sexta-feira, 13 de julho de 2018

Minhas Vivências XI






Minhas Vivências em Vomperberg

por Helene Westphal


(continuação)

No dia seguinte, às 9 horas, o ponto de encontro foi na casa dos Eisenbeiß, deveríamos iniciar a viagem de volta. O senhor Schöneberger, que devia retornar conosco, não apareceu na hora marcada. Já eram nove e meia, e em resposta a um telefonema ele disse que ainda não podia vir, pois ainda havia pacientes na sala de espera. Então partimos sem o senhor Schöneberger. Esse fato desagradável não foi um bom presságio para este dia de viagem. Em Feldkirch, onde o Trígono queria visitar alguém, só pediram para que aguardassem. Passou um tempo relativamente curto e o Trígono voltou e deveríamos continuar a viagem. Mas, oh, a senhora Reckleben e o senhor Kurt Halseband haviam saído nesse meio tempo para comprar alguns presentes. Então tivemos primeiro que procurá-los. Felizmente logo os encontramos em uma loja, mas até que eles pagassem e recebessem seus pacotes, passou um bom tempo. Foi uma sorte, o fato de só um caminho conduzir ao Arlberg. Então saímos em disparada atrás do Trígono. Por longo tempo não conseguimos alcançá-los e só os encontramos pouco antes do desfiladeiro do Arlberg, sentados não longe da estrada, fazendo um piquenique. Sentamo-nos na proximidade e também comemos um pouco. O Trígono estava gélido e não falou uma palavra conosco. Então seguimos viagem em linha reta até Innsbruck. Contudo, também nessa viagem perdemos o carro do Trígono de vista – apesar da senhora Reckleben e eu termos prestado bastante atenção, porque os senhores choferes dirigiam em seu estilo, abruptos, em vez de delicadamente esperarem um pelo outro. Quando, então, descíamos a rua Theresienstraße em Innsbruck, o carro do Trígono já viera ao nosso encontro, mas ele estava vazio. O senhor Deubler simplesmente passou por nós e não sabíamos onde o Trígono estava. Refletimos, procuramos em um cinema por Eles, mas tudo fora em vão. De repente, algo me iluminou e disse: “Eu sei onde o Trígono está.” Eu fui com o senhor Laute ao hotel Theresia e lá, no jardim, estava o Trígono sentado. O senhor Laute retornou rapidamente para buscar a senhora Reckleben e eu fui muito feliz em direção à mesa do Trígono. Mas como Frau Maria estava brava. Eu ainda nunca a havia visto tão furiosa. “O que há convosco, por que não existe harmonia entre vós?” Foi neste sentido que Frau Maria censurou! O Senhor estava sentado ao lado e não disse nenhuma palavra. Eu fiquei calada angustiada, pois eu não podia dizer que os senhores não haviam se sintonizado um com o outro, mas sim cada um agira por si próprio, sem consideração. Pouco antes de Innsbruck então também o senhor Schöneberger havia nos alcançado, de modo que nos sentamos novamente juntos no jardim do hotel Maria Theresia para um café. Em seguida fomos a um cinema, contudo, estávamos muito abatidos pelo fato de Frau Maria estar tão brava conosco, enquanto o Senhor, em Sua grande bondade, não disse uma palavra. Enquanto estávamos no cinema, despencou uma forte tempestade lá fora, e quando estávamos novamente ao ar livre, tudo também estava esquecido pelo Trígono e Eles estavam bondosos como sempre. Assim terminou esta viagem.


continua)


Trecho do escrito Minhas Vivências em Vomperberg