Encontro com os seres da natureza
por Eduard Hosp Porto
(continuação)
Encontro com os Amigos dos Seres da Natureza:
Margot Ruis e Gerhard Kogoj - parte III (final)
Gralswelt: Provavelmente [devido ao
transtorno com esses aparelhos eletrônicos...] não se trata apenas por causa
desse tipo de ondas, mas também (isso importuna) por causa do conteúdo, que são
retransmitidos pelos nossos aparelhos de televisão?
Margot Ruis: Quando imaginamos,
que milhões de pessoas assistem a cada noite, terríveis filmes criminais na
televisão, com o que permitem que essa espécie de energia entre em suas casas,
pois se trata aí de vibrações que existem realmente, e as quais se somam às
secreções emocionais e mentais de toda a humanidade... e se considerarmos que
nós próprios atuamos de forma criadora, enviando pensamentos – nós, seres
humanos somos na verdade os mais fortes emissores –, então podemos entender,
quanto os seres da natureza sofrem sob as vibrações produzidas por nós. Sim,
eles sofrem – ou aqueles que podem afastam-se dos agrupamentos humanos; aqui
conosco na Europa central, para as altas montanhas, onde não existe nenhuma
grande densidade humana. Mas a “poeira” fina material, que surge por meio de
todas essas vibrações, encontra-se por toda parte, é o que me foi mostrado por
aquele elfo feminino.
Gralswelt: Isto significa que
os seres da natureza também sofrem por causa de nossos pensamentos?
Margot Ruis: Eles intuem a
espécie das vibrações, que partem de muitas pessoas – sobretudo aquelas como
inveja, cobiça, ódio, mesmo quando são emitidas de forma inconsciente, como um
contínuo barulho, que pode ser ouvido por toda a parte. Sem falar, é claro, das
guerras e dos preparativos guerreiros... Imaginem apenas, quais pensamentos se
encontram atrás da indústria bélica e o que ocorre aí na parte fino material,
que energia é liberada aí. Tudo isso reunido resulta em uma densidade, que,
como os seres da natureza dizem, envolve a Terra.
Gralswelt: Você tem a
impressão de que por meio de seu seminário é possível para muitas pessoas
aprenderem a ver os seres da natureza?
Margot Ruis: Há sempre bem
poucas pessoas que vêem realmente; vê-los parece ser o mais difícil. Mas há
diversas outras formas de se perceber os
entes da natureza, que são igualmente boas. Ninguém deveria se aferrar ao
querer ver, pois senão ele se bloqueia. Há outras formas de percepções! Podemos
sentir as vibrações dos seres da natureza, mesmo quando não o vemos. Podemos
sentir com nossos sentidos finos materiais de uma forma integral, sem que a
percepção fique restrita a um determinado órgão sensorial. Já conhecemos
pessoas que, por exemplo, já nos descreveram de forma bem precisa uma pequena
Ondina, sem que elas as tivessem visto. Um ponto essencial é sempre o silêncio,
o “ratatá”
dentro do cérebro tem de desaparecer, pois apenas no silêncio pode algo novo
encontrar entrada junto a nós. Quando estamos abarrotados com futilidades do
dia a dia, não há mais lugar. No silêncio, porém, abrem-se os sentidos mais
finos, tornamo-nos sensíveis. Naturalmente é difícil alcançarmos esse silêncio
interior, quando não estamos habituados. O silêncio exterior é mais fácil;
fechamos a boca, pois sabemos que isso tem de ser assim, mas interiormente, por
meio dos pensamentos, flui sempre adiante. Contudo, no decorrer do tempo
notamos que vai se tornando mais silencioso. Em nossos seminários as pessoas
também vivenciam isso. Quando elas saem por meia hora e vão à floresta, não
sendo obrigadas a ficar com o costumeiro “blábláblá”
com outras pessoas, mas ao contrário, quando notam: tu tens tempo para ti,
ficai totalmente sozinha, totalmente contigo – então isto é intuído de forma
mui agradável e elas procuram cada vez mais o silêncio, aprofundando-se na
sensibilização.
Gralswelt: Cada participante
em seus seminários também tem de construir para si próprio o seu contato para
com os entes da natureza?
