terça-feira, 19 de março de 2019

Lembranças do Graal XVII






Lembranças das minhas vivências do Graal

A Época de Tutzing


Out/ 1926 a Fev/1928

por Elisabeth Gecks

(continuação)

“Se a senhora não pode mais compreender algo, não pode mais considerar como bom e correto, aquilo que lhe parecia assim a um ano, então a senhora pode reconhecer aí, que a senhora avançou um pouco”, assim consolou Abdrushin uma vez minha aflição, pelo fato de eu constatar muitas coisas ainda pertencentes ao antigo e retrospectivamente muitas vezes de forma assustadora, e pelo fato de como eu, há algum tempo, ter pensado, feito ou deixado de fazer ainda isso ou aquilo e notar apenas agora que isso era errado. Também isso foi uma conversa apenas mais tarde na Montanha.

No primeiro inverno da época de Tutzing lia-se e ouvia-se notícias de Therese Von Konnersreuth. Debatia-se se era isso realidade ou enganação, e a igreja via nela uma agraciada, semelhante a uma santa. Eu fui a Tutzing e disse entusiasmada, como ela era agraciada por poder sofrer tendo as chagas de Jesus. Horrorizado Abdrushin olhou para mim e disse novamente, como outrora em Igis: “A Luz não quer o sofrimento das criaturas humanas. Elas o criam por si mesmas para si e podem então, por meio de um reconhecimento acertado, libertar-se novamente da culpa por meio destes. Isto é algo por si. Se as criaturas humanas tivessem sempre trilhado adiante seu caminho para a Luz, elas não teriam se emaranhado e não teria lhes advindo nenhum sofrimento; Deus não desejava isto. Então este tornou-se necessário, elas o criaram como consequência do pensar e atuar malévolos e com isso perderam a ligação com a Luz e a ligação com os enteais e com os auxiliadores espirituais. Mas o pensamento da senhora, que Therese Von Konnersreuth seja uma agraciada, uma espécie de santa segundo a concepção católica, mostra que a senhora mesma encontra-se ainda presa a tais pensamentos católicos. A realidade é bem diferente.”

E então Abdrushin explicou como era isso realmente e que ele queria publicar um escrito que deveria esclarecer os seres humanos e auxiliar-lhes a sair de tais erros. Também foi explicado aí a respeito de repetidas vidas terrenas, sua culpa e por sua vez a possibilidade de resgate. Muitos leram-no então, também pessoas estranhas e também aceitaram ou ficaram pensativas. Mas o desejado auxílio decisivo, o qual Abdrushin quis dar com isso, permaneceu inaceitável com exceção de poucos. Uma decepção, como o Senhor sempre de novo tinha de vivenciar. A igreja católica, porém, festejava o triunfo. –

Minha sintonização com Abdrushin e Frau Maria era tão forte, que eu também podia obter auxílios espirituais e corpóreos, estando distante. Assim, uma vez fui salva de graves sintomas de envenenamento, através de meu pedido íntimo e duas linhas a Frau Maria. O auxílio veio imediatamente.

(continua)



Nenhum comentário:

Postar um comentário