quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Lembrança do Juízo





Lembrança do Dia do Juízo

por Otto Ernst Fritsch


Descrevo aqui as Palavras do Senhor, infelizmente apenas de lembrança e por isso somente de acordo com o sentido, mas, segundo minha convicção, reproduzidas com grande fidelidade:


(continuação)


   Estávamos sentados juntos, em cima, na sala de trabalho do Senhor. O Senhor estava na lateral longa da mesa e eu na cabeceira. Como tantas vezes, o Senhor estava muito, muito triste. Ele via o falhar da humanidade inteira; Ele via o falhar do povo alemão, que deveria ser o portador principal da Mensagem do Graal, Ele via o total falhar dos 144.000 convocados, que, em sua maior parte nem mesmo chegou a vir e, por isso, nem puderam assumir a sua tarefa (dos 700 ou 800 portadores da Cruz da época, muitíssimos eram mornos; de uma força de convicção arrebatadora, vigorosa e inflamada não se podia sentir nada). Certa vez o Senhor disse na Montanha, numa dissertação que nunca foi publicada, mais ou menos o seguinte: “Dos muitos que deveriam ter vindo, só bem poucos chegaram. Dos poucos que chegaram, muitos foram novamente embora. Dos poucos que ficaram, todos, vistos pela Luz, não estariam prontos, são fracos e falhos. E desses poucos que ainda sobraram, muitos ainda irão tropeçar e partir. − A Luz guiou e conduziu tão cuidadosamente os 144.000 escolhidos, desde o assassinato de Cristo, de modo que nem um único deles poderia ter falhado. Eles foram rodeados e guiados no Aquém, sobre a Terra, e no Além por auxiliadores e ondas tão fortes e luminosas, de modo que todos poderiam estar prontos agora no Juízo. Mas nem um deles está pronto.
Vós prometestes outrora ao Meu Pai que queríeis auxiliar-me no final dos tempos, em meu servir ao Meu Pai. Esse foi o juramento que ardia em vossas almas e que também vos deveria ter capacitado a realizar coisas grandes e grandiosas agora na época final. Mas vós, todos sem exceção, sois seres humanos imaturos, inacabados e emaranhados em erros. Ao invés de me ajudardes na minha grande missão para a vitória da Luz, eu tive que descer mais baixo ainda nas trevas, para auxiliar-vos. Agora talvez vós tereis uma leve noção do porque tantas vezes me entristeço.” Mais ou menos com estas palavras o Senhor falou-nos. —
O Senhor estava sentado, portanto, na lateral da mesa, a mão esquerda mais ou menos no meio, a direita na extremidade da mesa: “Veja Sr. Fritsch, dentro deste espaço de tempo deveria acontecer o Juízo. E também acontece neste espaço de tempo! Mas, como a humanidade não absorveu a Luz, então tudo, nos acontecimentos exteriores, comprime-se num bem pequeno intervalo de tempo.”
Nisso, o Senhor moveu sua mão esquerda até que ela só estivesse a uma distância de aproximadamente 10 ou 12 cm da mão direita.
“O prazo final e o fim do Juízo estão determinados”. Com isso o Senhor fez um movimento cortante com a mão direita, de cima para baixo, na extremidade da mesa, “o fim não pode ser adiado nem por um dia, nem por uma hora”. E novamente o Senhor fez um movimento cortante de cima para baixo na extremidade da mesa. Ele repetiu: “Nem por um dia, nem por uma hora o Juízo pode ser adiado!” (De memória não posso mais afirmar se o Senhor também não disse adicionalmente “segundo”).
O Senhor mencionou também que a última fase do Juízo, ou seja, os acontecimentos finais, os efeitos bem grandes, iniciar-se-iam em um mês de março, ou seja, no tempo do carnaval e que só durariam poucos meses, mas que então a Terra estaria livre de todas as trevas, e depois a Luz poderia espalhar suas irradiações vitoriosamente por sobre toda a Terra. Aqui perguntei cheio de medo ao Senhor: “São meses espirituais ou terrenais?” O Senhor respondeu sorrindo: “Não, não, meses terrenos! Em meses espirituais mais nenhum ser humano vivenciaria o final”.
(Neste ponto, reporto-me à parte da Bíblia que diz que por causa de poucos justos os dias seriam encurtados).
“Pelo fato de que tudo se comprime num espaço de tempo bem curto, mais seres humanos irão se perder, seres humanos que não teriam necessidade de cair, se tudo tivesse se desenvolvido como previsto”.
Embora sempre partisse do Senhor uma enorme força, alegria, confiança e ânimo vivificante, ainda assim tive sempre de novo que vivenciar, oprimido, em minhas várias visitas a Kipsdorf, o quanto o Senhor ficava triste sobre o grande falhar. Certa vez o Senhor disse-me referente a isso:
“O mais terrível para mim é: gostaria de poder ajudar todos os seres humanos. Mas quando eles não aceitam o auxílio, então não posso ajudá-los. O ser humano deve fazer tudo sozinho, eu só posso conceder-lhe a força. —
Pela terrível falha da humanidade e de todos os convocados, tudo virá agora de forma diferente. Como será, nem eu sei, pois eu cumpro. Como agora a força irá se efetivar, isso também eu não posso ver em seus detalhes.”


(continua)


Extraído (em continuação) da Cópia de um manuscrito de Otto-Ernst Fritsch