Leitura do trecho anterior
IS-MA-EL
No segundo dia desenvolveu-se no perímetro
do quadrado do primeiro dia uma estrela irradiando com duodécupla intensidade e
com um ponto central, e a voz da sabedoria murmurou para ele: “Veja, as
matérias mais finas das esferas próximas mais elevadas, as quais nesse quadro
se condensam e enviam para fora a sua força!” E ficou consciente para Elmisa
que todas essas formas apenas serviam como invólucros, as quais traziam em si
algo mais elevado, luminoso e forte, podendo envolvê-los. A partir daí seus
olhos estavam abertos para o grande tecer do Criador e ele era senhor da
matéria.
No
terceiro dia formou-se, irradiando
do fundo do cristal, um anel, que deu ao quadro do quadrado, com as
irradiações cruzadas do doze, uma conclusão e simultaneamente
ligação, vivificação e calor e, em maravilhoso circular levou então o hálito da
Criação para dentro dos invólucros. Todas as espécies dos germes de futuros
elementos mostraram-se nesse anel, e Elmisa recebeu na iniciação o poder sobre
as forças elementares. Tudo isso vibrou no luminoso número 4.
A força
do círculo enteal era tão poderosa que sacudiu com força o corpo material de
Elmisa.
No
quarto dia ele avistou uma configuração que
lhe proporcionou de irradiação no cristal, transmitiu o enteal mais elevado. Da
menor forma de beleza até a mais elevada gradação do mais nobre e puro
reconheceu ele os guias e auxiliadores de tudo o que até agora foi criado. Tudo
lhe pareceu transpassado e ligado pelo enteal e sua força. Ele
sabia que os planos começaram bem no alto e, através de tudo o que até agora é
conhecido, desenvolveram seu mais variado efeito e forma.
No
quinto dia descobriu Elmisa a pedra
pela quinta vez. Mostrou-se a ele uma nova configuração de irradiação, a qual
passava em grande circular, perpassando todos os mundos e planos e sempre de
novo iniciando em seu circuito. Dela se ergueu uma irradiação partida
em 5, a qual tocou em toda a materialidade. Estava repleto de amor e
veio do plano do que é criado. Atuando no desenvolvimento, sua irradiação era
espiritual. Tão diferente de tudo de até agora e em duas espécies: positiva e negativa.Então
Elmisa reconheceu que essa espécie era a forma para o germe espiritual e seus
pais primordiais. A Pátria dos espíritos humanos. E ele se admirou que não lhe sobreviesse
um saber da Pátria, pois ele acreditava ser um espírito humano, igual às outras
criaturas. Amor vibrou nele, não, porém, o amor da igual espécie.
Todos
perceberam que uma entealidade mais elevada havia despertado nele.
No
sexto dia ocorreu algo
extraordinário! A forma irradiante de uma luminosa estrela de seis pontas
deixou seu espírito em luminoso ardor. Ele reconheceu nisso o ponto de
origem do puro espiritual desenvolvido e nele abriu-se a
recordação de sua Pátria. Os planos do Paraíso iluminavam a seus pés, e força
vinda do espírito primordial transpassava-o, a qual ele próprio apenas deixava
fluir adiante, não sendo ele quem irradiava. E nisso ele intuiu a existência de
Deus! Imagem após imagem da irradiante coroa da Criação, a qual lá está
firmemente ancorada, aos pés da esfera divina, surgiram diante dos olhos
espirituais agora abertos de Elmisa! “Senhor, eu adoro a Ti por toda a
eternidade! Em adoração eu vibro no poder de Tua sagrada vontade!”
Elmisa
não saiu do Templo no sexto dia, assim surgiu do sexto, o sétimo dia, e
ele foi o mais sagrado de todos. Ele deixou repousar em si a vida e o saber
sobre a Criação e do poder e vivenciou Deus!
A Cruz
olhou para ele, a Palavra Viva: “Faça-se a Luz!” E a Elmisa pareceu como se a
Cruz se mostrasse sobre a Criação, vinda do Pai, e no pedestal de Seu trono,
nos degraus de Seu poder havia 4 sábios misteriosos, animais sapientes, os
quais pareciam ser anjos alados em forma de animal. E eles falaram o nome:
“Imanuel!”
