbsttätig ein. Es hört nur dort auf, wo es nichts
Natürliches mehr findet, wo also Wahrheit nicht vorhanden ist. Und nur
durchNachempfinden kann etwas zur Überzeugung werden, die allein dem
Menschengeiste Werte bringt!
So schließt sich nun mit allem im Gerichte auch der Ring der einsetzt mit
der Weihenacht in Bethlehem! Und dieser Ringschluß muß das Unrichtige in den
Überlieferungen ausschleudern, dafür dieWahrheit zu dem Siege bringen. Das
Dunkel, das die Menschheit schaffte, wird durch das eindringendeLicht
zerstreut!
Alle Legenden, welche um das Leben Jesu mit der Zeit gewoben wurden, müssen
fallen, damit esendlich rein hervortritt, gottgesetzlich, so, wie es in dieser
Schöpfung anders gar nicht möglich war. Ihrhabt bisher mit Euren
selbstgeschaffnen Kulten die Vollkommenheit des Schöpfers, Eures
Gottes,leichtgläubig frevelhaft verleugnet.
Gewollt, bewußt stellt Ihr ihn darin als in seinem Willen unvollkommen dar!
Ich sprach darüberschon in meiner Botschaft, und Ihr mögt Euch drehen, wenden,
wie Ihr wollt, nicht eine Ausflucht kann Euch davor schützen, daß Ihr zu träge
waret, selbst dabei zu denken. Ihr ehrt Gott nicht damit, wenn Ihran Dinge
blindlings glaubt, die sich mit Schöpfungsurgesetzen nicht vereinen lassen! Im
Gegenteil,wenn Ihr an die Vollkommenheit des Schöpfers glaubt, so müßt Ihr
wissen, daß nichts in der Schöpfung hier geschehen kann, was nicht genau der
Folgerung in den festliegenden Gesetzen Gottes auchentspricht. Darin allein
könnt Ihr ihn wirklich ehren.
Wer anders denkt, zweifelt damit an der Vollkommenheit des Schöpfers,
seines Gottes! Denn wo Veränderungen oder noch Verbesserungen möglich sind,
dort ist und war keine Vollkommenheit vorhanden! Entwickelung ist etwas
anderes. Diese ist vorgesehen und gewollt in dieser Schöpfung. Aber sie muß
sich unbedingt als Folgerung ergeben der Wirkung schon bestehender Gesetze. Das
alles aber kann nicht solche Dinge bringen, wie sie bei vielen Gläubigen
namentlich im Leben Christi alsganz selbstverständlich angenommen werden!
Wacht endlich auf aus Euren Träumen, werdet in Euch wahr! Gerade heute sei
Euch noch einmal gesagt, daß es unmöglich ist nach den Gesetzen in der
Schöpfung, daß Erdenmenschenkörper jegeboren werden können ohne vorherige
grobstoffliche Zeugung, ebenso unmöglich, daß eingrobstofflicher Körper
aufgehoben wird ins feinstoffliche Reich nach seinem Erdentode, noch wenigerins
wesenhafte oder gar das geistige! Und da Jesus auf Erden hier geboren werden
mußte, unterlag dieses Geschehen auch dem grobstofflichen Gottgesetz der
vorherigen Zeugung.
Gott müßte gegen seine eigenen Gesetze handeln, wäre es mit Christus so
geschehen, wie es die Überlieferungen melden. Das aber kann er nicht, da er
vollkommen ist von Anfang an und damit auchsein Wille, welcher in den
Schöpfungsurgesetzen liegt. Wer anders noch zu denken wagt, der zweifelt an
dieser Vollkommenheit und somit auch zuletzt an Gott! Denn Gott ohne
Vollkommenheit wäre nicht Gott. Da gibt es keine Ausrede! An dieser einfachen
Gewißheit kann ein Menschengeist nicht deuteln,auch wenn damit die Grundfesten
so mancher bisherigen Anschauungen nun erschüttert werden müssen. Hier gibt es
nur entweder — oder. Ganz oder gar nicht. Eine Brücke läßt sich da nicht
bauen,weil etwas Halbes, Unfertiges in der Gottheit nicht sein kann! Auch nicht
in dem, was sich mit Gottbefaßt!
Jesus wurde grobstofflich gezeugt, sonst wäre eine irdische Geburt nicht
möglich gewesen. EinRömer, der Maria liebte und zu seinem Weibe machen wollte,
war der Vater. Maria liebte ihn unsagbar.Die Verhältnisse aber hielten den
Römer, der Soldat, Hauptmann unter Augustus war, noch eineZeitlang fern, so daß
Maria sich in ihrer Sorge dem Zimmermeister Josef offenbarte, den sie achtete
undwelchen sie verehrte. Josef nahm Maria daraufhin zum Weibe. Die Seelennot
Marias lockerte sie vorder Aussprache mit Josef seelisch so, daß sie im
Augenblicke höchster innerlicher Kämpfe das Erlebnisin sich geistig hatte,
welches in der Bibel als Verkündung durch den Engel festgehalten ist.
Derartige geistige Erlebnisse, die auf das große Geschehen hinwiesen, hatte
Maria nicht nur einmal, da sie dafür empfänglich war, sondern mehrmals. Das
erste Erlebnis kurz vor der grobstofflichenZeugung, das zweite, oben genannte,
leitete die Inkarnierung ein, die in der Mitte der Schwangerschafterfolgt, und
das dritte bei der Geburt, wo sie die Sendung des Knaben in dem Stern erkannte.
