segunda-feira, 20 de agosto de 2018

A Saudade Salvadora II






A saudade salvadora


por Abdrushin

(continuação)

Ela (a humanidade) já está dividida em dois grupos definidos. Um grupo compõe-se dos que foram por mim mencionados primeiro, cujas almas, perpassadas de saudade, aguardam inconscientemente algo, que elas mesmas ainda não podem definir, uma vez que a época para tanto ainda chegará.
O segundo grupo compõe-se dos que foram mencionados por último, que se encaminham para a ruína, a qual eles mesmos têm de preparar para si segundo a sacrossanta vontade de Deus. Pertencem a esse grupo também ainda todos aqueles que, por preguiça ou livre vontade, se irmanaram aos que afundam.
Este evento já constitui a divisão de toda a humanidade terrena em bodes e ovelhas, como outrora foi prometido!
A grande realização básica para o Juízo já está concluída, e os seres humanos nada disso pressentem! Vivem no torvelinho de suas imaginações, sonhando com a grandeza e importância de sua existência,... ao encontro do fim, que os despertará brevemente para a realidade, com isso para a responsabilidade por cada pensamento, cada palavra e cada ação!
Tudo isso é inimaginável para os seres humanos, porque eles supõem tudo em escala muito menor do que realmente se realiza, e, contudo, procuram dar-se muito mais valor do que na realidade têm.
Seria completamente inútil dar uma ampla imagem do futuro. Somente vos traz proveito se souberdes daquilo, que se processa agora, se reconhecerdes o presente e dele colherdes ricos frutos para o futuro!
Sede vigilantes, observai e examinai, sem que vós mesmos sucumbais nisso! E para isso dou-vos as explicações; pois cientes deveis poder vivenciar todas as transformações. Quem negligenciar isso não pressente a que lucro para si ele, com isso, renunciou.

Assimilai minhas palavras e olhai em vosso redor! Cairá então como que uma venda de vossos olhos.
A origem de tudo aquilo, que hoje mencionei, que deixa a separação surgir cada vez mais nítida à luz do dia, não é conhecida dos seres humanos, apesar de terem que vivenciar os próprios acontecimentos em si. Está também totalmente excluído que, de algum modo, possam defender-se das consequências ou que possam alterar algo nisso, a não ser que eles próprios se modifiquem! Unicamente isso poderia dar-lhes alívio, do contrário nada no mundo.
Todos estão sujeitos a esse fenômeno, seja oferecendo resistência, seja de modo solícito, e também vós, cada um individualmente. Estais entregues incondicionalmente a ele. Tudo isso, porém, é o início, que com espantosa velocidade se intensifica rumo ao fim. Rumo ao fim, que para muitos só poderá ser e será um fim com os maiores horrores, para poucos um fim, que traz a libertação espiritual de laços, que durante milênios oprimiam-nos como desgraça por eles mesmos forçada, que hoje têm de suportar.
A causa, porém, da saudade salvadora bem como do desenvolvimento até o limite exato do início da autodestruição, é a mesma força: a pressão da Luz proveniente da Luz primordial, a Sagrada Vontade emanada de Deus!
Esta se acha tão intensificada na grande era da transição da humanidade, que agora infiltra nos mundos, purificando e forçando tudo novamente à vibração uniforme das leis harmoniosas da Criação e abrange agora também esta Terra ainda como última obra, mantendo-a implacavelmente cingida, desencadeando no remate final aquilo, que nela já aconteceu, com isso, aniquilando ou também elevando, extinguindo, aquilo que não quer mais vibrar em suas leis imutáveis, vivificando, aquilo que procura adaptar-se de boa vontade.

O que vós, com base nessas explicações, vereis agora, para com isso amadurecer, são os primeiros efeitos terrenalmente visíveis da extraordinária pressão da Luz, jamais existente na Terra!
Brevemente e em sequência cada vez mais acelerada seguir-se-ão os outros efeitos, irresistivelmente, até que finalmente também vossa Terra esteja purificada de tudo quanto é errado e de tudo quanto não quis enquadrar-se nas leis de Deus, para dar preferência ao próprio querer e pensar.
Por ora, pode ser-vos útil saber somente aquilo, que vós mesmos sois capazes de observar e, por esse motivo, chamo vossa atenção para os acontecimentos atuais, fundamentais para o final do Juízo; pois separam todos os seres humanos naqueles que afundam e naqueles, que poderão ser salvos!
Inúmeros são os sinais que anunciam o começo do Juízo Final; contudo, os seres humanos passam apressadamente por eles, na suposição ou auto-ilusão de que tudo isso já aconteceu muitas vezes.
Esquecem, porém, de confrontar as contingências sob as quais isso ou aquilo já aconteceu anteriormente. Existem aí enormes diferenças, que não deverão passar despercebidas se se pretende julgar acertadamente.
Antes de tudo, o ser humano também não deve ser tão medroso, covarde ou superficial, para querer passar indiferente diante do atual, absolutamente surpreendente volume dos acontecimentos, quer se trate de catástrofes da natureza ou econômicas, homicídios e suicídios, confusões políticas, da luta pelo poder terreno entre Estados e igrejas, e tudo o mais.
Jamais se deu tudo isso simultaneamente em tão grande quantidade, como se dá hoje. Só isso já devia dar, a cada um que medite o indício de desencadeamentos mais acelerados, que se avolumam visivelmente, devia despertar o pressentimento de um colossal remate de círculo universal, através de um poder superior ao da vontade e da capacidade humana, e de uma retribuição ligada a isso.

O errado irá desaparecer nisso, apenas o bem permanece. O bem ou o errado nisso, mas não medido segundo o sentido humano, mas sim somente segundo o sentido de Deus!
Os seres humanos permanecem na ignorância de tudo por sua própria vontade! Por medo, por superficialidade e leviandade, ou também por presunção. Não em último lugar, nisso, encontra-se a preguiça espiritual. Até muitos dentre os que procuram a Luz não conseguem libertar-se inteiramente disso. Em minha última dissertação já me referi à preguiça espiritual, que até chega a tal ponto, que nem mesmo os intelectualmente sagazes querem realmente “pensar” sobre coisas, que não são focadas a seus ambiciosos objetivos terrenos!
Os seres humanos não querem compreender e somente reconhecerão tudo, quando o reconhecimento não tiver mais nenhuma utilidade para eles. Todos os apelos partidos da Luz para o despertar são, por isso, em vão.
Irrefletidamente, em tudo o que lhes é novo, os seres humanos fazem referência à advertência sobre falsos profetas na época da estada na Terra do legítimo grande Salvador proveniente da Luz, que simultaneamente desencadeia o Juízo.
Irrefletidamente, falam de tudo isso e nota-se aí o vazio e a imaturidade das almas, o desvalor de um tal espírito humano para o desenvolvimento progressivo, visto que sua preguiça desperdiçará qualquer possibilidade de ascensão e tão-só obstruirá o caminho para novas revelações, de maneira que o amor proveniente da Luz não poderá encontrar nenhuma entrada para a salvação.



(continua)



Dissertação nº 09 – do livro Ressonâncias II