As Leis da Perfeição
por André Fischer
Em sua obra “Na Luz da
Verdade”, abdrushin diz:
“Deus é a Lei”
Como entender essa
declaração, senão como suprema confirmação da Perfeição? Aqui é necessário nos
elevarmos à concepção de que a Perfeição não é um atributo do Divinal, mas que
ela é: a essência da Inentealidade Divina!
A Perfeição faz que
aquilo que chamamos Deus, seja “Divino”.
Na estreiteza do
intelecto cerebral quisemos por mui longo tempo ver o Divino no poder de
modificar o curso das leis naturais através de um milagre. Assim foi
introduzido o conceito do “Deus-mágico”, origem da cisão entre a ciência, que
só se submete ao rigor das leis, e a religião, que não quer abandonar a visão
de um Deus que pratica a arbitrariedade.
Hoje, quando a humanidade
só pode se endireitar com o apoio de algo absolutamente real e holístico, que é
capaz de basear todo seu pensamento e comportamento é-lhe necessário aceitar
ver o Divino na Perfeição, a qual inclui a impossibilidade de Deus modificar
Suas próprias leis, sendo estas perfeitas desde o início. Toda lei saindo
da Perfeição só poderá ser idêntica à precedente.
A palavra “Perfeição”
deve, portanto, tornar-se a palavra-chave de todo idioma, a palavra-chave de
todo conhecimento, a palavra-chave de toda adoração.
Querer falar agora das
Leis da Perfeição é apenas uma tentativa de analisar o que não é analisável.
Mas a insuficiência de nossa capacidade de assimilação e de nossa língua
terrena só permite este artifício em vista da possibilidade de nos libertarmos
progressivamente das imagens falsas, antigas do Divino, e de aceder a uma visão
que, no degrau supremo de nossa humildade, honra a Deus! (André Fischer).
Pelo mesmo assunto assim
descreve a Sra. Elisabeth Gecks:
Assim, podia-se
reconhecer sempre tudo, qualquer que fosse a vivência com Abdrushin, com o
grande anseio de se tornar correta. Uma vez, isso foi mais tarde na Montanha,
eu me queixei ao Senhor:
Ah, quando nos tornaremos
finalmente perfeitos?
“Nunca” disse o Senhor em
resposta a isso e completou:
“Todo o esforçar-se é
infinito, tem que prosseguir sempre adiante, não há limite no desenvolvimento,
mesmo para o espírito puro, que pode ascender ao seu plano de origem, no assim
chamado Paraíso. Os planos são lá infinitos. Perfeição nesse sentido
ocasionaria o cessar do esforço e aí a parada. Parada, porém é retrocesso. Na
Luz tudo é movimento; Perfeição no sentido intencionado pela senhora não
existe, apenas um contínuo esforçar-se rumo as amplidões infinitas do reino
espiritual. Um espírito humano ‘perfeito’ é aquele que, em sua peregrinação
pela materialidade, tornou-se por fim, por meio de seu esforçar-se, tão purificado
e luminoso, que tudo o que é material pode soltar-se dele e ele pode então,
novamente como espírito que se tornou consciente, agora desenvolvido, por meio
de seu elevado esforço, ingressar no reino espiritual, que é eterno, para poder
então viver conscientemente lá, esforçar-se e atuar na vontade de Deus.
Mas também lá esforçar-se-á sempre adiante. Ao seu
desenvolvimento, nos planos de sua espécie, não é imposto nenhum limite, pois
esses planos espirituais também são infinitos em sua espécie.”
Trechos extraídos da
obra de André Fischer: A Magnificência das Leis Universais; e também em parte
conforme a biografia da Sra. Elisabeth Gecks.