terça-feira, 14 de novembro de 2017

IS-MA-EL VII






Leitura do trecho anterior

IS-MA-EL


Assim a criança Parsival aprendeu a vivenciar a sua Criação, assim ele fincou pé em todas as esferas, assim ele trouxe sua Palavra para os espíritos que acolheram com alegria o que ele ofereceu. Em cada esfera ele reinou no lugar mais alto e dali chegou até os espíritos. Em cada esfera ele despertou para si especialmente escolhidos através de seu chamado.
Enquanto Parsival vivia o sagrado cálice da força no Santo Graal, ele realizou ao mesmo tempo essa peregrinação através dos planos em sua onipresente força.
Com a imaginação do ser humano não é possível abranger semelhante acontecimento. O Rei dos reis peregrinou através de 7 planos essencialmente importantes. Até que o círculo luminoso de sua primeira missão novamente o conduziu de volta ao ponto de sua partida, para Patmos.
Como jovem aconteceu isso, e com isso havia terminado a primeira tarefa de Is-ma-el. Incontável era o grupo de espíritos atingidos pelo chamado para despertar, e eles desceram para os invólucros materiais altamente preparados a eles predeterminados.
Tal aconteceu após Lúcifer ter começado a sua missão no espiritual. Muitas vezes germes espirituais, estando inconscientes, saíram e se perderam, para, nas esferas mais baixas, no querer aspirante, lentamente desenvolver-se novamente para cima, e lutando com o peso das densidades.

Apenas poucos haviam partido e já haviam achado o retorno até o ponto de sua saída, porque eles, naquele tempo, ainda permaneceram totalmente puros e íntegros. Eles foram colocados novamente na matéria em dado momento, para cumprimento especial. Eram os escolhidos no espírito.
E a vontade de Deus repousava no receptáculo Parsival, após ele ter recebido a preparação para o seu cumprimento. Tudo o que ele criou partindo da vontade do Pai, isso ele reconheceu, e na sabedoria de seu atuar abrangeu caminhos com a vista, de modo que ele o regeu com a Sua ordem. O puro espírito-enteal em todas as formas lhe estava submisso, preenchido e conduzido de modo vivo por sua vontade.
Os sábios pais em Patmos estavam todos reunidos no círculo do querer servidor. Sobre eles apareceu o Espírito Santo.
“Uma etapa da Criação começou” assim falou a voz de Parsival para o espírito de Is-ma-el, “com aquele envio do portador da Luz do círculo das colunas do Pai (Lúcifer). Ele deve clarear a luz do intelecto nas partes mais distantes do Universo, na materialidade, e ele facilitar-lhes-á a difícil ascensão pelo reconhecimento.
Todas as criaturas são puras. Mas, quanto mais denso na matéria, tanto mais distante das forças primordiais da Luz, e tanto mais pesada atua a matéria em torno do espírito. Ele necessita da luta e pelo querer tem de alcançar a vitória!
Nada é bom ou mau, pois tudo na Criação se encontra puro na vontade de Deus.

O pensar do intelecto na luta com o que é mais espesso tem de ser protegido, elucidado e concedido pelo portador da Luz. Assim está na vontade de Deus! Superabundância de bênçãos para tudo o que foi criado pode ser a consequência!”
Ismael olhou para cima. Passou um minuto silencioso de leve intuição, no qual lhe surgiu preocupação. Ele conhecia a Palavra do Senhor. Por que falou ele: Superabundância pode ser a consequência?
Ismael aguardou no silêncio das alturas luminosas as demais palavras do Senhor. E que não era como se o Senhor continuasse com as palavras: “caso Lúcifer esteja certo no querer”.
Mas o Senhor não o pronunciou. Apesar disso Is-ma-el sentiu esta preocupação flutuando em seu espírito. De onde lhe veio a preocupação? Ele recebia resposta para cada uma de suas perguntas. E, todavia, ele estava preocupado!
O sentimento de Is-ma-el transformou-se em oração.
Durante o transcurso de milhões de anos na matéria, os dias eternos eram como horas para os preparados servos do Senhor. O amor da Mãe primordial conduziu o filho e inclinou-se em misericórdia para o criado protetor da Palavra. Palavras da eternidade marulharam das correntes de irradiação de Luz de seu vibrante espírito. “Primeiramente Parsival molda-se o aro dourado de seu poder durante a peregrinação através de seu reino. Sete pedras luminosas da força ardem de seu cumprimento. “Uma espada” ele será chamado, que conduz a justiça, reinando sobre todo o atuar do que foi criado! O que a Criação conclui na vontade do Pai, provoca sob o seu poder, a benção para todas as criaturas!”
E do flutuante mar de rosas da Luz recebeu Is-ma-el a imagem do Rei dos reis. No seu braço direito ele portava o luminoso aro, girando na eterna luz branca divina, com as 7 pedras de luz, claras como cristal.

Era o início da missão do Filho do Homem! E Is-ma-el orou, “Senhor, permita que eu Te sirva, fiel e verdadeiramente!”
Vibrantes soaram os coros dos sinos, os cânticos das correntes de cores da luminosa ilha para a honra de Deus. E o convocado do Senhor aguardava a sua tarefa.


Trecho extraído da obra IS-MA-EL (em manuscrito):