Dos Mistérios da
Atuação de Deus
por um convocado
Introdução:
Em rica abundância, graças sobre
graças oriundas da Luz fluem para baixo, sobre a Terra, em uma época onde a ira
sagrada derrama-se purificando, a fim de aniquilar todas as trevas e, com isso,
libertar dos impedimentos aquilo que anseia sinceramente e em humildade pelas
puras alturas.
São retirados véus da grandeza do
acontecimento, oriundo de regiões que um espírito humano jamais pode alcançar
sem ter de se dissolver na pureza e no ardor, os quais lhe retiram a capacidade
da autoconsciência.
Por esse motivo apenas imagens disso são mostrados
às pessoas agraciadas. Imagens que elas podem suportar e assimilar, sem terem
de dissolver.
As graças só serão derramadas para
aqueles que se esforçarem sinceramente para ainda se libertar das algemas do
próprio auto-aprisionamento aqui na Terra e reconhecer a grandeza de Deus.
Permanecem apenas imagens fracas em
relação ao ímpeto real dos verdadeiros fenômenos, que são descritos aí. Os olhos
do espírito que as podem visionar ficam, porém, apesar disso, quase ofuscado
pelo brilho. Deve se tornar, na luta, um auxílio para o ser humano, auxílio
esse que pode deixar que ele reconheça o acontecimento na Criação de forma mais
fácil ao seu redor, já que ele só será capaz de realizar uma conclusão em sua
concepção, através da relação lógica com a origem eterna de tudo aquilo que foi
criado.
O véu abre-se e mostra a esfera divina inalcançável para a
criatura humana, esfera que sempre foi e sempre será eterna, sem começo, sem
fim, já que ela permanece sempre indissoluvelmente ligada a Deus, o Eterno. Ela
é e atua como a irradiação direta de Deus, a qual jamais pode se alterar.
Tudo é um todo, sempre atuante, que
não surgiu apenas um após o outro! Contudo, isso não pode ser desenrolado
diante dos olhos espirituais de um ser humano de forma diferente do que em imagens individuais, para que lhe seja possível visualizar
isso. E muitas, muitas coisas ainda são omitidas, para que a impressão não
ocasione confusão e, por fim, só apresente turvação e falta de clareza; pois
para o espírito humano são distâncias inapreensíveis que envolvem os fenômenos,
diante das quais, então, a Criação como pátria de todas as criaturas humanas,
permanece apenas como um anexo minusculamente insignificante. —
Cede o véu de o misterioso
tecer e atuar de até agora na irradiação imediata de Deus, e diante da visão
espiritual do ser humano que foi agraciado para isso, vai, pouco a pouco, tornando-se
claro: "Na proximidade de Deus".
Editora „Der Ruf“ G.m.b.H., Munique – 1934
(continua)