terça-feira, 12 de dezembro de 2017

IS-MA-EL XI





Leitura do trecho anterior

IS-MA-EL


O querer de Is-ma-el incandesceu na força de irradiação oriunda do Senhor e a sua vontade se inclinou para todas as espécies iguais, surgidas de Suas irradiações posteriormente criadas.
Is-ma-el trouxe a vontade do Senhor através de sua esfera e plantou-a nos espíritos criados, que através dela continuaram se desenvolvendo.
Novamente pulsava como vida nova, bramando, através da esfera da Ilha azul, e também através daquelas partes que, tecendo, com ela estavam ligadas na mesma altitude vibratória e que sustentam o eterno criado feminino.
Adoração vibrava então na canção e no movimento, na construção e desenvolvimento da beleza do criativo servir a Deus. As chamas espirituais femininas, envolvidas com véus, incandesciam como fogo dourado em taças de branco suave. Suas cabeças e figuras graciosamente encobertas, incandesciam em movimento, suave agitavam-se suas vestes e véus através das correntes de irradiação das Ilhas, quando elas, adornando e atuando, serviam ao Templo e à Criação.
Delas e dos círculos de Luz dos patriarcas originou-se a estirpe espiritual flamejante dos Ismanos, os quais foram enviados, tecendo na vontade de Deus, como um povo escolhido, para algum dia servirem ao Senhor na matéria.
Eles puderam preparar o solo para Is-ma-el, como deveriam, na pureza da vontade de seus espíritos flamejantes, o qual trazia em si o germe para fundarem o reino de Deus. As eternas mães atuavam na sabedoria da feminilidade, assim como os eternos pais em todo o espiritual masculino.
Elas eram os receptáculos para a irradiação da pureza, do amor e de todas as virtudes femininas, as quais tinham que atuar através da fidelidade servil. Como enormes cristais elas também captavam essas elevadas irradiações e as retransmitiam adiante multiplicadas milhares de vezes para as intermináveis distâncias da Criação.
Sem fim parecia a expansão desses reinos para fora e para baixo, mas era apenas uma pequena parte fluente no grande tecer da Criação.

Assim o Senhor, através de seu servo Is-ma-el, enviou os escolhidos emissários espirituais para a matéria, em que eles mergulharam aqui e acolá atraídos pela igual espécie da mais pura vibração na região situada mais abaixo na Criação. Eles chegaram nas esferas mais finas e elevadas de partes da Criação mais espiritualizadas, a fim de lá se encarnarem e colhendo experiências, a fim de se fortalecerem para aquele povo, o qual algum dia deveria proteger Parsival na Terra: Os Ismanos.
“Agora eu te conduzo para uma estrela na parte do Universo Smyrna, onde deveriam ser recebidos os primeiros emissários dos mais madurosmais puros invólucros dessa materialidade. O espírito te envolve com todo o amor e força, e dá as possibilidades de assim vivenciar espécies diferentes!”
Ilha de Servantes sobre a estrela Atlante, sumo-sacerdote Simael. Mais tarde sobre Thyatira – Elmisa – “O escolhido de Deus.”
A sacerdotisa superiora da Pureza “Thaisis”, dela Is-ma-el aproximou-se, pois ela era o seu segundo ser, seu complemento em espírito. Com seu invólucro flamejante atraiu o espírito de Is-ma-el poderosamente para a matéria.
A escola do Templo da Pureza era o ponto de apoio principal da feminilidade em Thyatira.
Is-ma-el também fora envolto pelas irradiações flamejantes, as quais irrompiam dele em incandescência, na forte atividade de pressão da vida, tão logo estivesse numa determinada proximidade de irradiação de uma ponte enteal que se encontrasse na mesma condição. Aconteceu num mergulhar, um flamejar e apesar disso, subsistir, um deixar-se envolver e um suave adormecer. (No Templo luminoso, por ocasião da solenidade da encarnação junto às eleitas mulheres do templo).
A mulher que deveria possibilitar-lhe a existência terrena era Lydia, a cantora do Templo, a esposa de Theddeus.
Osman, o supremo sacerdote, que mais tarde foi João, o discípulo predileto de Jesus.
Com aplicação Elmisa dedicou-se à instrução de um sábio professor. Como primeiro fundamento era considerado o afrouxamento e fortalecimento do corpo. Esses exercícios valiam como ato de serviço a Deus. O exercício da respiração era ao mesmo tempo um abrir-se para a oração. Bastante movimento na natureza também estava prescrito ao aluno. Não era uma escola do êxtase, porém uma escola para a vida e fortalecimento.