Alles verschwamm aber nach und nach im Alltag leider wieder und lebte im
tatsächlichen Erkennen erst wieder auf im Seelenschmerze unter dem Kreuze auf
Golgatha.
Maria litt, da sie die Liebe zu Kreolus, dem römischen Hauptmann und Vater
ihres Kindes Jesu,niemals völlig unterdrücken konnte und sehen mußte, daß es
Josef traurig machte, der sie ehrlich liebte. —
Und während über Bethlehem der Stern erstrahlte, suchte zu gleicher Zeit
Kreolus ganz verzweifeltin dem Orte Nazareth nach Maria, um sie mit nach Rom zu
nehmen als sein Weib. Er sah den Stern, der ihn erschauern ließ, aber er wußte
nichts davon, daß es sein Kind war, dem er leuchten sollte.
Von einigen nur wurde damals dieser Stern als die Erfüllung der
Verheißungen erkannt. So von Maria selbst und Josef, der erschüttert sein
Gesicht verbarg.
Drei Könige fanden den Weg zum Stall und gaben irdische Geschenke; doch
dann ließen sie dasKind schutzlos zurück, dem sie den Weg auf Erden ebnen
sollten mit ihren Schätzen, ihrer Macht, daßihm kein Leid geschehe in Erfüllung
seiner Aufgabe. Sie hatten ihren hohen Ruf nicht voll erkannt,trotzdem ihnen
Erleuchtung wurde, daß sie das Kind finden konnten.
Unruhe trieb Maria fort von Nazareth, und Josef, der ihr stilles Leiden,
ihre Sehnsucht sah, erfüllte ihren Wunsch, nur um sie froh zu machen. Er
übergab die Leitung seiner Zimmerei dem Ältesten seinerGehilfen und reiste mit
Maria und dem Kinde in ein fernes Land. Im Alltage der
Arbeit und täglicher Sorgen verblaßte langsam die Erinnerung an den
strahlenden Stern bei beiden, namentlich da Jesus nichts Auffallendes in den
Jugendjahren zeigte, sondern wie alle Kinder ganz natürlich war. Erst als
Josef, der Jesus stets der beste väterliche Freund gewesen war, nach
seinerRückkehr in die Heimatstadt zum Sterben kam, sah er bei dem Hinübergehen
in den letztenErdenaugenblicken über Jesus, der allein an seinem Sterbelager
stand, die Krone und die Taube.Erschauernd waren seine letzten Worte: ,,Also
bist Du es doch!"
Jesus selbst wußte nichts davon, bis es ihn zu Johannes trieb, von dem er
hörte, daß er an demJordan weise Lehren künde und taufte.
In dieser grobstofflichen Handlung einer Taufe wurde der Beginn der Sendung
in der Grobstofflichkeit fest verankert. Die Binde fiel. Er war sich selbst von
diesem Augenblicke an bewußt, daß er das Wort, des Vaters in die
Erdenmenschheit tragen sollte. Von seinem Erdenvater hat er vonMaria nie etwas
erfahren, er wußte nicht, daß auch römisches Blut in seinen Adern floß.
Das ganze Leben wird sich aufrollen vor Euch, so, wie es wirklich war,
entkleidet aller Fantasien menschlicher Gehirne! Mit dem Ringschluß des
Geschehens wird es im Gerichte allen kund im Sieg derWahrheit, die nicht mehr
verdüstert werden darf für lange Zeit! Maria kämpfte in sich mit den Zweifeln,
die verstärkt wurden durch mütterliche Sorgen um den Sohn bis zu dem schweren
Gang nach Golgatha.Rein menschlich und nicht überirdisch. Erst dort wurde ihr
zuletzt noch Erkenntnis über seine Sendungund damit der Glaube.
Doch jetzt zur Wiederkehr des Sternes soll durch Gottes Gnade nun gelöst
sein aller Irrtum, und gelöst auch alle Fehler derer, welche nicht in
Starrsinn, nicht in üblem Wollen damals Christi Wegerschwerten und nun bei dem
Ringschluß zur Erkenntnis kommen, gutzumachen suchen, was sie unterlassen haben
oder fehlten.
In dem Gutmachenwollen steigt für sie mit dem Strahlenden Sterne die
Erlösung auf, befreit könnensie Dank jubeln dem, der in Weisheit und in Güte
die Gesetze schuf, an denen sich die Kreaturen richten und auch lösen müssen.
Wenn Ihr dabei bestehen wollt, bedenket nun in
Zukunft eins: Seht, meine Wege sind nicht EureWege! Darum seid wachsam, achtet
immer Eurer Wege, die ich in der Botschaft für Euch niederlegte. Ein jeglicher
achte sorgsam des seinen! Strebt zu mir her, dem Osten zu, indessen ich dem
Westenzugewendet bin und Euch entgegenschauen muß vom Vater, aus dem höchsten
Osten kommend.Deshalb sind meine Wege nie die Euren! Denket daran, wenn Ihr so
manches nicht verstehen wollt und nicht verstehen könnt. Achtet allein auf Euren
Weg, den ich Euch zeigen konnte, und wähnet nicht, daßauch der meine gleicher
Art sein muß. Ihr würdet darin irren!