segunda-feira, 11 de março de 2019

Seres da Natureza XIX






Encontro com os seres da natureza

por Eduard Hosp Porto

(continuação)

Ver a natureza, Enxergar seus Entes - III

A possibilidade de ver os entes da natureza surge quando são cumpridas condições bem especiais:


Mediunidade e Irradiação Sanguínea


Essas condições encontram-se no sangue do ser humano, ou seja, em sua irradiação. Um fato bem pouco conhecido é o de que a conexão entre o corpo e o espírito não se dá sem mais nem menos. O espírito e os finos invólucros que o envolvem são muito etéreos, para poder se ligar com o corpo físico bem mais denso. Faz-se necessário um elemento de transição, que forma a ponte – este é o sangue. Para ser bem específico: não se trata propriamente do sangue – já que este é igualmente de espécie material –, mas de sua irradiação singular.
Assim como tudo, também nosso sangue possui uma irradiação. Isto é, ele emite raios invisíveis ao olho, cuja propriedade depende da composição do sangue. Essas irradiações do sangue unem-se com as irradiações que, o espírito, envolvido por seus invólucros mais finos, emite e juntas essas irradiações formam a ligação necessária entre o espírito e o corpo. Eles encontram-se assim ligados um com o outro como que por meio de uma ponte de irradiação.
Normalmente essa ponte une o espírito com toda a funcionalidade do corpo físico, portanto também com os olhos terrenos. Às vezes, porém, ocorre que, por meio da modificação nessa ponte de irradiação, as percepções exteriores são tão fortemente comprimidas a segundo plano, que o espírito temporariamente, não fica em ligação com os olhos do corpo terreno, mas com os de um invólucro mais fino. Disso advém então a especial capacidade de pessoas mediúnicas ou videntes de verem algo, que fica oculto aos outros.
O fato de se poder desenvolver uma irradiação sanguínea que permita ver os seres da natureza, de forma relativamente fácil junto a pessoas que vivem elas mesmas bem próximas à natureza, é evidente. Uma ponte de irradiação favorável referente a isso, também existe muitas vezes junto a crianças pequenas. Mas quando os pais ouvem algo a respeito de “pequenos homenzinhos” ou coisas semelhantes, então eles geralmente pensam que seus filhos, influenciados por lendas, só imaginam essas figuras para poder brincar com elas na imaginação.
Contudo, em uma atenta observação poder-se-ia às vezes constatar, que a criança realmente vê algo – por exemplo, quando irrompe de repente uma brincadeira em que estava aprofundada e reage surpresa; ou quando fica profundamente decepcionada, porque o “pequeno homenzinho” foi embora – tais crianças não falam, pois de “anões” do livro de estórias! Geralmente as crianças também vêem gnomos de fato. Esses entes são os mais densos de todos os seres da natureza. Eles se ocupam com tudo o que se refere a terra, solo ou pedras e por isso podem ser mais facilmente vistos pelos seres humanos. 
A irradiação sanguínea necessária para ver os entes da natureza também pode se mostrar repentinamente em situações de grande perigo, condicionada por um forte esgotamento físico ou abalo psíquico. O conhecido piloto Charles Lindbergh, que fez em 1927 a primeira travessia do Oceano Atlântico sozinho em um vôo, escreveu narrando como ele, esgotado pelo frio e pelas condições desfavoráveis do tempo, lutava desesperadamente contra o sono e como ele, graças ao auxílio de entes da natureza, conseguiu levar ainda assim seu avião ao objetivo final. Existem também relatos semelhantes de outros pilotos ou de pessoas em situações extremas como mineradores soterrados.
Interpretam-se esses relatos geralmente como alucinações, produzidas por esgotamento ou medo. A medicina define com esse conceito a visão de coisas ou seres, que não podem ser realmente vistos de forma terrena. Tais alucinações podem surgir, quando o cérebro ou o sistema nervoso encontram-se fortemente abalados, como, por exemplo, por ocasião de febre elevada ou ingestão de drogas. Esse tal estado anormal produz no campo visual do ser humano o surgimento de manchas, ou seja, de formas coloridas. Essas manchas – segundo a suposição científica – seriam interpretadas pela referida pessoa erroneamente como um objeto ou ser.
Em nosso caso temos que partir, porém, de outras conexões, que nos conduzam além do modo de interpretação médica: o cansaço e as fortes emoções também levaram a uma alteração da irradiação sanguínea, abrindo assim a possibilidade de ver algo em um plano extraterreno da Criação como realmente existente. Tais visões, que sempre transmitem também conteúdo e sentido, não podem ser por isso simplesmente descartadas como alucinações, ao contrário, elas são o resultado de circunstâncias especiais, as quais alteraram a irradiação do sangue.
O fato de que a mediunidade não surge de forma permanente, mas sim apenas temporariamente – a maior parte do tempo uma pessoa mediúnica vê de forma “totalmente normal” com seus olhos terrenos –, esclarece também, porque muitas vezes se relata que os entes da natureza tomariam “repentinamente” forma, ou seja, surgiriam no campo visual. Talvez não se esperasse tal relato, por estarmos habituados que aquilo que _vemos_ com os olhos terrenos está sempre diante de nós, ou seja, encontra-se de forma totalmente concreta em nosso campo visual e não tem que “surgir”. Contudo, essa descrição é algo totalmente normal para o enxergar com os olhos interiores, ela corresponde ao esclarecimento sobre a alteração da irradiação sanguínea. Esta demora um determinado tempo para se modificar. Assim um ente da natureza pode se encontrar diante de uma pessoa, que normalmente pode vê-lo, mas que naquele momento ainda não o vê, devido ao fato da irradiação sanguínea necessária para isso ainda não ter atingido a correspondente modificação.
Quando essa condição encontra-se cumprida, então a referida pessoa pode ver o ente da natureza tomando forma (quando a alteração da irradiação sanguínea ocorre lentamente) ou ela vê o ente repentinamente diante de si (quando o processo se dá rapidamente). O fenômeno do surgimento não depende, portanto, apenas do ente da natureza, mas, sobretudo das capacidades da pessoa.
A pergunta central, que nos havíamos proposto no início – por que apenas algumas poucas pessoas podem perceber visualmente os seres da natureza – está com isso respondida: Fazem-se necessárias certas capacidades mediúnicas, que se coadunem com uma especial irradiação do sangue.
Cada um pode ver a natureza, contudo, os seus seres, temos de ser capazes de enxergar – ou intuir a presença deles com outras “antenas”.  

Christopher Vasey
 
(continua)










Nenhum comentário:

Postar um comentário