terça-feira, 11 de setembro de 2018

A Última Solenidade






Lembrança da Última Solenidade

por Otto Ernst Fritsch


Descrevo aqui as Palavras do Senhor, infelizmente apenas de lembrança e por isso somente de acordo com o sentido, mas, segundo minha convicção, reproduzidas com grande fidelidade:


(continuação)


    Abdrushin gostava de conversar com as pessoas sobre as questões que se referem à concepção do Universo, como também é relatado de Cristo em “Aus verklungenen Jahrtausenden” (De milênios passados) (conversas e diálogos entre Cristo e Marcos, entre Cristo e alguns gregos). Quando Abdrushin estava diante de uma pessoa que realmente estava preenchida de sincero anseio espiritual, então Ele se entusiasmava, ficava alegre e feliz, tão alegre como não se podia vê-Lo em outras situações.
Pouquíssimas pessoas conseguiam ficar alheias às influências que partiam do Senhor. Muitas vezes estes efeitos podiam, no caso de muitas pessoas que possuíam uma constituição correspondentemente dividida, agirem atraindo – pelo efeito inexplicável da forte atração –, mas, ao mesmo tempo, também podiam agir repelindo – pelo efeito de uma resistência interior em ceder a esta influência. Somente pessoas interiormente bem embotadas não conseguiam sentir nada. Eu mesmo percebia isso como uma enorme corrente e, por outro lado, também movimentado e agitado como um mar poderoso. O Senhor podia e tinha que nos transmitir de Sua abundância, mas quando as Suas possibilidades de atuação eram cortadas em sua maior parte ou até totalmente, quando Ele nada mais podia dar auxiliando ou presenteando, então isso, naturalmente, também não deixava de ter consequências sobre o seu corpo físico.
Esse foi o caso do período de 11 de março de 1938 até o desligamento terreno do Senhor em 6 de dezembro de 1941. Imagens são muito fracas para retratar os acontecimentos; as ondas de força que fluíam como correntes de água viva através do Senhor, comparáveis com as oriundas da corrente elétrica, e que se acumularam dentro Dele durante o período acima mencionado, por fim, elas literalmente o queimaram ou, melhor dito, queimaram o Seu corpo de matéria grosseira. Como o Senhor não se sentia bem, Ele foi a uma clínica (1940 ou 1941) em Dresden, onde se constatou que organicamente nada estava errado. Naquela clínica, muitos médicos, médicos-assistentes e enfermeiras estavam tão fortemente impressionados com o paciente Oskar Ernst Bernhardt que constantemente procuravam ficar perto Dele. O Senhor dava lá de mãos cheias; era visível como Ele revigorava e ficava extraordinariamente aliviado, o que atuava como um milagre sobre as pessoas, que antes estavam em Sua proximidade. Aqui o Senhor transmitiu muitas coisas sobre o mistério do sangue, o milagre do sangue, sobre a respiração, a alimentação, a água e a atuação das pessoas entre si.
De volta a Kipsdorf, a vida do Senhor foi dificultada novamente pela Gestapo e por inimizades de tal forma que, falando figuradamente, faltava-Lhe o ar para respirar. Principalmente as odiosidades dos círculos de ex-portadores da Cruz aumentava cada vez mais Nele o anseio pelas alturas. Como a força, por sua vez, não podia fluir, as estagnações tornaram-se, corporeamente, cada vez mais insuportáveis ao Senhor. Uma vez Ele pediu a Frau Maria e à Srta. Irmingard: “Dêem-me as vossas mãos!” Depois disso, o Senhor ficou visivelmente aliviado e disse: “Assim, agora está fluindo novamente!”
 O processo que, por fim, sem aparente influência externa e sem um quadro de doença orgânica trouxe a morte terrena do Senhor, também pode ser reproduzido por meio de um outro quadro: Quando uma chama não recebe mais alimento, ela apaga; quando um Enviado de Deus não é mais circundado e mantido pelas irradiações do anseio por pureza, pelas irradiações do querer puro, então, pela lei da gravidade, Ele é puxado de volta à Sua origem.
Mesmo que Abdrushin não tenha sido pregado na cruz ou assassinado de outra forma grosso-material pelos seres humanos, então, ainda assim, foi o ódio das trevas que O perseguia e aquelas pessoas que deram espaço para as trevas dentro de si, os seus verdadeiros assassinos; desta maneira, toda a humanidade deixou a Luz apagar-se devido à sua ligação com as trevas. O que agora virá sobre a humanidade, não é possível dizer. Certamente a Luz obterá a vitória na batalha final – mas isso talvez venha a tornar-se a vitória de “Phyrrus”, na qual toda a Terra será destruída pelo mau uso da energia atômica, e, depois disso, será que as influências escuras que partiram dela até agora não irão mais contaminar o Cosmo? A Terra sofreria então o mesmo destino do Planeta Mallona, que orbitava outrora no sistema solar. Neste sentido, devem ser compreendidas as palavras de Abdrushin dirigidas em primeira linha aos convocados:

“Se vós falhardes, cairá o mundo!”

A última palavra que Abdrushin dirigiu publicamente à humanidade foi na Solenidade da Estrela Radiante, em 29 de dezembro de 1937, a última solenidade sagrada do Filho do Homem sobre a Terra. No final desta Solenidade, o Senhor falou com semblante muito grave: 

Ide agora e vivenciai! Nada mais tenho para vos dizer!”


(continua)


Extraído (em continuação) da Cópia de um manuscrito de Otto-Ernst Fritsch





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