Nome Promulgado de Realeza
por Charlotte Von Troeltsch e Susanne
Schwartzkopf
Sinopse de Fatos Transcorridos: Desde sua infância em busca do
Altíssimo, se dedicava o jovem Miang,
indo após se iniciar nesse rumo, se especializar como aluno de Fong, o
qual sendo inesperadamente um príncipe, na incumbência de retornar ao comando
de seu reino se afastara do ensino dele, mantendo, contudo suas ordens pertinentes
para a sua direção, pelas quais na tarefa de mensageiro, ele sempre realizava
viagens de riscos, em cuja uma delas, encontrou – na
expansão do saber por algum tempo – o
seu terceiro mestre (Huang); tendo em plena situação costumeira de peregrino
nas montanhas, se notificado com o alerta vindo do alto sobre sua única
referência, considerada familiar de sua vida...
Fong
após declarar Miang como seu sucessor fechou os olhos para sempre...
Miang,
então compareceu diante dos súditos e informou-os sobre o que Fong havia
determinado. Estes aclamavam o belo jovem, que se encontrava diante deles na
flor de sua força. “Eu quero ser um pai e um protetor para vós, como Fong o
era,” prometeu Miang, e uma voz pediu:
“Então
seja Miang-Fong
para nós! Que Fong continue vivo dentro de ti!”
A partir desse dia, o jovem chamar-se-ia Miang-Fong e o novo
nome lembrava-o sempre de seu velho professor, ao qual tanto tinha que
agradecer e cujo exemplo esforçava-se a seguir. Com sabedoria guiava a tribo a
ele confiada, fortificava o saber do Altíssimo, ensinava e instruía sem cessar
e, no entanto, sabia que tudo isso somente seria de curta duração.
Certo
dia alcançou-o uma mensagem do príncipe Hador. Miang-Fong recebeu os
mensageiros, que pediam uma audiência, em sua tenda. Expuseram-lhe um pedido do
príncipe Hador. Ele pediu proteção contra seus vizinhos, que novamente
empreendiam incursões predatórias em seu território, não deixando sua tribo
viver em paz.
Miang-Fong
ouvia pacientemente a queixa apresentada. Depois pediu aos mensageiros que aceitassem
a sua hospitalidade, pois devia primeiro pedir orientação do alto. Isso eles
compreenderam e retiraram-se. Em Miang-Fong, porém, os pensamentos começavam a
brotar. Poderosamente surgiu nele o saber de que o aguardavam missões maiores
do que conduzir a tribo amarela.
Também Hador poderia fazer isso, caso sua fé no Altíssimo esteja mantida e sua
força, no melhor de após anos, tiver sido aumentada. Disso, aliás, tinha que
certificar-se antes e, fervorosamente, rogou por ajuda e conselho. Então escutou
novamente a voz bem conhecida e, agora, já tão familiar, que lhe falou:
❝ Estás certo, Miang-Fong,
quando acreditas que o Altíssimo te reserva uma missão mais importante. O que
até agora passaste, foi tudo somente para te deixar amadurecer e crescer interiormente.
Um grande povo, entre as cordilheiras altíssimas, o aguarda como mensageiro
enviado por Deus, para que os liberte de sua grande desgraça. Pedidos
suplicantes elevam-se desse povo até o trono do Altíssimo e, misericordioso,
Ele lhes concederá ajuda, assim que a hora para isso estiver madura. Unifica a
tua tribo com a dos Waringis, confiando ao príncipe Hador a condução das duas
tribos que, futuramente, devem receber o nome em comum “povo das montanhas selvagens”.
A
proteção do Altíssimo estará com eles, desde que se deixem conduzir obedientes.
Tu, porém, prepara-te para, assim que isso esteja concluído, deixar esta região
para sempre. Deves dirigir-te até um povo estranho, cujo idioma ainda não
conheces, numa terra muito distante, ao encontro de um elevado servo do Altíssimo Deus, o qual te
ensinará e instruirá como conduzir um grande povo na força e na sabedoria do
Alto.❞
Miang-Fong
agradecido recebeu a notícia e reuniu no dia seguinte os mais velhos da tribo
para uma deliberação. Eles receberam a novidade com profunda seriedade, que lhes
trouxe tristeza no primeiro momento: pois deviam abrir mão de Miang-Fong, a
quem amavam e admiravam, entre todos. Mas não houve contestação. Os mensageiros
do príncipe Hador foram chamados e a resolução foi-lhes apresentada. Isso era
mais, muito mais do que eles haviam esperado. Com grande alegria receberam a
mensagem.
