No Topo das Efetivações
por Charlotte Von Troeltsch e Susanne Schwartzkopf
Sinopse de Fatos Transcorridos: Desde criança na decisão de servir
o Altíssimo, o
jovem Miang, após instrução inicial, teve estudos com Fong, que
na condição de príncipe voltou a comandar seu reino, contudo, sem deixar de
direcioná-lo, o qual como mensageiro, sempre encontrava aventuras, em cuja uma
delas, conheceu seu terceiro mestre (Huang), com quem aprendeu a virtude e o
domínio do Silêncio. Em nova fase na vida herdou o reino do povo amarelo
como legado de Fong. Convicto de ser um servo do Altíssimo, já denominado Miang-Fong,
se afastara da Corte para se tornar um discípulo de Zoroaster, que após
concluir sua iniciação espiritual partiu, na missão providencial de libertar o
Tibete das Trevas, tendo após muito esforço concluído a construção do primeiro
mosteiro nessa região, onde mantém seus discípulos...
“Mestre,”
perguntou Su, “é-nos permitido retornar aos jardins eternos quando ficarmos
velhos e nosso invólucro terreno quebrar?
“Isso
dependerá de vós,” explicou Miang-Fong, pacientemente. “Quem, de noite, já
consegue ascender muito no caminho para os jardins eternos, os seus pés tornaram-se
leves e rápidos. Ele encontra o caminho e a pátria o atrai. Mas somente aquele
que tiver vencido o seu eu, terá seus pés tão leves e tão rápidos, que a Terra
não mais pode chamá-lo de volta e retê-lo.”
“Mas
como nós podemos vencer o nosso eu?” perguntou agora Lung, o mais vagaroso e
pensativo de seus alunos. Havia certa preocupação nessa pergunta.
Miang-Fong,
porém, sorriu: “Lung, para aprender isso, fomos todos conduzidos para o
Tao-schan aqui. Não é fácil aprender isso, mas quem o faz, já prova aqui na
Terra a felicidade bem-aventurada dos jardins celestiais. Quero dar-vos um
exemplo. Vós conheceis Min-ha, a jovem mulher que viu seu filho morrendo.
Também sabeis, como cuidava do filho dia e noite, como tudo fez, para mantê-lo
com vida. Nisso, ela esqueceu-se de si mesma, pensou somente no sofrimento do
filho e cuidou dele dia e noite e, com seu cuidado abnegado, conseguiu
salvá-lo. Ela se sentia feliz e em nenhum momento lembrou-se dos sacrifícios
prestados ao filho. Ela não teria compreendido se alguém a tivesse elogiado ou admirado.
Para ela era natural, ela tinha vencido o seu eu, por amor ao seu filho. Se vós
ajudardes a outrem assim como Min-ha ajudou seu filho, quando somente viveis
com o pensamento: o que eu posso fazer, para manter o outro com vida, então vós
esquecereis o vosso próprio eu, e nem vos ocorrerá ter desejos para vós
próprios.”
Assim e de modo semelhante ensinava o sábio e introduziu seus
alunos, cada dia mais profundamente, naquilo que eles deveriam saber e guardar
dentro de si, para poderem difundir luz, a luz da verdade, que ele tinha
acendido neles. Meses haviam passado. Chegou o dia em que
Miang-Fong pôde mudar-se com seus alunos para o novo prédio, mesmo que ainda não estivesse totalmente concluído. Os homens de Lao-tschang tinham ajudado diligentemente na construção do mosteiro. Eles próprios alegravam-se com o andamento dos trabalhos. Agora, quando o trabalho aproximava-se de seu final, muitos lamentavam o fato de, em breve, terem que deixar a montanha do Altíssimo. A vida em comum os agradava e sentiam por ter que deixá-la. Assim, alguns dos mais jovens pediram a Miang-Fong, que os aceitasse no grupo de seus alunos. Miang-Fong examinou-os e, onde encontrava sincero desejo por uma vida com mais sentido, por um saber aprofundado e o anseio de auxiliar aos outros, então ele consentia.
Miang-Fong pôde mudar-se com seus alunos para o novo prédio, mesmo que ainda não estivesse totalmente concluído. Os homens de Lao-tschang tinham ajudado diligentemente na construção do mosteiro. Eles próprios alegravam-se com o andamento dos trabalhos. Agora, quando o trabalho aproximava-se de seu final, muitos lamentavam o fato de, em breve, terem que deixar a montanha do Altíssimo. A vida em comum os agradava e sentiam por ter que deixá-la. Assim, alguns dos mais jovens pediram a Miang-Fong, que os aceitasse no grupo de seus alunos. Miang-Fong examinou-os e, onde encontrava sincero desejo por uma vida com mais sentido, por um saber aprofundado e o anseio de auxiliar aos outros, então ele consentia.
