Série: Enteais – entes da natureza
Encontro com os seres da natureza
por Eduard Hosp Porto
(continuação)
No Portal do Mundo Enteal - IV
Quem se conformou com o fato de
que tudo vive e, consequentemente, que tudo se acha formado, seja terrenalmente
visível ou não, a esse não será difícil imaginar que forças da natureza também
se acham formadas. A essas pertencem os gnomos, elfos, silfos, ondinas etc.,
seres da terra, do ar, do fogo, e da água, já vistos por muitos – antigamente
mais do que hoje. São influenciados pelas formas de pensamentos, com o que por
sua vez se originam muitos benefícios ou muitos males. E assim por diante. Uma
coisa se engrena na outra, como num conjunto de peças de um mecanismo
aperfeiçoado ao máximo primor.
Em meio a toda essa engrenagem se
encontra, porém, o ser humano! Aparelhado com todos os meios para determinar a
espécie da trama que deve resultar da sua atuação na Criação, manobrando o
conjunto das engrenagens em diversas direções. (Dissertação: “Formas de Pensamento”;
Na Luz da Verdade – de Abdrushin; edição 1931)
Não existe nenhuma dúvida que nós
seres humanos através da força de nossos pensamentos, desde há muito tempo,
impelimos o vivo “mecanismo da Criação” para uma direção predominantemente
destruidora – com o que também os seres da natureza sofrem muito com isso: “A
espécie das vibrações, da forma como parte atualmente de muitas pessoas,
sobretudo aquelas como a inveja, a cobiça, o ódio, os seres da natureza intuem
como um barulho contínuo que para eles pode ser ouvido sempre e por toda a
parte”, diz Margot Ruis que tomou conhecimento a tal respeito.
❝Eles
dizem que na atmosfera já surgiu até uma espécie de cinturão denso, que mantém
afastadas certas vibrações mais elevadas.”
Então ela conta a respeito de uma
vivência bem profunda, que ela teve no encontro com um *elfo feminino* na
Espanha. “Em uma região que segundo os meus conceitos era realmente uma
natureza intocada, esse elfo me disse quando eu admirava tudo isso: ‘Nos não
intuímos assim tu estás vendo.’ Então eu disse: ‘Como assim, aqui tudo é belo,
limpo.’ E ele disse: ‘Não, venha, eu vou te mostrar de que forma nós intuímos
isso!’ E então eu pude, de certa forma, ver com os olhos dele e tive de notar,
que esse céu, o qual havia parecido tão limpo, estava como que impregnado por
poeira e eu também sentia de tal forma, como se estivesse inalando essa poeira
e isso era muito desagradável. Essa _poeira_ fino-material surge através de
vibrações e formas de pensamento, que partem de nós seres humanos e isto está
por toda a parte!❞
Portanto, tanto mais importante
seria desenvolver uma nova consciência para os abrangentes efeitos do nosso
pensar e agir e redescobrir a convivência com os seres da natureza e o antigo
amor para com eles, o qual atualmente só surge no mundo das *lendas* (e aí
muitas vezes ainda de forma desfigurada e torcida). A esse respeito os entes da
natureza também se alegrariam, diz Margot Ruis: ❝Eles
desejam muito que nós consideremos e respeitemos as necessidades deles – e que
também procuremos ter um intercâmbio com eles preenchido de amor e respeito.❞
Mas como se deve dar isso, sem
que mal existam pessoas que os conseguem ver?
❝Sim,
sempre existem apenas bem poucas pessoas que os conseguem ver. Enxergar os entes da natureza parece ser o
mais difícil. Mas existem muitas outras maneiras de percebê-los, que são
identicamente boas. Ninguém deve aferrar ao querer ver, pois com isso ele cria
um bloqueio para si. Nós também podemos sentir as vibrações dos seres da
natureza, mesmo quando não os vemos. O essencial aí é sempre o silêncio. Apenas
nele é que se abrem os sentidos mais finos, tornando-se sensível. Contudo
alcançar esse silêncio interior é naturalmente difícil, quando não se está
acostumado com isso.❞
um conteúdo extraído da revista “Gralswelt”,
publicada em março de 2002.
(continua)
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