terça-feira, 26 de dezembro de 2017

IS-MA-EL XIII






Leitura do trecho anterior

IS-MA-EL


No segundo dia desenvolveu-se no perímetro do quadrado do primeiro dia uma estrela irradiando com duodécupla intensidade e com um ponto central, e a voz da sabedoria murmurou para ele: “Veja, as matérias mais finas das esferas próximas mais elevadas, as quais nesse quadro se condensam e enviam para fora a sua força!” E ficou consciente para Elmisa que todas essas formas apenas serviam como invólucros, as quais traziam em si algo mais elevado, luminoso e forte, podendo envolvê-los. A partir daí seus olhos estavam abertos para o grande tecer do Criador e ele era senhor da matéria.
No terceiro dia formou-se, irradiando do fundo do cristal, um anel, que deu ao quadro do quadrado, com as irradiações cruzadas do doze, uma conclusão e simultaneamente ligação, vivificação e calor e, em maravilhoso circular levou então o hálito da Criação para dentro dos invólucros. Todas as espécies dos germes de futuros elementos mostraram-se nesse anel, e Elmisa recebeu na iniciação o poder sobre as forças elementares. Tudo isso vibrou no luminoso número 4.
A força do círculo enteal era tão poderosa que sacudiu com força o corpo material de Elmisa.
No quarto dia ele avistou uma configuração que lhe proporcionou de irradiação no cristal, transmitiu o enteal mais elevado. Da menor forma de beleza até a mais elevada gradação do mais nobre e puro reconheceu ele os guias e auxiliadores de tudo o que até agora foi criado. Tudo lhe pareceu transpassado e ligado pelo enteal e sua força. Ele sabia que os planos começaram bem no alto e, através de tudo o que até agora é conhecido, desenvolveram seu mais variado efeito e forma.
No quinto dia descobriu Elmisa a pedra pela quinta vez. Mostrou-se a ele uma nova configuração de irradiação, a qual passava em grande circular, perpassando todos os mundos e planos e sempre de novo iniciando em seu circuito. Dela se ergueu uma irradiação partida em 5, a qual tocou em toda a materialidade. Estava repleto de amor e veio do plano do que é criado. Atuando no desenvolvimento, sua irradiação era espiritual. Tão diferente de tudo de até agora e em duas espécies: positiva e negativa.Então Elmisa reconheceu que essa espécie era a forma para o germe espiritual e seus pais primordiais. A Pátria dos espíritos humanos. E ele se admirou que não lhe sobreviesse um saber da Pátria, pois ele acreditava ser um espírito humano, igual às outras criaturas. Amor vibrou nele, não, porém, o amor da igual espécie.
Todos perceberam que uma entealidade mais elevada havia despertado nele.

