Lembrança de Como Seguir a Mensagem
por Otto Ernst Fritsch
Descrevo aqui as Palavras do Senhor, infelizmente apenas de lembrança e por isso somente de acordo com o sentido, mas, segundo minha convicção, reproduzidas com grande fidelidade:
(continuação)
③⑦ Foi em 1945 em Westerbuchberg:
Frau Maria disse-me: “Estou bem preocupada, o Sr. Karl Bergmann ainda não
voltou da Noruega. Espero que não lhe tenha acontecido nada.” Então eu respondi
sorrindo: “Nada pode acontecer a ele, ele voltará para casa com saúde, pois
está sob a proteção de DEUS”. Frau Maria respondeu: “Mas o senhor tem uma
grande fé em Deus...”
Com minha confiança em Deus muitas vezes pude ser um
grande auxílio para outras pessoas, especialmente na guerra e em épocas de
muitas dificuldades. Neste sentido, o Senhor
colocou-me várias vezes como exemplo a outros portadores da Cruz. Mas de forma
curiosa, por ser justamente aos portadores da Cruz, que muitas e muitas vezes,
fizeram-me recriminações, de que eu não teria suficiente confiança em Deus...
A causa dessa compreensão defeituosa ou, melhor dito,
deste mal-entendido, o Sr. von der Krone já me explicou em 1931, quando cheguei
à Montanha. Este apóstolo, incumbido pelo Senhor
como médico da alma e convocado para preparar animicamente os espíritos humanos
para a compreensão da Mensagem do Graal e para a compreensão do próximo,
disse-me: “De acordo com o seu horóscopo, o senhor terá muitas dificuldades com
seus semelhantes, pois estes não o compreendem. Sobretudo o senhor faz inimigos
por toda a parte, porque o senhor reconhece claramente a partir do ponto de
vista espiritual, o que está e o que não está errado. E é isso o que as pessoas
menos podem suportar”.
A confiança em Deus não se manifesta na aceitação
cega, passiva, de tudo o que vem como destino sobre o ser humano, mas sim se
comprova por meio de uma confiança e força, em situações muito difíceis, que
supera de forma ativa todos os empecilhos.
Se os portadores da Cruz tivessem tido mais confiança
em Deus na época do Senhor, isso
teria sido um apoio para o Filho do Homem que Lhe teria possibilitado continuar
a viver nesta Terra. Em relação a isso, faço referência à dissertação “A
Ferida”*de
Abdrushin, na edição antiga da Mensagem do Graal. As seguintes palavras do Senhor, que Ele me falou em Kipsdorf,
talvez possam explicar ainda melhor o que foi dito: “É terrível para mim saber
que muitas pessoas não vieram à Mensagem e ao Selamento por convicção, mas
muitos vieram pensando, por precaução, de que talvez pudesse tratar-se mesmo da
Verdade. Muitos vieram só porque a esposa “estava junto”. Mas eu só
posso utilizar-me de pessoas convictas, não de meros acompanhantes!”
Nesta correlação o Senhor também me disse que o principal
não é a “leitura”, mas a vivência. Existem pessoas fora da Mensagem que
absorvem as irradiações, a corrente de força da Luz que, portanto, não conhecem
a Mensagem, nem a leram, mas em seu íntimo absorvem o reconhecimento em si.
Estes se situam mais alto do que muitos portadores da Cruz. Uma vez fiz a
seguinte observação ao Senhor: “Acho que se fosse solicitado a todos os
portadores da Cruz que fizessem um trabalho escrito sobre a Mensagem,
ficaríamos horrorizados sobre quão pouco a maioria dos portadores da Cruz
realmente sabe da Mensagem”. O Senhor confirmou-me isso.
(continua)
Extraído (em continuação) da Cópia de um manuscrito de Otto-Ernst Fritsch