Enviado Pelo Altíssimo
por
Charlotte Von Troeltsch e Susanne Schwartzkopf
Sinopse de Fatos Transcorridos: Desde criança na decisão de servir
o Altíssimo, o
jovem Miang, após instrução inicial, teve estudos com Fong, que
na condição de príncipe voltou a comandar seu reino, contudo, sem deixar de direcioná-lo,
o qual como mensageiro, sempre encontrava aventuras, em cuja uma delas,
conheceu seu terceiro mestre (Huang), com quem aprendeu a virtude e o domínio
do Silêncio. Em nova fase na vida herdou o reino do povo amarelo como
legado de Fong. Convicto de ser um servo do Altíssimo, já denominado Miang-Fong,
se afastara da Corte para se tornar um discípulo de Zoroaster, que após
concluir sua iniciação espiritual partiu, na missão providencial de libertar o Tibete
das Trevas...
“Levem-no
convosco!” ordenou a prisão de Miang-Fong aquele que era dado como o chefe, um
gigante com olhos oblíquos, nariz chato e expressão cruel no rosto.
Miang-Fong
tolerou tudo. Conduziram-no até um povoado, construído toscamente de pedras
cinzentas, de modo que as habitações pouco se diferenciavam do chão rochoso.
Com gritaria triunfante, Miang-Fong foi levado a uma espécie de praça e lá
amarrado num poste. A seguir, com tambores e apitos estridentes, os homens
chamaram os habitantes das casas que, contrariados, compareceram. Admirados ao
máximo, perceberam o forasteiro, que se encontrava tão corajoso entre os
selvagens. Algo assim nunca lhes havia ocorrido. Parecia como se os selvagens
ainda queriam deleitar-se na contemplação do prisioneiro, pois o gigante parou
diante de Miang-Fong e começou a interrogá-lo.
“Quem
és tu, e o que procuras aqui?”
Com
voz sonante respondeu Miang-Fong: “Eu sou o mensageiro do Altíssimo e vim para
ajudar aos oprimidos neste país.”
Quase
inacreditáveis soaram estas palavras, incompreensíveis e, mesmo assim, havia
algo nelas que chamou a atenção de todos. Os selvagens olharam para Miang-Fong
um tanto desnorteados, pois este não mostrava nenhum medo e nem queria
dobrar-se ao poder deles. O que deveriam fazer com ele? No entanto, não tinha
ele ameaçado de que queria libertar os oprimidos?
Subitamente,
o gigante irrompeu numa gargalhada feia: “Tu queres libertar os oprimidos?
Liberta-te primeiro a ti mesmo! Ainda te encontras em nosso poder.”
“Somente
pelo tempo que o meu Senhor, o Altíssimo, o permitir,” respondeu Miang-Fong sem
medo. “Nenhum momento mais.”
“Então,
vamos ver, quem é o mais forte, teu Senhor, do qual falas tão arrogantemente,
ou esta minha faca aqui!” gabou-se o gigante. Ele levantou sua faca curvada e
queria dar o golpe, quando um pequeno cão, que estava junto aos espectadores
regionais, correu por entre suas pernas, latindo alto. O gigante tropeçou e
caiu no chão. Nisso, a faca encravou-se profundamente no seu próprio peito. Um
grito fez se ouvir na multidão. Em Miang-Fong, porém, elevou-se fervoroso
agradecimento, pela visível ajuda de seu Senhor.
“Quem
agora ainda se atreve a duvidar que o Altíssimo proteja seus servos?” perguntou
Miang-Fong.
Cheios
de medo supersticioso olharam os sacerdotes magos para ele. Não tinham coragem
de levar o morto embora, até que Miang-Fong ordenou-lhes:
“Levem
esse aí embora e soltem as minhas amarras, para que possa anunciar-vos mais
sobre o meu Senhor.”
Como
se essas palavras quebrassem um encanto, alguns homens vieram correndo,
cortaram as cordas e afastaram-se dele novamente, com respeito. Miang-Fong,
porém, falou com eles, como se não tivesse acontecido nada de especial.
“Vós
agora o vivenciastes, ó homens, que não precisais ter medo quando o Altíssimo
vos protege. Mas vós ainda não O conheceis, por isso também não podeis pedir a
Sua ajuda. Eu, porém, O conheço, e Ele me envia até vós para que eu vos
auxilie.”