Gerhard Kogoj: Nós cuidamos
para que todos procurem trabalhar de forma intensiva, individualmente, e há uma
preparação em conjunto, mas quando, por exemplo, vamos à floresta, cada um tem
que sentir, ele próprio, a qual árvore se sente atraído. Com isso podem surgir
relações bem fortes entre seres da natureza e os seres humanos. Muitos
participantes relatam de profundas vivências e podem relatar
pormenorizadamente, tudo o que lhes fora dito, mesmo quando é o seu primeiro
contato. Outros, por sua vez, ficam tão profundamente tocados que ficam
incomunicáveis por certo tempo, pois vivenciam uma forma intensiva de relação,
a qual do contrário não experimentam, se junto aos seres humanos de forma
alguma.
Margot Ruis: Nossa intenção
essencial é apoiar as pessoas para que desenvolvam suas próprias intuições e
aprendam a confiar nelas. Pois isto é a única coisa que possibilita ao ser
humano, no seu dia a dia a continuar a cultivar o relacionamento com os seres
da natureza. Senão ele permanece sempre dependente de outros. Nós procuramos,
portanto, oferecer às pessoas uma base para iniciar, em acompanhá-las no primeiro
passo, mas sempre sob a pressuposição: Acredite em tua força intuitiva de
percepção, não a coloque sempre de novo em dúvida! A maioria das pessoas tem
primeiramente de superar uma grande carga de dúvidas; quando elas vêem algo,
acreditam ter apenas imaginado aquilo. Mas então se apresenta de fato, que elas
não imaginaram aquilo, mas sim que se encontra ali mesmo e que elas sentem de
forma correta. Seria tão belo se muitas pessoas pudessem cultivar uma relação
ativa, através da qual elas também receberiam algo, uma mensagem, uma
indicação, um conselho. Pois os seres
da natureza possuem grande sabedoria e estão dispostos a dividir com prazer o
seu saber conosco, se nós apenas prestarmos atenção neles. Isso poderia nos
auxiliar muito, mesmo – em nossa própria vida, em nosso desenvolvimento
espiritual, também em nossos problemas diários, em problemas de saúde e também
no relacionamento com a natureza. Nós poderíamos aprender tanto com eles!
Gralswelt: O que para vocês
dois e também para muitas outras pessoas é um vivenciar cotidiano – o contato
com os seres da natureza – não é levado a sério pela ciência. No geral isto é
considerado como algo inconsistente e esotérico. O que você acha desse
pensamento científico?
Margot Ruis: Já há muito
tempo se constatou na Física, que algo como a rígida matéria não existe na
realidade; só que isso, de modo estranho, não vem à mente das pessoas nem dos
cientistas até hoje. Estamos possuídos da ideia de que a matéria rígida é uma
existência real – contudo, na realidade as coisas não são assim como nossos
cinco sentidos percebem. Podemos imaginar o mundo como um único campo, no qual
existem locais com densidades maiores, que nós consideramos como uma realidade
física. Mas também existem dimensões, nas quais essa rigidez aparente não
existe. O mundo assim como nós o percebemos com os sentidos é uma construção de
nosso raciocínio – nesse reconhecimento não estão em contato apenas as ciências
e antigas doutrinas de sabedoria, mas até impera uma concordância geral. Só que
utilizam outro vocabulário.
Gralswelt: No futuro haverá
também palestras públicas realizadas por vocês?
Margot Ruis: Sim, mas em
menor quantidade! Nos últimos dez anos eu fiz muito nesse sentido – as mais
diversas coisas: espiritualidade oriental, filosofia, todo o possível –
trabalhei bastante, mas eu sinto que agora chegou o tempo para eu me retrair um
pouco. Eu desejo ingressar novamente mais no silêncio – então também se pode
dar novamente mais do que antes, quando se sente que em alguém há um progredir.
Gerhard Kogoj: Se só se sai
para outros lugares, então se começa a sair levemente de sua posição
espiritual. Por isso o retraimento é tão importante. Em nosso sítio, perto de
Viena e junto à floresta, não há nenhum telefone, nenhuma televisão...
Margot Ruis: (ri) Lá nós
estamos, por assim dizer, inacessíveis. –
Gralswelt: Tudo de bom para
vosso futuro trabalho e muitíssimo obrigado pela conversa!
conforme entrevista feita por:
Werner Hemer
(continua)
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