Leitura do trecho anterior
IS-MA-EL
O
querer de Is-ma-el incandesceu na força de irradiação oriunda do Senhor e a sua
vontade se inclinou para todas as espécies iguais, surgidas de Suas irradiações
posteriormente criadas.
Is-ma-el
trouxe a vontade do Senhor através de sua esfera e plantou-a nos espíritos
criados, que através dela continuaram se desenvolvendo.
Novamente
pulsava como vida nova, bramando, através da esfera da Ilha azul, e também
através daquelas partes que, tecendo, com ela estavam ligadas na mesma altitude
vibratória e que sustentam o eterno criado feminino.
Adoração
vibrava então na canção e no movimento, na construção e desenvolvimento da
beleza do criativo servir a Deus. As chamas espirituais femininas, envolvidas
com véus, incandesciam como fogo dourado em taças de branco suave. Suas cabeças
e figuras graciosamente encobertas, incandesciam em movimento, suave
agitavam-se suas vestes e véus através das correntes de irradiação das Ilhas,
quando elas, adornando e atuando, serviam ao Templo e à Criação.
Delas e
dos círculos de Luz dos patriarcas originou-se a estirpe espiritual flamejante
dos Ismanos, os quais foram enviados, tecendo na vontade de Deus,
como um povo escolhido, para algum dia servirem ao Senhor na matéria.
Eles
puderam preparar o solo para Is-ma-el, como deveriam, na pureza da vontade de
seus espíritos flamejantes, o qual trazia em si o germe para fundarem o reino
de Deus. As eternas mães atuavam na sabedoria da feminilidade, assim como os
eternos pais em todo o espiritual masculino.
Elas
eram os receptáculos para a irradiação da pureza, do amor e de todas as virtudes
femininas, as quais tinham que atuar através da fidelidade servil. Como enormes
cristais elas também captavam essas elevadas irradiações e as retransmitiam
adiante multiplicadas milhares de vezes para as intermináveis distâncias da
Criação.
Sem fim
parecia a expansão desses reinos para fora e para baixo, mas era apenas uma
pequena parte fluente no grande tecer da Criação.
Assim o
Senhor, através de seu servo Is-ma-el, enviou os escolhidos emissários
espirituais para a matéria, em que eles mergulharam aqui e acolá atraídos pela
igual espécie da mais pura vibração na região situada mais abaixo na Criação.
Eles chegaram nas esferas mais finas e elevadas de partes da Criação mais
espiritualizadas, a fim de lá se encarnarem e colhendo experiências, a fim de se
fortalecerem para aquele povo, o qual algum dia deveria proteger Parsival na
Terra: Os Ismanos.
“Agora
eu te conduzo para uma estrela na parte do Universo Smyrna, onde
deveriam ser recebidos os primeiros emissários dos mais maduros, mais puros invólucros
dessa materialidade. O espírito te envolve com todo o amor e força, e dá as
possibilidades de assim vivenciar espécies diferentes!”
Ilha de
Servantes sobre a estrela Atlante, sumo-sacerdote Simael. Mais tarde sobre
Thyatira – Elmisa – “O escolhido de Deus.”
A
sacerdotisa superiora da Pureza “Thaisis”, dela Is-ma-el aproximou-se, pois ela
era o seu segundo ser, seu complemento em espírito. Com seu invólucro
flamejante atraiu o espírito de Is-ma-el poderosamente para a matéria.
A
escola do Templo da Pureza era o ponto de apoio principal da feminilidade em
Thyatira.
Is-ma-el
também fora envolto pelas irradiações flamejantes, as quais irrompiam dele em
incandescência, na forte atividade de pressão da vida, tão logo estivesse numa
determinada proximidade de irradiação de uma ponte enteal que se encontrasse na
mesma condição. Aconteceu num mergulhar, um flamejar e apesar disso, subsistir,
um deixar-se envolver e um suave adormecer. (No Templo luminoso, por ocasião da
solenidade da encarnação junto às eleitas mulheres do templo).
