quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Lembranças do Graal XV







Lembranças das minhas vivências do Graal

A Época de Tutzing


Out/ 1926 a Fev/1928

por Elisabeth Gecks

(continuação)

Abdrushin precisava dedicar-se totalmente em dar a Mensagem aos seres humanos, que começavam a procurá-lo. Frau Maria dedicava-se exclusivamente a pessoas doentes. Digo também o primeiro círculo de aprendizes podia vir semanalmente até ele; ele lia e discutia de acordo com a sequência, do novo que havia escrito. Que vivência era isto para nós! O Senhor nos chamava de “noviços” e falava da “ordem do Graal”, que deveria surgir. Nós podíamos perguntar aquilo que nos movimentava; podíamos perguntar tudo. Abdrushin dizia que ele também queria reconhecer através de nós e nossas perguntas e assimilação, o que os seres humanos precisavam e como eles poderiam assimilar sua Palavra. Ele falou pela primeira vez do seu nome espiritual “Abdrushin”, do servir ao Graal e ser convocado. Ele também disse que isso exigia um humanismo puro, mas não era necessário nenhum monastério.
Antes do meu tempo Abdrushin havia dado uma vez o mandamento, que as pessoas não deveriam dar-se as mãos ao se cumprimentarem. A troca de irradiações aí seria muitas vezes bem inadequada. Na verdade, também podemos ser receptores nos casos especiais, que nos são concedidos. – Como, porém, os seres humanos, no desconhecimento das leis da Criação, em geral, não compreendiam e para pessoas estranhas isso havia se tornado muitas vezes um obstáculo; ele suspendeu novamente esta determinação.
Era-me permitido ir toda semana uma tarde e uma noite ao lar, ao mesmo tempo não hospitaleiro. Também meu marido era às vezes convidado e se comportava cheio de veneração para com o Senhor e a Senhora Bernhardt; ele também se ocupava com a Mensagem, mesmo ainda ele não reconhecendo realmente Jesus; pois ele precisou de dois anos, até que superasse a si mesmo, e o Senhor nunca falava de si próprio. Ele esclarecia erros nas opiniões dos seres humanos e das igrejas, ampliava a visão. Ao meu marido ele transmitia anseio pela Luz, despertava o religioso através de sua Palavra e de seu ser. As pessoas eram atraídas por ele, assim como meu marido; todo o aspirar mais elevado era beneficiado ou também apenas despertado. Assim também no meu casamento surgira novamente uma alegre esperança. Na verdade, quando tínhamos que carregar algo, meu marido sempre pegava de mim aquilo que eu havia carregado, exatamente a partir da ponte, que passava naquela época sobre a linha férrea e a qual podia ser vista da sacada da casa do Senhor e da qual Abdrushin já procurava nos avistar. Isso me corroia então; eu intuía isso como ilegítimo. Como sempre o Senhor intuiu meu pensamento e o meu descontentamento e esclareceu-me, que eu não deveria me aborrecer com isso. O fato de meu marido querer parecer como outra pessoa diante Dele, poderia ser o início para ser realmente assim, como ele gostaria de deixar transparecer, contudo, eu não deveria sobrecarregá-lo com pensamentos de repulsa. Assim o pequeno acontecimento tornou-se uma vivência e um reconhecimento benéfico.      
O Senhor, Frau Maria e a senhorita Irmingard vinham com frequência para a cidade e também até nossa casa, quando não iam até a residência da família Luft na Rua Möhlstraße 25. O senhor Luft tinha grande admiração por ambos, contudo ele não se ocupava com a Mensagem e por isso não os reconhecia; ele gostava deles apenas como pessoas. Era sempre uma alegria quando ambos vinham com a senhorita Irmingard e nós podíamos preparar uma agradável refeição. O Senhor também não recusava um copo de vinho nobre, enquanto a senhorita irmingard ainda se alegrava totalmente como uma criança com o sorvete de baunilha. Sempre me tocou profundamente, com que alegria o Senhor aceitava tudo e como ele agradecia pela menor atenção, enquanto que nós é que tínhamos que agradecer. Quando eu, como “dona de casa” – como ele dizia –, era-me permitido sentar-me ao lado Dele à mesa, sempre me esteve profundamente consciente, exatamente devido a sua simplicidade e bondade no dar-se, quão elevado e distante ele se encontrava de nós e qual presente ele também nos dava por meio da existência humana singela. Ele vivia a lei do dar e receber diante de nós.

(continua)








Nenhum comentário:

Postar um comentário