Domínio do sentir e do pensar, e todas as manifestações que disso se originam, eram ensinadas na escola aos jovens seres humanos, mas o domínio natural e correto, que nada tem a ver com o sentir ou pensar reprimido, nem com a contração da alma, pois em Thyatira não existia a mentira.
Ele recebeu elevada instrução no dirigir das forças. Essa era a iniciação, que era concedida somente a um convocado pela Luz, quando era realmente um perfeito.
Como os seres humanos de Thyatira eram completamente ligados à Luz, a nutrição de seus corpos era simples e leve. Eles saboreavam cada uma das menores substâncias, aproveitando plenamente todo o seu valor. Finos e leves pães complementavam as frutas, as quais constituíram a sua principal nutrição.
Quanto mais Elmisa dava do orar puro, silencioso, falando e ensinando do amor pela Luz, o qual ele trazia tão vivo em si, tanto mais forte o amor fluía para ele. De cima sempre mais força do amor irradiava nele, o qual atuava irradiando para fora dele.
Bem breve foi a duração do silêncio, mas foi suficiente para inflamar o semblante de Elmisa. Ele sentiu uma união com as correntes de força, para as quais ele não encontrou palavras. Essa era a oração de Elmisa! Sua característica era a humildade, apenas essa, pura e simples, permitiu que se abrissem todos os finos caminhos do querer, até aquele limite no alto do qual lhe era enviada elevada força.
“Quando a pessoa vibra dentro das sagradas leis da vida, então não pode ficar sem amor.”
“Entre ti e eu (Elmisa e Nabis) flui um feliz receber e dar, e as horas se tornam mais ricas para nós, dia após dia.”
“Quanto mais tu dás, tanto mais rico e humilde te tornas.”
“Talvez eu (Elmisa) não venha mais a vê-la (Thaisis) aqui na matéria, mas na eternidade nós seremos um!” O jovem não sabia que nessa hora ele havia reconhecido o seu eu.
Ele viu diversos mundos espessos, em bem diversa força de luminosidade e movimento, de imensuráveis redemoinhos, impulsionados ou conduzidos no cosmos, em parte arremessados para fora de sua órbita e novamente atraídos por outras grandes estrelas.
Cada uma das estrelas tem um ritmo, um tom, um acorde e uma melodia que lhe é própria.
Que uma folha se abria após a outra no sagrado tecer da Criação ele o percebeu na oração. Ele tornou-se cada vez mais silencioso. Seu semblante começou a irradiar um brilho que brotou de dentro, do espírito, o qual iluminou o invólucro material.
A Palavra Sagrada falou para ele, a vontade do Senhor, o Espírito Santo. Para Elmisa essa vivência foi um abalo, ele caiu de joelhos e adorou.

Ele sabia que com essa grande agitação dos elementos havia começado uma nova etapa de vida. Ele avançou consciente para a luta com a natureza, a qual ele tinha que aprender a conhecer para fortalecer-se na resistência.
O ser humano nunca deve transferir as suas interpretações terrenas para materialidades de espécie diferente. Elmisa exercitou-se para que o espírito falasse através dele. Agora ele tinha toda a comprovação de que seria compreendido.



Trecho extraído da obra IS-MA-EL (em manuscrito):