Assim,
em pouco tempo, multiplicou-se o número de moradores do mosteiro em três, até
quatro vezes, e Miang-Fong teve que dividí-los em grupos, de acordo com sua
igual espécie e maturidade espiritual. Já podendo elevar alguns de seus alunos
mais antigos para “auxiliadores”, que o assistiam na instrução dos “aprendizes”.
Tratava-se especialmente de Dak, o mais maduro de seus Tschilas, mas também Su
e Pao. Lung era muito vagaroso. Ele ainda devia continuar a assimilar e
aprofundar os ensinamentos no seu íntimo, e Min-fu pediu ao mestre, que também
doravante lhe confiasse os jardins. Com esse trabalho estava totalmente
ocupado. Ele educou, entre os mais jovens, um grupo de ajudantes solícitos, que
cuidavam da alimentação necessária dos moradores do mosteiro. Certo dia, uma
mensagem chegou até Miang Fong, de que num povoado distante, chamado
Kombodscha, também havia irrompida uma epidemia e que eles não sabiam como
ajudar-se. A notícia de sua ajuda milagrosa aos moradores de Lao-tschang havia
chegado até eles e, agora, pediam a ele que também os ajudasse. Eles estavam
confiantes de que ele seria o único que poderia ajudá-los.
Miang-Fong
consultou seu guia luminoso e recebeu a resposta que deveria partir e
dirigir-se ao Kombodscha. Isso resultaria em grande bênção para ele e
promoveria muito a causa do Altíssimo. Então, Miang-Fong escolheu alguns de
seus alunos para seguirem com ele. Entregou a Dak a direção do mosteiro na
montanha Tao-schan.
Os
mensageiros de Kombodscha conduziram-no, cheios de alegria, pelo caminho mais
curto até sua pátria tão atormentada. A situação, lá, era realmente grave. Uma
grande parte da população já havia morrido por causa da epidemia febril
semelhante à peste e, os até agora preservados, tremiam de medo e não arriscavam
deixar suas casas.
Miang-Fong
ia de casa em casa, consolava e encorajava e sua atitude sem medo deu novo
ânimo aos deprimidos. Parecia que somente a sua presença espalhava saúde e novo
ânimo. Depois que Miang-Fong se convenceu do que se tratava, começou a combater
vigorosamente a doença. Mandou erigir um tipo de cabana de proteção, na qual
mandou deitar todos os enfermos sobre leitos limpos. A seguir, todas as casas
deviam ser limpas minuciosamente, eliminando sujeira, às vezes de anos, e que
deveria ser queimada publicamente. Com isso, muitos germes da doença foram
destruídos. Depois, ordenou para todos os moradores lavagens, três vezes por
dia, com água fervida, à qual eram acrescentadas determinados sucos de plantas
com efeito curativo. Em suas caminhadas pelos arredores, ele havia pedido
auxílio aos pequenos servos do Altíssimo, e eles mostraram-lhe as ervas
singelas, as quais continham a ajuda contra o mal. Miang-Fong ordenou que
pessoas jovens, que não tinham sido infectadas, colhessem essas ervas em
quantidade suficiente e que as mulheres preparassem as poções medicinais.
Também os corpos dos enfermos eram lavados com essa poção três vezes por dia,
não sendo utilizados panos para as lavagens, mas sim fibras macias, que eram
depois queimadas.
Muitos
se restabeleceram aos poucos. Aqueles, que a epidemia tinha enfraquecido
demais, vieram a falecer, porém, não era mais uma morte dolorosa, mas lento
apagar da força viva. Os outros, que haviam seguido as instruções de
Miang-Fong, permaneceram com saúde e, depois de semanas, quando Miang-Fong já
estava aliviado, seu esforço foi ricamente recompensado. Os moradores de
Kombodscha agradeceram-lhe efusivamente, mas Miang-Fong rechaçou.
“Não
a mim compete o agradecimento. Agradeçei Àquele, que me ajudou a encontrar os
remédios certos, que ordenou aos Seus servos que me indicassem as curativas ervas.”
Admirados, os moradores de Kombodscha perguntaram: “Quem é aquele, de quem
falas? Nós não o conhecemos, e também não enxergamos ninguém que te ajuda!”
Então
Miang-Fong podia começar a instruí-los. Agora estavam dispostos a ouvir e
assimilar, pois o medo pela saúde de seus corpos não os afligia mais.
Miang-Fong mostrou-lhes que havia ainda mais outro sofrimento, que era muito
pior que o sofrimento do corpo – o da alma faminta. E eles começaram a
compreendê-lo.
