Encontro com os seres da natureza
por Eduard Hosp Porto
(continuação)
Findhonr-Garten – No extremo norte da Escócia
Imagine primeiramente um deserto
de pedra e areia, cheio de uma graminha rala, então um homem sem conhecimento
de horticultura e jardinagem, ao qual você, leitor, lhe dá a incumbência de
fundar ali uma lavoura produtiva: O resultado teria de ser bem ruim, não acha?
Contudo,
exatamente de tais condições ruins surgiu Findhorngarten.
Sua história começou em 1902, há
exatamente 40 anos, e nesse intervalo atravessou o mundo.
Hoje, quatro décadas depois, o
local no estremo norte da Escócia é o resumo da cooperação entre ser humano e
ente da natureza, e ele se tornou como
meta de inúmeras pessoas, que estão a procura de respostas, as quais o
intelecto e o materialismo não podem dar.
Reinhardt
Wurzel fez uma visita a Findhorngarten
e relata sua história:
Um
Novembro de neve de 1962 trouxe uma modificação decisiva na vida do casal Peter
e Eileen Caddy, juntamente com seus três filhos – Christopher, Jonathan e David
– bem como uma auxiliar, Dorothy Maclean: a família mudou-se para um trailer na
baia de Findhorn, Morayshinre, Escócia. Uma mudança pouco comum de moradia,
pois antes os cinco haviam vivido em um hotel luxuoso de quatro estrelas –
Peter Caddy era um gerente bem sucedido lá. Contudo, então ocorreu uma condução
interior, que sua esposa vivenciara de maneira bem forte, levando a família a
iniciar algo totalmente novo – aquele local, aquele pequeno trailer, aquele fim
de mundo, os quais eles próprios procuraram para morar: o pequeno pedaço de
terra era uma península, rodeada pelo mar pelos três lados, exposta
continuamente às tempestades e que se situava à beira de uma duna de areia. A
vegetação consistia, sobretudo de uma espécie de cacto, de trevo e de uma
gramínea que nasce preferencialmente na areia.
Contudo
os Caddys sabiam que ali deveria ser construído algo – e assim eles puseram
mãos à obra, auxiliados por Dorothy.
Para
começar, eles construíram de um lado do trailer um cercado de madeira, para se
protegerem da areia. Dentro deste cercado surgiu um pequeno canteiro para
rabanete e salada, bem como um quadrado em cimentado, no qual eles podiam se
sentar ao sol sem serem incomodados, saborear o tempo e a tranquilidade e
também tomar juntos as refeições.
Naquela
época aquele grupo possuía apenas pouco dinheiro a disposição – com escassas 8
libras de seguro desemprego, que Peter Caddy recebia toda semana, não dava, na
verdade, para se fazer muita coisa. Mas por meio de uma feliz condução, os
materiais necessários para a construção estavam sempre à mão.
De
início tratava-se, sobretudo de composto orgânico, pois a terra fraca
necessitava de nutrientes: munidos com baldes e pás eles juntavam, com
consentimento do camponês do sítio vizinho, esterco de cavalo e buscavam grama
marinha junto à praia. Também restos de turfa e sobras de cevada de uma
indústria de conhaque próxima dali eram, por exemplo, valorizados como produtos
de adubação. Um vizinho doava cinzas que era útil contra insetos nocivos (os
quais ao contrário devorariam as plantas) e também como adubo, e a família
pioneira de Findhorn também empregava grama cortada de toda a redondeza. Muitas
vezes conseguiam adquirir coisas úteis em troca de trabalho pessoal – ou seja,
madeira e tela necessárias para se fazer um novo cercado, para proteger os
alimentos plantados de algumas possíveis lebres.
Aos
poucos a horta tomou forma. Já durante a primeira temporada de construção,
admiráveis resultados apresentaram-se: rabanetes, alfaces, cenouras, tomates –
as mais diversas espécies de verduras eram cultivadas e vários tipos de ervas
colhidos. Como isso era possível naquele local – e ainda mais nenhum dos
pioneiros possuindo experiência como isso?
Já
pouco tempo depois de terem sido iniciados os trabalhos com a horta, havia
ocorrido um contato bem especial: Fora Dorothy que, como primeira, descobrira
surpresa e que estabelecera contato com seres da natureza, podendo receber
deles conselhos práticos.
Isto
fora uma experiência incisiva, que fez com que todos os membros do grupo
aprendessem a confiar em seu trabalho em uma condução não habitual. Sempre
quando se faziam necessárias orientações profissionais Dorothy procurava entrar
em contato com o correspondente ente. E assim logo advinha auxílio, como por
exemplo, quando uma verdura transplantada parecia definhar e um ente da natureza
se expressou a respeito:
❝Nós não
podemos aprovar o transplante. Ele enfraquece as forças da planta. Para o ser
humano isso é cômodo. Para nós é difícil e enfraquece nossas energias. O método
da Natureza de produzir uma enorme quantidade de semente e deixar que somente
as mais fortes sobrevivam, garante o melhor para a planta. Seria melhor que os
seres humanos semeassem as sementes mais próximas do que necessitam e então
retirar aquelas em que se pode notar que as forças vitais são fracas. Eles auxiliam
então a Natureza e a Natureza por seu lado, irá produzir saúde para eles. ❞
Tais
conselhos que eles recebiam devido a muitos problemas relacionados com a horta,
eram imediatamente utilizados e as consequências foram colheitas
surpreendentemente abundantes.
(continua)
Muito importante isso, em épocas vindouras talvez tenhamos que recomeçar do zero novamente!
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