“Voltem
para a vossa tribo levando ao príncipe Hador a mensagem do Alto!” ordenou
Miang-Fong. “Ele deve, tão logo lhe seja possível, cavalgar até aqui, para que
eu possa entregar-lhe a tribo amarela.”
Passaram-se
somente algumas semanas, quando, de repente ao entardecer, chegou o príncipe
Hador com uma pequena comitiva, cumprimentando Miang-Fong com sincera alegria.
A resposta de Miang-Fong fora inesperada e, ainda agora, quase lhe parecia
inacreditável. A força e o poder das duas tribos juntas certamente manteriam
sob controle todos os assaltantes selvagens.
“Mudem
o domicílio para próximo de nós,” convidou-os Miang-Fong.
“Reunidos
somos fortes o suficiente contra qualquer ataque. Depois, porém, tome a
liderança dos que te foram confiados. O Altíssimo os confia a ti, exigindo
prestação de contas, sobre como procederás com eles.”
“O
que, porém, será de ti, meu amigo?” perguntou Hador, que ainda não conseguia
entender tudo.
“O
Altíssimo me chama para um povo estranho,” foi a resposta de Miang-Fong. Mais
ele não disse e Hador teve que se contentar com essa resposta.
Quando
tudo estava resolvido da melhor forma e Hador tinha assumido a condução das
tribos unidas, preparou-se Miang-Fong para a partida. Ele caminhou mais uma vez
até as fileiras de tendas, visitando alguns para lhes dar preciosas palavras
confortantes. Assim chegou também à tenda de Hisor, na qual outrora havia
iniciado a sua atuação como servo do Altíssimo. Ela era irreconhecível em
comparação com antigamente, pois onde antes havia sujeira e desordem, agora
tudo brilhava pela limpeza e uma mulher jovem trabalhava e lidava cheia de
alegria. Feliz e satisfeita era a aparência de Hisor e A-na crescera,
tornando-se uma linda moça. Miang-Fong ficou contente e desejou-lhes toda
felicidade também para o futuro.
Ele
tinha sensação dos seus em boas mãos. Em toda parte encontrou vida assídua,
movimentada, que tornava as pessoas alegres e a fé no Altíssimo que se tornara
óbvia para eles. Poderia partir sossegado. Mas Miang-Fong não pretendia
despedir-se festivamente de sua tribo. Queria partir silenciosamente, para não
despertar tristeza nos corações dos que ficavam para trás. Assim, somente Hador
sabia da hora da partida e, também a ele, Miang-Fong pediu que o deixasse
partir sem chamar a atenção das pessoas.
O
sol mal lançava seus primeiros raios sobre o horizonte, quando ele partiu,
acompanhado pela bênção do príncipe. No vilarejo de tendas todos ainda dormiam.
A alvorada tecia ainda seus véus cinzentos sobre arbustos e o vale. Uma vez
mais se voltou Miang-Fong, para depois partir com o ânimo confiante. Seu
caminho levava-o, dessa vez, para o sudoeste, ao encontro do distante e
desconhecido país. Seu coração batia mais forte quando se lembrava de que
deixava para trás, como uma vestimenta usada, tudo o que até então vivenciara.
Seu futuro estava incerto diante dele, desconhecido, coberto por véus.
Desnecessário
seria a descrição de seus passos. Aproximava-o do destino de sua aspiração, o
país da Pérsia, no qual o sábio Zoroaster, a alma de fogo, com todo ardor de
seu coração testemunhava o herói esperado, o Saoshyant. E ao seu lado atuava
Jadasa, a pura, que ensinava às mulheres a pureza e o correto servir.
Por
muito tempo Miang-Fong caminhou solitário. Para ele, o tempo passava
rapidamente. Nas noites vivenciava mais do que de dia, pois não era da vontade
do Altíssimo que no caminho ele fosse detido por pessoas com perguntas e
pedidos de ajuda. O que tinha que aprender em suas caminhadas – reconhecer a
múltipla miséria dos seres humanos, isto ele já tinha aprendido na sua última jornada.
Agora tinha que ser preparado para o novo, ao encontro do qual estava indo.
Quando, de noite, repousava em leito simples, muitas vezes sob céu aberto,
sobre relva ou feno, embaixo de arbustos ou numa caverna protetora, então
novamente passavam quadros e mais quadros diante de seu espírito. Especialmente
um, o qual o impressionara muito.