O
oitavo dia. O nome “Imanuel”, porém,
preencheu-o com a vontade de Deus. Ele permaneceu outra vez no Templo, e não
cobriu mais a sagrada pedra. Incandescido pela sabedoria, a qual ele dela
hauriu, substituiu para ele alimento, bebida e sono. Da pedra da
sabedoria surgiram para ele as imagens, as quais despertaram
recordações sobre recordações. Ele avistou a maravilhosa construção da Criação
e riscou sobre uma pequena lousa o esboço da forma da Pirâmide.
“Nessa construção repousa toda a sabedoria de Deus!” escreveu ele em sinais
logo abaixo. “Somente na pureza da força divina abre-se o portal da sabedoria!”
“Eu
guardo o número, Eu guardo a Palavra, Eu trago em mim a cor e o som, Eu sou o
caminho da Verdade, Eu trago o reconhecimento!” E um semblante olhou do
cristal, e era da Luz da eternidade. Ele trazia em si a Cruz. As asas da Pomba
sagrada cobriam a sua testa e seus olhos eram como chamas douradas, sua boca,
porém, era cheia de amor, e dela saía a irradiação incandescente da justiça. E
ele falou: “Olhe para mim, Is-ma-el, Eu sou, o primeiro e o último! Eu te envio
para longe e te chamo para casa, para que tu me prepares o
caminho para o profundo e escuro vale!”
...Um
maravilhoso rosto espiritual feminino inclinou-se por ocasião da morte de
Elmisa sobre os seus invólucros. Is-ma-el reconheceu-o como sendo de Thaisis,
enquanto seu espírito plenamente consciente ainda flutuava no invólucro enteal
e fino-material sobre o corpo morto, vazio e mais denso. Poderosamente atraído
pela irradiação da igual espécie da maravilhosa figura feminina, foi arrastado
rapidamente para cima, para fora daquela camada, incandescendo soltou-se
invólucro após invólucro. A luminosa chama de Is-ma-el subiu para fora do
espaço e tempo em questão de momento. Luz cercou o espírito que regressou e a
quietude da preparação o envolveu. Fios irradiantes de força divina
transpassavam a esfera do reino puro-espiritual. Sobre pontes de Luz
irradiantes desceram os elevados espíritos da Criação primordial e formaram um
caminho de ligação para cima até o Santo Graal. Eles vieram diretamente de
Parsival, do ponto mais alto da montanha, onde se encontra o desenvolvido
puro-espiritual. Quando ele, após um instante novamente despertou para a plena
consciência, a primeira palavra foi: Parsival!
Com
olhar retrospectivo Is-ma-el vivenciou outra vez o seu percurso através das
materialidades, com a finalidade de seu desenvolvimento, mas pouco a pouco as
irradiações eternamente pulsantes da esfera puxaram a sua igual espécie, o
espírito elevado, para dentro de seu eterno vibrar.
Ele
estava sendo preparado para uma nova atividade.
Outra
vez se cumpriu o sagrado número do nome Imanuel no número das partes do
Universo, bem como no menor, na formação cósmica de estrelas em Éfeso: o
setestrelo *( Constelação ou conjunto de sete astros ou estrelas). Ela
inscreveu o nome Imanuel em Éfeso.
...invisível
aos sentidos grosso-materiais, por não ser compreensível pela diferente espécie
da densidade.
Só o espírito o consegue aqui e acolá, atraído
por uma igual espécie de usufruir e querer vivenciar, de envolver-se com a
correspondente materialidade com a finalidade de seu desenvolvimento na
vivência. Ele pode, seguindo o seu desejo, sua escolha, com decisão própria
deixar-se atrair aqui e acolá para colher suas experiências e para o
amadurecimento. A ele se aproximam então todas as forças complementares
auxiliando e com amor, as quais formaram aquelas materialidades. Fecham-se em
torno dele os finos invólucros que descem devido ao peso e o arrastam para a
região de seu desejo original.
Trecho extraído da obra IS-MA-EL (em manuscrito):