A
mulher que deveria possibilitar-lhe a existência terrena era
Lydia, a cantora do Templo, a esposa de Theddeus.
Osman,
o supremo sacerdote, que mais tarde foi João, o discípulo predileto de Jesus.
Com
aplicação Elmisa dedicou-se à instrução de um sábio professor. Como primeiro
fundamento era considerado o afrouxamento e fortalecimento do corpo. Esses
exercícios valiam como ato de serviço a Deus. O exercício da respiração era ao
mesmo tempo um abrir-se para a oração. Bastante movimento na natureza também
estava prescrito ao aluno. Não era uma escola do êxtase, porém uma escola para
a vida e fortalecimento.
Domínio
do sentir e do pensar, e todas as manifestações que disso se originam, eram
ensinadas na escola aos jovens seres humanos, mas o domínio natural e correto,
que nada tem a ver com o sentir ou pensar reprimido, nem com a contração da
alma, pois em Thyatira não existia a mentira.
Ele
recebeu elevada instrução no dirigir das forças. Essa era a iniciação, que era
concedida somente a um convocado pela Luz, quando era realmente um perfeito.
Como os
seres humanos de Thyatira eram completamente ligados à Luz, a nutrição de seus
corpos era simples e leve. Eles saboreavam cada uma das menores substâncias,
aproveitando plenamente todo o seu valor. Finos e leves pães complementavam as
frutas, as quais constituíram a sua principal nutrição.
Quanto
mais Elmisa dava do orar puro, silencioso, falando e ensinando do amor pela
Luz, o qual ele trazia tão vivo em si, tanto mais forte o amor fluía para ele.
De cima sempre mais força do amor irradiava nele, o qual atuava irradiando para
fora dele.
Bem
breve foi a duração do silêncio, mas foi suficiente para inflamar o semblante
de Elmisa. Ele sentiu uma união com as correntes de força, para as quais ele
não encontrou palavras. Essa era a oração de Elmisa! Sua característica era
a humildade, apenas essa, pura e simples, permitiu que se abrissem
todos os finos caminhos do querer, até aquele limite no alto do qual lhe era
enviada elevada força.
“Quando
a pessoa vibra dentro das sagradas leis da vida, então não pode ficar sem amor.”
“Entre
ti e eu (Elmisa e Nabis) flui um feliz receber e dar, e as horas se tornam mais
ricas para nós, dia após dia.”
“Quanto
mais tu dás, tanto mais rico e humilde te tornas.”
“Talvez
eu (Elmisa) não venha mais a vê-la (Thaisis) aqui na matéria, mas na eternidade
nós seremos um!” O jovem não sabia que nessa hora ele havia reconhecido o seu
eu.
Ele viu
diversos mundos espessos, em bem diversa força de luminosidade e movimento, de
imensuráveis redemoinhos, impulsionados ou conduzidos no cosmos, em parte
arremessados para fora de sua órbita e novamente atraídos por outras grandes
estrelas.
Cada
uma das estrelas tem um ritmo, um tom, um acorde e uma melodia que lhe é
própria.
Que uma
folha se abria após a outra no sagrado tecer da Criação ele o percebeu na
oração. Ele tornou-se cada vez mais silencioso. Seu semblante começou a
irradiar um brilho que brotou de dentro, do espírito, o qual iluminou o
invólucro material.
A
Palavra Sagrada falou para ele, a vontade do Senhor, o Espírito Santo. Para
Elmisa essa vivência foi um abalo, ele caiu de joelhos e adorou.
Ele
sabia que com essa grande agitação dos elementos havia começado uma nova etapa
de vida. Ele avançou consciente para a luta com a natureza,
a qual ele tinha que aprender a conhecer para fortalecer-se na resistência.
O ser humano nunca deve transferir as suas
interpretações terrenas para materialidades de espécie diferente. Elmisa
exercitou-se para que o espírito falasse através dele. Agora ele tinha toda a
comprovação de que seria compreendido.
Trecho extraído da obra IS-MA-EL (em manuscrito):