segunda-feira, 18 de março de 2019

Seres da Natureza XX






Encontro com os seres da natureza

por Eduard Hosp Porto

(continuação)

Findhonr-Garten No extremo norte da Escócia

Imagine primeiramente um deserto de pedra e areia, cheio de uma graminha rala, então um homem sem conhecimento de horticultura e jardinagem, ao qual você, leitor, lhe dá a incumbência de fundar ali uma lavoura produtiva: O resultado teria de ser bem ruim, não acha?

Contudo, exatamente de tais condições ruins surgiu Findhorngarten.

Sua história começou em 1902, há exatamente 40 anos, e nesse intervalo atravessou o mundo.

Hoje, quatro décadas depois, o local no estremo norte da Escócia é o resumo da cooperação entre ser humano e ente da natureza, e ele  se tornou como meta de inúmeras pessoas, que estão a procura de respostas, as quais o intelecto e o materialismo não podem dar.

Reinhardt Wurzel fez uma visita a Findhorngarten e relata sua história:

Um Novembro de neve de 1962 trouxe uma modificação decisiva na vida do casal Peter e Eileen Caddy, juntamente com seus três filhos – Christopher, Jonathan e David – bem como uma auxiliar, Dorothy Maclean: a família mudou-se para um trailer na baia de Findhorn, Morayshinre, Escócia. Uma mudança pouco comum de moradia, pois antes os cinco haviam vivido em um hotel luxuoso de quatro estrelas – Peter Caddy era um gerente bem sucedido lá. Contudo, então ocorreu uma condução interior, que sua esposa vivenciara de maneira bem forte, levando a família a iniciar algo totalmente novo – aquele local, aquele pequeno trailer, aquele fim de mundo, os quais eles próprios procuraram para morar: o pequeno pedaço de terra era uma península, rodeada pelo mar pelos três lados, exposta continuamente às tempestades e que se situava à beira de uma duna de areia. A vegetação consistia, sobretudo de uma espécie de cacto, de trevo e de uma gramínea que nasce preferencialmente na areia.

Contudo os Caddys sabiam que ali deveria ser construído algo – e assim eles puseram mãos à obra, auxiliados por Dorothy.

Para começar, eles construíram de um lado do trailer um cercado de madeira, para se protegerem da areia. Dentro deste cercado surgiu um pequeno canteiro para rabanete e salada, bem como um quadrado em cimentado, no qual eles podiam se sentar ao sol sem serem incomodados, saborear o tempo e a tranquilidade e também tomar juntos as refeições.

Naquela época aquele grupo possuía apenas pouco dinheiro a disposição – com escassas 8 libras de seguro desemprego, que Peter Caddy recebia toda semana, não dava, na verdade, para se fazer muita coisa. Mas por meio de uma feliz condução, os materiais necessários para a construção estavam sempre à mão.

De início tratava-se, sobretudo de composto orgânico, pois a terra fraca necessitava de nutrientes: munidos com baldes e pás eles juntavam, com consentimento do camponês do sítio vizinho, esterco de cavalo e buscavam grama marinha junto à praia. Também restos de turfa e sobras de cevada de uma indústria de conhaque próxima dali eram, por exemplo, valorizados como produtos de adubação. Um vizinho doava cinzas que era útil contra insetos nocivos (os quais ao contrário devorariam as plantas) e também como adubo, e a família pioneira de Findhorn também empregava grama cortada de toda a redondeza. Muitas vezes conseguiam adquirir coisas úteis em troca de trabalho pessoal – ou seja, madeira e tela necessárias para se fazer um novo cercado, para proteger os alimentos plantados de algumas possíveis lebres.

Aos poucos a horta tomou forma. Já durante a primeira temporada de construção, admiráveis resultados apresentaram-se: rabanetes, alfaces, cenouras, tomates – as mais diversas espécies de verduras eram cultivadas e vários tipos de ervas colhidos. Como isso era possível naquele local – e ainda mais nenhum dos pioneiros possuindo experiência como isso?

Já pouco tempo depois de terem sido iniciados os trabalhos com a horta, havia ocorrido um contato bem especial: Fora Dorothy que, como primeira, descobrira surpresa e que estabelecera contato com seres da natureza, podendo receber deles conselhos práticos.

Isto fora uma experiência incisiva, que fez com que todos os membros do grupo aprendessem a confiar em seu trabalho em uma condução não habitual. Sempre quando se faziam necessárias orientações profissionais Dorothy procurava entrar em contato com o correspondente ente. E assim logo advinha auxílio, como por exemplo, quando uma verdura transplantada parecia definhar e um ente da natureza se expressou a respeito:

Nós não podemos aprovar o transplante. Ele enfraquece as forças da planta. Para o ser humano isso é cômodo. Para nós é difícil e enfraquece nossas energias. O método da Natureza de produzir uma enorme quantidade de semente e deixar que somente as mais fortes sobrevivam, garante o melhor para a planta. Seria melhor que os seres humanos semeassem as sementes mais próximas do que necessitam e então retirar aquelas em que se pode notar que as forças vitais são fracas. Eles auxiliam então a Natureza e a Natureza por seu lado, irá produzir saúde para eles.

Tais conselhos que eles recebiam devido a muitos problemas relacionados com a horta, eram imediatamente utilizados e as consequências foram colheitas surpreendentemente abundantes.

(continua)







Um comentário:

  1. Muito importante isso, em épocas vindouras talvez tenhamos que recomeçar do zero novamente!

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