Encontro com os seres da natureza
por Eduard Hosp Porto
(continuação)
Ver a natureza, Enxergar seus Entes - III
A
possibilidade de ver os entes da natureza surge quando são cumpridas condições
bem especiais:
Mediunidade
e Irradiação Sanguínea
Essas condições
encontram-se no sangue do ser humano, ou seja, em sua irradiação. Um fato bem
pouco conhecido é o de que a conexão entre o corpo e o espírito não se dá sem
mais nem menos. O espírito e os finos invólucros que o envolvem são muito
etéreos, para poder se ligar com o corpo físico bem mais denso. Faz-se
necessário um elemento de transição, que forma a ponte – este é o sangue. Para ser
bem específico: não se trata propriamente do sangue – já que este é igualmente
de espécie material –, mas de sua irradiação singular.
Assim como tudo,
também nosso sangue possui uma irradiação. Isto é, ele emite raios invisíveis
ao olho, cuja propriedade depende da composição do sangue. Essas irradiações do
sangue unem-se com as irradiações que, o espírito, envolvido por seus
invólucros mais finos, emite e juntas essas irradiações formam a ligação
necessária entre o espírito e o corpo. Eles encontram-se assim ligados um com o
outro como que por meio de uma ponte de irradiação.
Normalmente essa
ponte une o espírito com toda a funcionalidade do corpo físico, portanto também
com os olhos terrenos. Às vezes, porém, ocorre que, por meio da modificação
nessa ponte de irradiação, as percepções exteriores são tão fortemente
comprimidas a segundo plano, que o espírito temporariamente, não fica em
ligação com os olhos do corpo terreno, mas com os de um invólucro mais fino.
Disso advém então a especial capacidade de pessoas mediúnicas ou videntes de
verem algo, que fica oculto aos outros.
O fato de se
poder desenvolver uma irradiação sanguínea que permita ver os seres da
natureza, de forma relativamente fácil junto a pessoas que vivem elas mesmas
bem próximas à natureza, é evidente. Uma ponte de irradiação favorável
referente a isso, também existe muitas vezes junto a crianças pequenas. Mas
quando os pais ouvem algo a respeito de “pequenos homenzinhos” ou coisas
semelhantes, então eles geralmente pensam que seus filhos, influenciados por
lendas, só imaginam essas figuras para poder brincar com elas na imaginação.
Contudo, em uma
atenta observação poder-se-ia às vezes constatar, que a criança realmente vê
algo – por exemplo, quando irrompe de repente uma brincadeira em que estava
aprofundada e reage surpresa; ou quando fica profundamente decepcionada, porque
o “pequeno homenzinho” foi embora – tais crianças não falam, pois de “anões” do
livro de estórias! Geralmente as crianças também vêem gnomos de fato. Esses
entes são os mais densos de todos os seres da natureza. Eles se ocupam com tudo
o que se refere a terra, solo ou pedras e por isso podem ser mais facilmente
vistos pelos seres humanos.
A irradiação
sanguínea necessária para ver os entes da natureza também pode se mostrar
repentinamente em situações de grande perigo, condicionada por um forte
esgotamento físico ou abalo psíquico. O conhecido piloto Charles Lindbergh, que
fez em 1927 a primeira travessia do Oceano Atlântico sozinho em um vôo,
escreveu narrando como ele, esgotado pelo frio e pelas condições desfavoráveis
do tempo, lutava desesperadamente contra o sono e como ele, graças ao auxílio
de entes da natureza, conseguiu levar ainda assim seu avião ao objetivo final.
Existem também relatos semelhantes de outros pilotos ou de pessoas em situações
extremas como mineradores soterrados.
Interpretam-se
esses relatos geralmente como alucinações,
produzidas por esgotamento ou medo. A medicina define com esse conceito a visão
de coisas ou seres, que não podem ser realmente vistos de forma terrena. Tais
alucinações podem surgir, quando o cérebro ou o sistema nervoso encontram-se
fortemente abalados, como, por exemplo, por ocasião de febre elevada ou
ingestão de drogas. Esse tal estado anormal produz no campo visual do ser
humano o surgimento de manchas, ou seja, de formas coloridas. Essas manchas –
segundo a suposição científica – seriam interpretadas pela referida pessoa
erroneamente como um objeto ou ser.
Em nosso caso
temos que partir, porém, de outras conexões, que nos conduzam além do modo de
interpretação médica: o cansaço e as fortes emoções também levaram a uma
alteração da irradiação sanguínea, abrindo assim a possibilidade de ver algo em
um plano extraterreno da Criação como realmente existente. Tais visões, que
sempre transmitem também conteúdo e sentido, não podem ser por isso
simplesmente descartadas como alucinações, ao contrário, elas são o resultado de
circunstâncias especiais, as quais alteraram a irradiação do sangue.
O fato de que a
mediunidade não surge de forma permanente, mas sim apenas temporariamente – a
maior parte do tempo uma pessoa mediúnica vê de forma “totalmente normal” com
seus olhos terrenos –, esclarece também, porque muitas vezes se relata que os
entes da natureza tomariam “repentinamente” forma, ou seja, surgiriam no campo
visual. Talvez não se esperasse tal relato, por estarmos habituados que aquilo
que _vemos_ com os olhos terrenos está sempre diante de nós, ou seja,
encontra-se de forma totalmente concreta em nosso campo visual e não tem que
“surgir”. Contudo, essa descrição é algo totalmente normal para o enxergar com os olhos interiores, ela
corresponde ao esclarecimento sobre a alteração da irradiação sanguínea. Esta
demora um determinado tempo para se modificar. Assim um ente da natureza pode
se encontrar diante de uma pessoa, que normalmente pode vê-lo, mas que naquele
momento ainda não o vê, devido ao fato da irradiação sanguínea necessária para
isso ainda não ter atingido a correspondente modificação.
Quando essa
condição encontra-se cumprida, então a referida pessoa pode ver o ente da
natureza tomando forma (quando a alteração da irradiação sanguínea ocorre
lentamente) ou ela vê o ente repentinamente diante de si (quando o processo se
dá rapidamente). O fenômeno do surgimento não depende, portanto, apenas do ente
da natureza, mas, sobretudo das capacidades da pessoa.
A pergunta
central, que nos havíamos proposto no início – por que apenas algumas poucas
pessoas podem perceber visualmente os seres da natureza – está com isso
respondida: Fazem-se necessárias certas capacidades mediúnicas, que se coadunem
com uma especial irradiação do sangue.
Cada um pode ver
a natureza, contudo, os seus seres, temos de ser capazes de enxergar
– ou intuir a presença deles com outras “antenas”.
Christopher Vasey
(continua)
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