Esta
era outra nova, incompreensível para as pobres, amedrontadas pessoas. Existia
realmente um Ser elevado, que se apiedava delas?
“Então
eu não roguei em vão,” fez se ouvir uma voz, e um jovem franzino aproximou-se
com entusiasmo e chegou-se bem perto de Miang-Fong. “Sempre de novo roguei que
nos viesse auxílio em nossa angústia. Eu, no entanto, não sabia a quem devia
rogar, mas sempre acreditava que devia existir um Deus bom, e nele tinha
esperança.”
“Fizeste
bem, e Ele ouviu o teu pedido,” disse Miang-Fong amavelmente. “E agora todos
vós podeis ouvir Dele. Muito posso anunciar-vos Dele, antes de tudo, porém,
saibam que Ele não esquece ninguém que está em apuros e que Seus servos O
informam sobre cada um que se esforça para o bem.”
Já
essas poucas explicações eram tão avassaladoramente novas para essas pessoas –
que até agora sempre haviam sido mantidas sob medo de “deuses” ameaçadores,
irados, carrascos, ávidos por sangue e sacrifícios – que mal podiam acreditar
no que estavam ouvindo.
“Conte-nos
mais sobre o Deus bom,” pediram. “Onde Ele está? Ele nos vê? Podemos realmente
fazer pedidos?”
O
sofrimento suportado há tanto tempo havia deixado receptivas as pessoas, que
aqui se aglomeravam junto a Miang-Fong. Nem todos eram moradores do povoado.
Muitos continuavam tremendos diante do poder dos sacerdotes e afastaram-se
silenciosamente, para que não fossem vistos aqui. Eles acreditavam que os
sacerdotes podiam vê-los também de longe e eles receavam sua vingança. Min-fu,
no entanto, o jovem, que como primeiro ousara aproximar-se, escutava cheio de
felicidade as palavras de Miang-Fong e encorajava os demais a formular novas
perguntas.
“Não
podemos permanecer aqui, ó sábio,” disseram elas. “Venha para o nosso povoado e
conta-nos mais sobre o teu Senhor forte e bom.”
Novamente,
foi encontrado um povoado no qual Miang-Fong podia atuar e ele o fez cheio de
alegria. Min-fu não saiu do lado dele e, quando chegou o momento em que fora
chamado para espalhar a sua semeadura em outros corações, este o pediu:
“Deixa-me seguir contigo, ó grande mestre, para que não fiques sozinho em tua
difícil caminhada. Deixa-me ser o teu Tschila, teu aluno, que de ti aprende e
te auxilia a tornar as tuas caminhadas menos penosas.”
Satisfeito,
Miang-Fong concordou. Era o que ele esperava encontrar, alguém disposto a
apoiá-lo em sua grande obra.
Trecho extraído do livro: Miang
Fong, como relato sobre a vida do grande Portador da Verdade, que libertou
o Tibete das trevas.
NARRATIVAS
DESDE O INÍCIO PELO ÍNDICE (POR DATA)
No
próprio título encerram em síntese os acontecimentos anteriores:
O Menino e os Gigantes – 04/09/16
Os Gigantes Moram ao Lado – 16/09/16
Adeus
aos Gigantes – 23/09/16
O
Primeiro Mestre – 29/09/16
Pela Nova Busca... –
07/10/16
Servir o Altíssimo Como
Serviçal – 13/10/16
Decisão nas Alturas –
20/10/16
A Graça Vinda do Trabalho
– 26/10/16
No Momento certo se esclarece
– 03/11/16
Surpresa e Renovação
Imediata – 10/11/16
É Só Deixar-se Conduzir –
17/11/16
Quem Procura Encontra –
24/11/16
Graça Vinda do Altíssimo –
01/12/16
Servir Com Sensação de
Alegria – 08/12/16
Com a Bolsa Vazia –
15/12/16
Outro Caminho a Seguir –
22/12/16
Por Confiança no Senhor –
28/12/16
Do Tirano ao Paciente –
04/01/17
Superar Desafios de
Salvamento – 11/01/17
Um Auxílio Redentor –
18/01/17
O Alcance das Elevações –
25/01/17
Transição Inevitável –
01/02/17
Nome Promulgado de Realeza
– 08/02/17
Grãos Dourados de
Semeadura – 15/02/17
Pelo Poder da Coragem – 22/02/17