Satisfeito
e alegre retornou o pequeno grupo à montanha do Altíssimo, onde encontraram
tudo na mais perfeita ordem. Todos trabalhavam ativamente na conclusão da obra
iniciada. Miang-Fong alegrou-se com a dedicação de seu pequeno grupo. Isso o
incentivava a dar a eles, por seu lado, tanto quanto eram capazes de assimilar.
A ele mesmo foi dado reconhecimento sobre reconhecimento nas horas silenciosas
de meditação. Tornou-se para ele uma necessidade de intercalar horas de
silêncio em sua rotina diária, e seus alunos seguiram seu exemplo. E eram essas
horas as que mais os presenteavam. Todos sentiam isso e, agradecidos, eles
acolheram essa nova revelação.
Aos
poucos, começou Miang-Fong a instituir uma rígida disciplina diária. Às horas
de estudo seguiam horas de silêncio. Os dias iniciavam e terminavam com uma
oração. Isto dava a cada dia uma consistência firme. No entanto, em silêncio,
Miang-Fong já trabalhava na futura estruturação da vida de mosteiro, que devia
tomar formas ainda muito mais rígidas. Os que aqui estudavam deveriam ser
retirados da humanidade. Isto se devia fazer sentir de todas as maneiras. Quem
era aceito como aluno no mosteiro do Altíssimo, dava sua vida a Ele, doravante
ele não mais pertencia a si mesmo. Uma ânsia só deveria
preenchê-lo: avançar para as fontes do verdadeiro saber, deixar-se preencher
completamente pela verdade, com o fim de levá-la até os outros. Pois Miang-Fong
educava seus alunos para serem auxiliares para o seu povo. Ele lhes mostrava o
precipício das trevas, que havia se aberto no país do Tibete. Deviam reconhecer
o perigo para todo o país que nisso se encontrava, de que a fé nos sacerdotes
magos com seu séquito de horrores, medo e opressão das almas, dominava grande
parte da população. Todos eles o haviam vivenciado com maior ou menor
intensidade, quase todos tinham a lamentar uma vítima entre seus parentes mais
próximos.
Miang-Fong,
porém, lhes ensinou que o Altíssimo é um Deus do amor, que por amor deu a vida
às Suas criaturas e que desejava que elas vivessem a vida, a elas presenteada,
em paz e alegria.
“Ele
vos criou, não para uma existência de sofrimento e de medo. Cheios de alegria
deveis novamente ascender para os jardins eternos, dos quais viestes, deveis
escalar degrau por degrau, em esforço incansável. Então, se assim agires,
tornar-vos-eis mais fortes e com agrado pairará o olhar do Altíssimo sobre
vosso esforço.”
“Mas
como pode acontecer, ó mestre,” perguntou Lung, o pensativo “que os sacerdotes
magos possam exercer um poder tão grande sobre as pessoas? Onde os enfrentaste,
seu poder logo sucumbiu, nenhum de nós, porém, conseguiu fazer isso.”
(continua)
Trecho extraído do livro: Miang
Fong, como relato sobre a vida do grande Portador da Verdade, que libertou
o Tibete das trevas.
NARRATIVAS
DESDE O INÍCIO PELO ÍNDICE (POR DATA)
No
próprio título encerram em síntese os acontecimentos anteriores:
O Menino e os Gigantes – 04/09/16
Os Gigantes Moram ao Lado – 16/09/16
Adeus
aos Gigantes – 23/09/16
O
Primeiro Mestre – 29/09/16
Pela Nova Busca... –
07/10/16
Servir o Altíssimo Como
Serviçal – 13/10/16
Decisão nas Alturas –
20/10/16
A Graça Vinda do Trabalho
– 26/10/16
No Momento certo se
esclarece – 03/11/16
Surpresa e Renovação
Imediata – 10/11/16
É Só Deixar-se Conduzir –
17/11/16
Quem Procura Encontra –
24/11/16
Graça Vinda do Altíssimo –
01/12/16
Servir Com Sensação de
Alegria – 08/12/16
Com a Bolsa Vazia –
15/12/16
Outro Caminho a Seguir –
22/12/16
Por Confiança no Senhor –
28/12/16
Do Tirano ao Paciente –
04/01/17
Superar Desafios de Salvamento
– 11/01/17
Um Auxílio Redentor –
18/01/17
O Alcance das Elevações –
25/01/17
Transição Inevitável –
01/02/17
Nome Promulgado de Realeza
– 08/02/17
Grãos Dourados de
Semeadura – 15/02/17
Pelo Poder da Coragem –
22/02/17
Enviado Pelo Altíssimo –
01/03/17
Entre Rivais e Desafios –
08/03/17
Pelo Domínio do Fogo –
15/03/17
Em Tempo de Edificação – 22/03/17