Lembranças das minhas vivências do Graal
por Elisabeth Gecks
Assim o Senhor proibiu
horrorizado tais coisas impossíveis, tais degradações. Ele disse irado:
“Ainda vai-se dizer: Imanuel
acabou de comer uma maçã. Será que não tendes consciência da santidade, do
significado desse nome?”
(continuação)
Em
“Faça-se a Luz” isso já deveria ter ficado claro a todos. No início da época da
Montanha eu já havia chamado Abdrushin de “Senhor”, isso era o mais natural
para mim. De repente essa denominação tornou-se comum. Ocorreu então que certas
pessoas falavam do “Rei”, o que fechava o caminho a muitos buscadores. Também
aqui paralelamente a Jesus. Tudo o que levava de tal forma a conceitos
terrenos, era-me doloroso em relação ao Senhor, que em sua essência não podia
absolutamente ser compreendido. Eu gostaria de dizer “pressentido”, pois que
ser humano pode compreender tal mistério divino? Antigamente, quando a
irradiação de Parsival desceu para o preparado corpo terreno de Oskar Ernst
Bernhardt, quando ele encontrou em 1920 Frau Maria e eles reconheceram que se
pertenciam e vivenciaram no Dia da Pomba o sentido de suas existências terrenas
e também nessa hora a ligação com Jesus de forma consciente no raio divino; aí
o nome Bernhardt não teve mais nenhum significado espiritualmente. Tudo o que
ele havia experimentado e vivenciado nesse tempo terreno de aprendizado, isso
apenas deveria servir-lhe para compreender os seres humanos, para, antes do
Juízo, ainda poder conduzi-los para fora de sua confusão, em direção ao caminho
para a Luz e também para estabelecer corretamente o reconhecimento da
existência terrena de Jesus. A época de preparação terrena, que procurando a si
mesmo e não conhecendo sua missão terrena, permitiu que entrasse em
complicações com estranhos, estava agora finalizada e assim também
espiritualmente seu nome terreno. Isso pessoas estranhas naturalmente não
conseguem compreender. Que tormentos lhe causaram a consciência, com que frequência
isso quase me despedaçou o coração, quando eu tomei conhecimento disso na
Montanha. Nos dias em que o Senhor especialmente sofria, eu ficava sempre
doente de dor, sem, porém, saber por que, até que o Senhor mesmo me esclareceu
a conexão, que meu amor por ele, meu reconhecimento causava esse sofrer junto
com ele, de modo que eu reagia assim, sem que me fosse falado a respeito. Assim
deve ter acontecido com os discípulos de Jesus em sua horrível dor pelo
sofrimento de seu Senhor. Aqui o caminho foi naturalmente outro. A missão de
ambos foi, de fato, totalmente outra. Jesus não necessitava ancorar em si a
ligação com o espiritual. Ele veio diretamente do divino e retornou diretamente
para sua origem, ancorando também para os seres humanos apenas a luz de seu
Amor sobre a Terra. Para a sua atuação ele não necessitava passar por confusões
sobre a Terra.
Como o Senhor havia então sofrido com a
consciência de que as trevas iriam aproveitar esse período de tempo contra ele,
a fim de confundir em sua proximidade as pessoas que procuravam pela “Luz da
Verdade” e aquelas que ainda não haviam vivenciado em si a convicção firme de
sua Mensagem e missão divina. O Senhor também me contou que ele, quando criança
e também como jovem, ainda havia visto o mundo de tal forma como ele devia ter
sido e não pressentia como ele realmente era, de modo que ele havia agido de
acordo com isso e confiado plenamente em todos. Assim ele também havia visto a
mulher como nobre feminilidade. A partir desta suposição também havia ocorrido
seu casamento bem jovem; ele teve então que retirar o reconhecimento de seu
erro. Contudo, então seu anseio e procura nunca o deixaram tornar-se
sedentário, o que certamente não deveria ocorrer, pois ele tinha que ser um
buscador, até que tivesse reconhecido em si sua finalidade terrena e estivesse
preparado para ela. Isto ele só me disse em Kipsdorf, onde ele falou com mais
frequência sobre sua infância e primeira juventude, em especial também quando
ele, em Bischofswerda, levou-me a locais especiais.
(continua)
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