No sexto dia ocorreu algo extraordinário! A forma irradiante de uma luminosa estrela de seis pontas deixou seu espírito em luminoso ardor. Ele reconheceu nisso o ponto de origem do puro espiritual desenvolvido e nele abriu-se a recordação de sua Pátria. Os planos do Paraíso iluminavam a seus pés, e força vinda do espírito primordial transpassava-o, a qual ele próprio apenas deixava fluir adiante, não sendo ele quem irradiava. E nisso ele intuiu a existência de Deus! Imagem após imagem da irradiante coroa da Criação, a qual lá está firmemente ancorada, aos pés da esfera divina, surgiram diante dos olhos espirituais agora abertos de Elmisa! “Senhor, eu adoro a Ti por toda a eternidade! Em adoração eu vibro no poder de Tua sagrada vontade!”
Elmisa não saiu do Templo no sexto dia, assim surgiu do sexto, o sétimo dia, e ele foi o mais sagrado de todos. Ele deixou repousar em si a vida e o saber sobre a Criação e do poder e vivenciou Deus!
A Cruz olhou para ele, a Palavra Viva: “Faça-se a Luz!” E a Elmisa pareceu como se a Cruz se mostrasse sobre a Criação, vinda do Pai, e no pedestal de Seu trono, nos degraus de Seu poder havia 4 sábios misteriosos, animais sapientes, os quais pareciam ser anjos alados em forma de animal. E eles falaram o nome: “Imanuel!”
O oitavo dia. O nome “Imanuel”, porém, preencheu-o com a vontade de Deus. Ele permaneceu outra vez no Templo, e não cobriu mais a sagrada pedra. Incandescido pela sabedoria, a qual ele dela hauriu, substituiu para ele alimento, bebida e sono. Da pedra da sabedoria surgiram para ele as imagens, as quais despertaram recordações sobre recordações. Ele avistou a maravilhosa construção da Criação e riscou sobre uma pequena lousa o esboço da forma da Pirâmide. “Nessa construção repousa toda a sabedoria de Deus!” escreveu ele em sinais logo abaixo. “Somente na pureza da força divina abre-se o portal da sabedoria!”
“Eu guardo o número, Eu guardo a Palavra, Eu trago em mim a cor e o som, Eu sou o caminho da Verdade, Eu trago o reconhecimento!” E um semblante olhou do cristal, e era da Luz da eternidade. Ele trazia em si a Cruz. As asas da Pomba sagrada cobriam a sua testa e seus olhos eram como chamas douradas, sua boca, porém, era cheia de amor, e dela saía a irradiação incandescente da justiça. E ele falou: “Olhe para mim, Is-ma-el, Eu sou, o primeiro e o último! Eu te envio para longe e te chamo para casa, para que tu me prepares o caminho para o profundo e escuro vale!”
...Um maravilhoso rosto espiritual feminino inclinou-se por ocasião da morte de Elmisa sobre os seus invólucros. Is-ma-el reconheceu-o como sendo de Thaisis, enquanto seu espírito plenamente consciente ainda flutuava no invólucro enteal e fino-material sobre o corpo morto, vazio e mais denso. Poderosamente atraído pela irradiação da igual espécie da maravilhosa figura feminina, foi arrastado rapidamente para cima, para fora daquela camada, incandescendo soltou-se invólucro após invólucro. A luminosa chama de Is-ma-el subiu para fora do espaço e tempo em questão de momento. Luz cercou o espírito que regressou e a quietude da preparação o envolveu. Fios irradiantes de força divina transpassavam a esfera do reino puro-espiritual. Sobre pontes de Luz irradiantes desceram os elevados espíritos da Criação primordial e formaram um caminho de ligação para cima até o Santo Graal. Eles vieram diretamente de Parsival, do ponto mais alto da montanha, onde se encontra o desenvolvido puro-espiritual. Quando ele, após um instante novamente despertou para a plena consciência, a primeira palavra foi: Parsival!

Com olhar retrospectivo Is-ma-el vivenciou outra vez o seu percurso através das materialidades, com a finalidade de seu desenvolvimento, mas pouco a pouco as irradiações eternamente pulsantes da esfera puxaram a sua igual espécie, o espírito elevado, para dentro de seu eterno vibrar.
Ele estava sendo preparado para uma nova atividade.
Outra vez se cumpriu o sagrado número do nome Imanuel no número das partes do Universo, bem como no menor, na formação cósmica de estrelas em Éfeso: o setestrelo *( Constelação ou conjunto de sete astros ou estrelas). Ela inscreveu o nome Imanuel em Éfeso.
...invisível aos sentidos grosso-materiais, por não ser compreensível pela diferente espécie da densidade.
Só o espírito o consegue aqui e acolá, atraído por uma igual espécie de usufruir e querer vivenciar, de envolver-se com a correspondente materialidade com a finalidade de seu desenvolvimento na vivência. Ele pode, seguindo o seu desejo, sua escolha, com decisão própria deixar-se atrair aqui e acolá para colher suas experiências e para o amadurecimento. A ele se aproximam então todas as forças complementares auxiliando e com amor, as quais formaram aquelas materialidades. Fecham-se em torno dele os finos invólucros que descem devido ao peso e o arrastam para a região de seu desejo original.



Trecho extraído da obra IS-MA-EL (em manuscrito):