terça-feira, 12 de setembro de 2017

As Revelações de João XI







As Revelações de João

E vi novamente um grande trono claro e Aquele que sobre ele estava sentado, o Senhor e Juiz de todos os mundos. Diante de seu semblante luminoso, recuava aquilo que não podia subsistir no Juízo.
E vi como os espíritos humanos vinham para diante do trono do Juiz: grandes e pequenos, altos e baixos, todos eles tiveram que aparecer para receber a sua sentença.
E livros foram abertos e neles estavam registrados os pensamentos, palavras e ações de cada um, e cada um recebeu aquilo que ele mesmo preparou para si. A eterna Justiça não conhece nenhuma oscilação do ponteiro da balança!
Mas também foi trazido o Livro da Vida, no qual estão registrados os nomes dos servos do Todo-Poderoso.
E também tiveram que comparecer diante do trono do Juiz todos aqueles, cujos espíritos já se encontravam no sono da morte, mesmo que seus corpos ainda estivessem ativos. E eles foram entregues à morte eterna. De todos os planos vinham figuras espirituais, das alturas e das regiões das trevas. Todos receberam a recompensa que eles mesmos conquistaram.
Mas aquele, cujo nome não estava registrado no Livro da Vida, era jogado para a decomposição, para que deixasse de existir para todos os tempos. Esta é a morte espiritual, que é pior do que a morte terrena.
Depois disso vi um novo céu e uma nova Terra, pois todo o antigo havia passado, tudo tinha se tornado novo. Purificada estava a Criação posterior de todas as trevas e de toda a maldição do pecado.
E eu, João, que vos relato tudo isso, vi a cidade sagrada de Deus, a nova Jerusalém, surgir de acordo com o modelo daquilo que se encontra no céu. Bela e maravilhosamente ornamentada estava ela para receber o eterno Filho de Deus, nosso Senhor.

Aquele que estava sentado no trono chamou com voz alegre:

Veja, a morada de Deus entre os homens! Ele, o Filho do Homem, o Filho do Deus eterno, irá morar com eles. Eles serão seu povo e ele mesmo, Imanuel, será o seu Deus e Rei.
Bem-aventurado será o povo! Todas as lágrimas secarão, a morte não terá mais pavor, mas abrir-lhes-á a porta para os reinos da Luz. Sofrimento e aflição e dor não terão mais morada entre eles, pois tudo se tornou novo. O que era velho passou!”
E novamente falou Aquele que estava sentado no trono:
“João, escreve o que te ordeno. Todas essas palavras são verdadeiras e certas.
Vê, eu torno tudo novo! Agora tudo está consumado. Eu Sou de eternidade a eternidade, o começo e o fim. Em Mim se fecham todos os acontecimentos.
Darei ao sedento gratuitamente do poço da água viva. Eles poderão beber e ter abundância.
Quem se supera, herdará tudo, Eu serei seu Deus e Rei e ele será meu servo.
Mas quem desanima e é de pouca fé e não me reconheceu, quem estiver no pecado e pratica crimes, o seu quinhão será o tormento da condenação, da decomposição. Isso é o pior, a morte espiritual!”
Aproximou-se então de mim um dos sete anjos que haviam derramado as taças da ira divina e do Juízo sobre o mundo. Ele falou para mim:

“Vem e vê o que quero te mostrar!”

E em espírito levou-me para uma alta montanha e mostrou-me a nova cidade, a Nova Jerusalém, que Deus havia mandado construir de acordo com o modelo do alto.
A cidade estava completamente perpassada pela magnificência divina. Os raios que dela partiam assemelhavam-se ao brilho das pedras mais preciosas e como que de jaspe claro.
Em volta da cidade, havia um muro alto e grande que tinha doze portões. Nos portões, vigiavam doze anjos e sobre os portões estavam escritos os nomes dos escolhidos do Senhor. Para cada direção celeste conduziam três portões.
Entre estes, situavam-se doze superfícies, sobre as quais estavam escritos os nomes dos discípulos de Jesus.
O anjo que comigo falava, tinha uma vara de medir, para que pudesse me mostrar o quanto era grande a cidade sagrada. Seu comprimento, sua largura e altura eram exatamente iguais. Quadrangularmente fora ela construída. *(A cidade sagrada é um cumprimento em alturas luminosas, não sobre a Terra.)
Seus muros eram unidos com jaspe, mas eles mesmos eram de ouro puro, que parecia fino e transparente como vidro. As superfícies dos muros estavam ornamentadas com pedras preciosas: com jaspe, safira, calcedônia, esmeralda, sárdio, carneol, crisólito, berílio, topázio, crisópraso, jacinto e ametista.

Os doze portais eram pérolas e as ruas da cidade eram de ouro puro.
E olhei em volta, mas não encontrei nenhum templo na cidade, pois toda a cidade é um templo de Deus, pois o seu Rei, o próprio Deus eterno, habita nela.
Ela também não precisa mais da luz do sol e da lua para ter santidade, pois a magnificência de Deus a ilumina.
“Todos os que podem chegar até ela, caminham na mesma Luz de Deus, que do alto penetra em suas almas. Os reis da Terra deixarão de lado suas coroas e irão entrar na cidade para adorar a Deus.
Jamais os portões da cidade estarão fechados, pois nada de mau ou de pecador poderá aproximar-se dela. Somente aqueles, cujos nomes estão escritos no Livro da Vida, poderão entrar e sair dela. Alegria pura preencherá todas as almas, pois o seu Rei está com elas.”



Extraído do livro: Chamados da Criação Primordial (Rufe aus der Urschopfung - 1935):