Visita ao Senhor em 1941
por
Susanne Schwartzkopff
Em
janeiro de 1941, pudemos visitar o Senhor em Kipsdorf, Erzgebirge, por um
pedido nosso. Nós não pressentimos naquela época que seria a última vez. Lá Ele
encontrou refúgio na casa de um servo dedicado a Ele, e Ele elogiou a casa e a
bela paisagem com suas inúmeras florestas. Lá Ele procurou a solidão e evitava
visitas. Mas podíamos ver que Ele continuava a formar no que diz respeito à
Obra, à Mensagem, que Ele não nos abandonara.
Com
uma indescritível bondade Ele nos recebeu, por toda uma tarde, levou-nos ao
seu escritório e falou como antigamente de seus planos. Mas Ele também falou:
“Diga
a todos que a Mensagem não deve ser agora passada adiante. Primeiro a
humanidade tem de passar por um sofrimento bem maior!”
E
na despedida Ele disse euforicamente: “Tão logo se eu quiser, a Colônia será
novamente minha!”
Essa
frase se cumpriu, só que diferentemente do que havíamos acreditado naquela
época. Poucos meses mais tarde, em Dezembro, o Senhor deixou a Terra, que o
tornara um “apátrida”, como Ele se denominara uma vez nesses anos. Sem proteção
terrena, exposto a novos ataques das trevas, Ele retornou para o Seu Reino.
Então, nenhum ódio, nenhuma hostilidade podiam mais alcançá-lo e, por isso,
estávamos profundamente agradecidos.
Mas
que profunda dor de alma, que tristeza e medo receoso residiam naquele dia do
sepultamento em Sua cidade natal, à qual Ele havia retornado, fechando assim o
círculo de Sua vida terrena! Como havíamos questionado e temido, se o Senhor
iria desistir de Sua Obra na humanidade!
Mas
quando tudo havia acabado e inúmeras flores cobriam a terra, onde o Senhor
havia sido posto, aí o céu, que até então estivera fortemente encoberto,
clareou-se, um brilho claro, como um portal, abriu-se, e uma leve esperança se
apossou novamente de nossos corações.
Susanne Schwarzkopff