quinta-feira, 19 de julho de 2018

Lembrando o Valor da Arte







Lembrando: o Valor da Arte

por Otto Ernst Fritsch

Descrevo aqui as Palavras do Senhor, infelizmente apenas de lembrança e por isso somente de acordo com o sentido, mas, segundo minha convicção, reproduzidas com grande fidelidade:

(continuação)


     Pude fazer muitas perguntas ao Senhor durante o período de dez anos, contudo, sempre me esforcei em não fazer estas perguntas levianamente, mas só chegar até Ele depois de ter procurado seriamente por mim mesmo, num esforço interior, por uma solução e esclarecimento. 
    
    Um dia perguntei: 

     Qual das artes é a maior?
    
     Eu achava na época que seria a pintura, a poesia ou a música e disse: 
   “De acordo com minha convicção é a música, pois pelo que sei, é ela quem mais abre aos seres humanos o portal para o alto”. 
    Então o Senhor sorriu bondosamente e disse: 
   “Sim, a vaidade dos músicos sempre crê nisso, mas não é assim, pois a maior arte é a palavra, a dramaturgia. Somente poucas pessoas chegam a isso. Pense bem, quantos músicos existem, quantos compositores e quantos pintores, mas quão poucos poetas e dramaturgos realmente grandes, e é também muito difícil de chegar até ali. Somente uma pessoa que se esvaziou completamente de suas palavras, cujo todo seu eu se tornou completamente vazio (nota: isso naturalmente se refere ao falso eu), somente esta pessoa está madura para receber humildemente a palavra. 
    A palavra, a arte dramática abala o ser humano ainda mais do que a música. A palavra vibra e soa mais além. Ao passo que a música, depois que os sons tocaram, normalmente perde logo o efeito. 

    A palavra, ao contrário, possui uma força como o ser humano de hoje nem é capaz de imaginar.”


(continua)


Extraído (em continuação) da Cópia de um manuscrito de Otto-Ernst Fritsch