Ele
viu uma grande árvore com muitos galhos, nos quais se encontravam muitos
pássaros de diferentes plumagens. Uma luminosa mão espalhava grãos no chão
embaixo desta árvore. Aí vieram todos os pássaros e picavam os grãos. Um deles,
porém, tinha uma desconhecida plumagem, com seu aspecto diferente dos outros.
Mas ele também se aproximou e tomou dos grãos. A mão do semeador quis detê-lo,
mas uma voz disse:
“Deixa
picar também esse pássaro, também ele deve poder saciar-se. Assim é da vontade
de Deus.”
Miang-Fong
não entendia esse quadro, mas ele não pôde esquecê-lo e, quando já tinha
atravessado as montanhas protetoras da Pérsia, aproximando-se aos poucos da
capital, sentiu nesse país uma disposição bem ordenada, uma prosperidade sem
opulência, mas de seres humanos satisfeitos, como ainda nunca houvera encontrado
antes. Em toda parte via fisionomias alegres e vida ativa. Isso era agradável,
e ele se esforçava para se entender com os moradores do país; logo aprendendo aquela
palavra, que sempre voltava e que possuía um som mais claro que todas as
outras, e notava-se que a mesma fazia bater mais forte os corações quando era
pronunciada em todos os tons de veneração, alegria e gratidão, a palavra ”Zoroaster”!
Nas
praças das localidades encontrava as pessoas reunidas regularmente para
adoração a Deus. Silêncio e ordem reinavam em toda parte.
“Deveras,
um país abençoado” pensou Miang-Fong novamente e, involuntariamente, comparou-o
com as planícies férteis, nas quais os homens amarelados cultivavam o arroz, do
país rico, no qual, porém, os corações das pessoas eram tão pobres. Pois eles
não tinham um Zoroaster, essa era a diferença. Aí foi dado a Miang-Fong um novo
reconhecimento: quanta coisa magnífica um único espírito puro, pode realizar
quando a força do Altíssimo está com ele. Um povo inteiro podia ser
transformado com isso. Mais alegre ainda, continuou sua caminhada. Nas estradas
aumentava o número de pessoas a pé e o de veículos. Todos se dirigiam para a
capital, como se algo os chamasse para lá e Miang-Fong seguia essa
peregrinação.
Finalmente
chegou o momento em que Miang-Fong entrou nas ruas da maravilhosa cidade. Ele
não precisava perguntar pela moradia do Zoroaster. Em sonho lhe havia sido
mostrada a casa branca a qual devia procurar. E parecia-lhe um sonho quando se
encontrou diante de Zoroaster, apresentando-lhe seu pedido como aluno.
Zoroaster
havia reunido seus alunos ao seu redor, para instruí-los. Surpreso olhou para o
jovem forasteiro, que tinha aspecto totalmente diferente das pessoas de seu
país. Ele não pôde familiarizar-se com a fisionomia estranha e considerou certo
fingimento no jeito modesto de Miang-Fong.
Ele então recusou o seu pedido. Parecia-lhe
impossível aceitar um membro tão estranho na comunidade. Iria incomodá-lo, e
ele também não compreendia por que carecia de seu ensinamento esse forasteiro.
(continua)
Trecho extraído do livro: Miang
Fong, como relato sobre a vida do grande Portador da Verdade, que libertou
o Tibete das trevas.
NARRATIVAS
DESDE O INÍCIO PELO ÍNDICE (POR DATA)
No
próprio título encerram em síntese os acontecimentos anteriores:
O Menino e os Gigantes – 04/09/16
Os Gigantes Moram ao Lado – 16/09/16
Adeus
aos Gigantes – 23/09/16
O
Primeiro Mestre – 29/09/16
Pela Nova Busca... –
07/10/16
Servir o Altíssimo Como
Serviçal – 13/10/16
Decisão nas Alturas –
20/10/16
A Graça Vinda do Trabalho
– 26/10/16
No Momento certo se
esclarece – 03/11/16
Surpresa e Renovação
Imediata – 10/11/16
É Só Deixar-se Conduzir –
17/11/16
Quem Procura Encontra –
24/11/16
Graça Vinda do Altíssimo –
01/12/16
Servir Com Sensação de
Alegria – 08/12/16
Com a Bolsa Vazia –
15/12/16
Outro Caminho a Seguir –
22/12/16
Por Confiança no Senhor –
28/12/16
Do Tirano ao Paciente –
04/01/17
Superar Desafios de
Salvamento – 11/01/17
Um Auxílio Redentor –
18/01/17
O Alcance das Elevações –
25/01/17
Transição Inevitável – 01/02/17